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Estado de Minas

Bispo pede povo para se rebelar contra injusti�as e votar em quem tem �tica e moral

O arcebispo metropolitano de Montes Claros, dom Jos� Alberto Moura, disse que Jesus nos mostra que o 'povo n�o pode ficar passivo'


postado em 14/04/2017 15:24 / atualizado em 14/04/2017 15:41

(foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press )
(foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press )

Centenas de pessoas acordaram cedo e caminharam sob o sol forte em Montes Claros (Norte Minas), em um exerc�cio de f�. Elas participaram da Prociss�o do Encontro, principal evento da Semana Santa na cidade.

Durante a celebra��o, numa r�pida prega��o, o arcebispo metropolitano de Montes Claros, dom Jos� Alberto Moura, disse que Jesus nos mostra que o “povo n�o pode ficar passivo diante de tantas injusti�as e de politicas e politicos que, muitas vezes, usam aquilo que seria a promo��o da inclus�o social para o benef�cio de poucos, atrav�s do roubo e da desonestidade”.

Ele tamb�m recomendou aos fi�is para se “rebelarem” contra a injusti�as e votarem em quem “tem �tica e moral”.

A Prociss�o do Encontro recorda o momento que Maria encontra o filho Jesus, carregando a cruz a caminho do Monte Calv�rio, pelas ruas de Jerusal�m, depois de ser flagelado, coroado de espinhos e condenado � morte por Pilatos. A celebra��o foi realizada em muita par�quias pelos cat�licos nesta Sexta-Feira da Paix�o.

Em Montes Claros, �s 7 horas, sob o sol forte, os homens sa�ram da Catedral de Nossa Senhora Aparecida, levando cruzes com a inscri��o da palavra paz em destaque. Eles acompanharam a imagem de Nosso Senhor dos Passos. Mantendo a tradi��o, no mesmo hor�rio, as mulheres sa�ram da Matriz de Nossa Senhora e S�o Jos�, com a imagem de Nossa Senhora das Dores. O “encontro” ocorreu na Pra�a Flamaryon Wanderley, no bairro S�o Jos�.

Ao fazer a homilia, o arcebispo dom Jos� Alberto Moura lembrou do sofrimento de Jesus, destacando que “Ele veio para nos dar vida e mostrar que como consertar esse planeta, t�o corrompido pela corros�o do egoismo humano, que vem fazendo com que a gente tenha o infort�nio para grandes parcelas da fome que devasta um quarto da humanidade. Temos muitas crian�as morrendo de fome em alguns pa�ses, principalmente africanos”.

O arcebispo enfatizou que “Jesus vai passando e mostrando que para consertar o mundo, n�o � com nossa imp�fia, n�o � com orgulho, n�o � com nossa sede de ter, de poder de prazer. Mas, sim com a entrega, a humildade e solidariedade”.

Nesta semana, o Brasil foi abalado com a divulga��o dela��es dos executivos da Construtora Odebrecht, com a cita��o de grande n�mero de politicos suspeitos de terem recebido dinheiro da empreiteira denunciada no esquema de corrup��o investigado na Opera��o Lava-Jato.

O arcebispo de Montes Claros nao falou diretamente da “lista da Odebrecht”, Mas, afirmou: ‘o povo n�o pode ficar passivo diante de tantas injusti�as, diante de politicas e politicos que, muitas vezes, usam aquilo que seria (voltado) para a promo��o da inclus�o social, para o benef�cio de poucos, atrav�s do roubo e da desonestidade”. Ele acrescentou: “precisamos nos rebelar contra o que � inujsto nessa terra”.

Dom Jos� Alberto Moura salientou que Jesus “vai passando e nos mostrando” que n�o � com vandalismo e com balb�rdia que podemos consertar as coisas. “Mas, com o bom servi�o prestado, a solidariedade, com a promo�ao do votgo a quem realmente � v�lido, �tico, moral e (de bom) car�ter.

O l�der cat�lico ressaltou ainda a dor de Maria ao encontrar o filho a caminho do Calv�rio e disse que a m�e de Jesus sofre pelos acontecimentos ruins do mundo atual, como a viol�ncia e o tr�fico de drogas. “Maria sofre pelas mulheres violentadas e judiadas, muitas vezes, pelos pr�prios maridos. Sofre tamb�m pelos filhos, que, vezes, sae desviam pelo mundo das drogas, ou s�o assassinados”, afirmou dom Jos� Alberto.

Pedidos de chuva

Em Juramento (4, 3 mil habitantes, a 36 quil�metros de Montes Claros), a popula��o participou da “Caminhada Penitencial”, , iniciada �s 6 horas da manh�. Os fi�is caminharam por cerca de dois quil�metros pelas ruas da cidade.

A prociss�o contou com v�rios penitentes que andaram descal�os. Durante a celebra��o, houve tamb�m ora��es com pedido de chuva, para amenizar o sofrimento imposto pela seca na regi�o.

Por causa da escassez de chuvas, antes mesmo do in�cio do per�odo cr�tico da estiagem (maio a outubro), v�rios rios e corregos do Norte de Minas pararam de correr.


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