C�mara dos Deputados discute degrada��o das veredas no cerrado brasileiro

A Comiss�o de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (CMADS) da C�mara dos Deputados realizou na tarde de ontem, em Bras�lia, audi�ncia p�blica para discutir a degrada��o das veredas no cerrado brasileiro. O problema foi tema de reportagens publicadas pelo Estado de Minas em 2016, quando a obra Grande Sert�o: Veredas, de Guimar�es Rosa, completou 60 anos.

Participaram da audi�ncia, requerida pelo deputado Z� Silva (SD-MG), especialistas do setor h�drico e pesquisadores. O coordenador da �rea t�cnica de manejo de bacias da Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Maur�cio Roberto Ferreira, alertou para a necessidade de a��es para manuten��o das veredas. “As veredas s�o um ecossistema muito fr�gil e a regenera��o � lenta. Os danos causados podem ser irrevers�veis”, assinalou.

J� a professora Maria das Dores Veloso, do Departamento de Biologia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), falou sobre as a��es feitas para recupera��o das nascentes. Ela apresentou o projeto “Vereda Viva”, implementado pela universidade em parceria com o Minist�rio P�blico Federal (MPF), que levanta os danos causados nas veredas na regi�o de Bonito de Minas, onde est� situado o pantanal mineiro do Rio Pandeiro, importante ber��rio de peixes do Rio S�o Francisco.

Recupera��o “Por causa dos impactos nas veredas, o pantanal mineiro sofreu uma grande redu��o de suas �reas alagadas nos �ltimos anos”, apontou. A pesquisadora disse ainda que � preciso liberar mais recursos para investimentos na recupera��o das nascentes. O deputado Z� Silva sugeriu a ela a prepara��o de projeto para capta��o de verbas.

Tamb�m convidado, o rep�rter do EM Luiz Ribeiro fez um relato sobre a situa��o encontrada nas veredas e sobre os problemas enfrentados por moradores do norte- mineiro com o secamento de rios e c�rregos. Ribeiro destacou agress�es como desmatamento, assoreamento, constru��o de estradas sem planejamento, pisoteio de gado e queimadas. “Diante da situa��o do quadro encontrado, se n�o forem tomadas provid�ncias urgentes os problemas v�o se agravar mais, tendo como grande prejudicado o Rio S�o Francisco”, ressaltou.