
A substitui��o da vigil�ncia presencial por equipamentos eletr�nicos, anunciada pelo ent�o prefeito M�rcio Lacerda em maio de 2016, foi alvo de cr�ticas imediatas em comunidades escolares, que temiam uma sucess�o de ataques de v�ndalos e ladr�es. Na Escola Francisca de Paula, a auxiliar de servi�os gerais Aparecida Andrade, de 42 anos, lamenta a ado��o da seguran�a eletr�nica. “Depois que tiraram os vigias, aumentou muito a viol�ncia na escola. � a segunda vez em menos de um ano que esse tipo de invas�o acontece. Eu trabalho o dia inteiro e meus filhos ficam aqui em tempo integral. Temos que melhorar a seguran�a para as nossas crian�as”, ressaltou.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educa��o da Rede Municipal (SindRede-BH) denuncia que n�o houve licita��o para a escolha da empresa de vigil�ncia de seguran�a eletr�nica. “Houve uma escolha interna da Secretaria de Educa��o. Por�m, durante a campanha do Kalil, ele prometeu que voltaria integralmente com os vigias”, afirma Wanderson Rocha, diretor da entidade de classe.
Em fevereiro, o SindRede informou que o prefeito anunciou a volta de seguran�as em escolas municipais e Umeis que tivessem sofrido com vandalismo e invas�es. De acordo com o sindicato, pelo menos 80 unidades de educa��o, desde a ado��o do sistema eletr�nico, foram alvo de depreda��o, roubo e furto, entre agosto de 2016 e o m�s passado. A institui��o sustenta n�o ter dados sobre invas�es em per�odos anteriores.
O sistema de seguran�a eletr�nica, conforme o Sind -Rede, funciona a partir das 22h, por meio de c�meras de vigil�ncia e com monitoramento de quatro motoqueiros. Somente �s 6h chega a cada unidade um porteiro. “A seguran�a eletr�nica deveria ser complementar ao trabalho do vigia. Os motoqueiros n�o conseguem monitorar 300 escolas”, aponta Wanderson Rocha. O sindicalista lembra ainda que maioria dos vigilantes eram moradores da comunidade e, por isso, conheciam a vizinhan�a e tinham um v�nculo com quem trabalha em cada escola.
A Secretaria Municipal de Educa��o informou, por meio de nota, que solicitou uma reuni�o com a Guarda Municipal para avaliar a situa��o. De acordo com a pasta, nas cinco escolas invadidas na Regional Oeste, o modo de agir dos arrombadores foi semelhante, com picha��es e vandalismo nas instala��es, o que sugere que um mesmo grupo � respons�vel pelos ataques. O comunicado acrescenta que o servi�o de intelig�ncia da Guarda j� est� em articula��o com outros �rg�os de seguran�a para monitorar a situa��o e identificar os respons�veis. A corpora��o tamb�m vai estudar um aumento no contingente para monitoramento de unidades escolares.
De acordo com o major Fl�vio Santiago, chefe da Sala de Imprensa da Pol�cia Militar, a corpora��o tem atuado junto �s institui��es da rede p�blica de ensino por meio da Patrulha Escolar, em busca de aproxima��o com a comunidade para aumentar o n�vel de seguran�a nas escolas. Segundo ele, as unidades da PM que t�m escolas em suas sub�reas fazem contatos visando a apoiar as a��es da Guarda Municipal.

DEPREDA��ES Segundo a Secretaria Municipal de Educa��o, na maioria das escolas invadidas durante o feriado a ocorr�ncia foi de vandalismo, sem observa��o de furto de materiais. O maior preju�zo foi verificado na Escola Municipal Professora Efig�nia Vidigal, a primeira a ser atacada, na qual foram furtados aparelhos eletr�nicos. As unidades de onde foram levados equipamentos est�o providenciando levantamento do material furtado, uma vez que a empresa de seguran�a � respons�vel pela reposi��o por meio de seguro patrimonial.
Com rela��o �s demiss�es dos vigias noturnos, a Secretaria de Educa��o informou que “a decis�o de retir�-los das escolas foi tomada pela gest�o anterior e a secretaria j� autorizou que 50 escolas contratem vigil�ncia humana este ano”. De acordo com a nota, a lista de unidades contempladas foi definida de acordo com o n�mero de ocorr�ncias registradas em cada uma. A atua��o desses profissionais ser� avaliada ao longo do ano. “Vale ressaltar que a presen�a dos vigias � uma estrat�gia a ser analisada de acordo com a realidade de cada escola, sempre em sintonia com outras a��es de seguran�a desenvolvidas em torno da institui��o”, concluiu o texto.
OS ALVOS DO VANDALISMO
Regional Oeste
» Escola Municipal Mestre Ata�de
» EM Francisca de Paula
» EM Tenente Manoel Magalh�es Penido
» EM Hugo Werneck
» EM Professora Efig�nia Vidigal
Regional Barreiro
» EM Pedro Aleixo