
Na manh� da ocorr�ncia que revoltou a popula��o e visitantes, o diretor do museu disse ao Estado de Minas ser preciso “prender” o respons�vel pela sujeira deixada no pr�dio do Inconfid�ncia, o segundo museu federal mais visitado do pa�s, com 150 mil pessoas/ano, atr�s apenas do Museu Imperial, de Petr�polis (RJ). Na sua avalia��o, o caso era semelhante ao da Igreja de S�o Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, igualmente alvo de picha��o. Assim como o Centro Hist�rico da Pampulha, que det�m o conjunto arquitet�nico moderno, o Centro Hist�rico de Ouro Preto � reconhecido como Patrim�nio Cultural da Humanidade, t�tulo concedido em 1980 pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco).
HIST�RIA Em texto sobre o Museu da Inconfid�ncia, Rui Mour�o, que est� na dire��o da institui��o h� 42 anos, escreveu: “Rompendo tradi��o que vinha dos tempos do reinado brasileiro de Dom Jo�o VI, o Museu da Inconfid�ncia foi o primeiro a se instalar fora da faixa litor�nea do pa�s. A cria��o decorreu de uma a��o pol�tica. Em 1936, o presidente Get�lio Vargas, que planejava a implanta��o da ditadura do Estado Novo, resolveu se fortalecer junto � popula��o, apresentando-se como defensor de uma das nossas tradi��es mais sens�veis. Promoveu o repatriamento dos restos mortais dos inconfidentes condenados a degredo na �frica, onde se encontravam sepultados. As urnas funer�rias, na sua chegada, ficaram longamente expostas � visita��o p�blica no Rio de Janeiro. Assinado o decreto 965, de 20/12/1938, de cria��o do museu, a transfer�ncia das ossadas para Ouro Preto contou com o acompanhamento de Vargas. (…) O governo de Get�lio Vargas mandou vir os originais do 7º volume dos Autos de Devassa, que continha a senten�a condenat�ria de Tiradentes e duas traves da forca em que pendeu o m�rtir da Inconfid�ncia na Pra�a da Lampadosa”.