
Os atendidos na Cape t�m acesso a servi�o psicol�gico, de assist�ncia social, nutri��o, fisioterapia e acupuntura. Mesmo em tratamento, ningu�m fica sem estudar. O espa�o disponibiliza uma escola reconhecida pelo Minist�rio da Educa��o (MEC), em parceria com a Prefeitura de BH. “O c�ncer tem uma m�dia de tratamento de dois a cinco anos e, por isso, atinge n�o s� o paciente, mas toda a fam�lia. A doen�a pode levar ao desemprego, pois a m�e, �s vezes, tem que abandonar o trabalho para cuidar do filho. Em muitos casos, leva tamb�m ao div�rcio, enfim, abala toda a estrutura das fam�lias. Buscamos apoi�-las, para darem continuidade ao tratamento at� a cura da crian�a”, afirma a superintendente da casa, M�nica Ara�jo. Outro ponto forte da equipe � o fortalecimento da f�, independente da religi�o. “Acreditamos que a f� tem um fator grande no percentual de cura”, explica.
Mesmo diante de tanto esfor�o, perdas s�o inerentes. Em tr�s anos, 136 crian�as foram acolhidas, mas 17 n�o venceram a batalha contra o c�ncer. Hoje, 119 est�o na luta pela vida. De maneira geral, uma das causas de mortalidade, segundo M�nica, � a dificuldade de acesso ao diagn�stico precoce e o abandono ao tratamento. V�rios fatores influenciam. “As crian�as mant�m a ess�ncia de brincar. Os pais pensam que est� tudo bem, deixam de levar a uma r�dio ou quimioterapia em fun��o dos outros filhos, e acaba havendo esse �ndice elevado por causa da desist�ncia. Por isso, oferecemos esse suporte: para continuarem”, diz. Pensando nisso, a equipe interv�m diante de qualquer problema familiar, fazendo acompanhamento integral de toda fam�lia para que haja a possibilidade f�sica e emocional de se chegar � cura do paciente.
kit sorriso Nos cinemas da rede Cineart, est� � venda na bomboniere o Kit Sorriso – refrigerantes e um balde de pipoca com o desenho de v�rios sorrisos. Parte da renda da comercializa��o do produto vai para a Cape. A ideia dessa parceria, uma das mais recentes, � vender sorrisos para arrecadar recursos em prol da casa. A gerente de marketing do Cineart, Marina Rossi, diz que o desenho do kit foi feito com o intuito de os clientes conhecerem, entenderem o trabalho e ajudarem a institui��o. Em menos de 10 dias, o primeiro lote do produto estava esgotado. As crian�as que est�o em melhores condi��es de sa�de e podem sair da Cape s�o convidadas para ir ao cinema em sess�o especial, com hor�rio exclusivo e todas as condi��es – do ar-condicionado ao pessoal – a postos para atend�-las. “A Cape � nosso parceiro vital�cio. Estamos contando com a forma de ajudar dentro e fora do cinema. As crian�as s�o uma gracinha. E s�o felizes, o que d� muita vontade de ajudar”, conta.
M�nica Ara�jo lembra que a solidariedade tem um significado especial em todo esse trabalho: “N�o estamos aqui para tratar a doen�a. O que vale � a vida. N�o tratamos ningu�m como coitados.Todos est�o vivos e faremos o poss�vel para que esses momentos sejam os melhores. Acreditamos sempre que existe um futuro. Todos os atendimentos e atividades est�o buscando para as fam�lias um futuro melhor”.
A Cape busca apoio de v�rias empresas e de pessoas f�sicas. Quem quiser ajudar pode programar doa��es por cart�o de cr�dito mensal e tamb�m por boleto ou dep�sito banc�rio. Mais informa��es no (31) 3401-8000 ou 98896-5593 (WhatsApp) e pelo site cape-mg.org.br.

Governo refor�a import�ncia do diagn�stico precoce
O Minist�rio da Sa�de e o Instituto Nacional de C�ncer (Inca) lan�aram, este ano, documento in�dito na tentativa de detectar o quanto antes o c�ncer em crian�as e adolescentes. O protocolo de diagn�stico precoce do c�ncer pedi�trico tem o objetivo de auxiliar profissionais da sa�de a conduzir casos suspeitos e confirmados dentro de uma linha de cuidado, com defini��o de fluxos e a��es desde a aten��o b�sica at� a assist�ncia de alta complexidade. De acordo com a pasta, a doen�a nos pequenos tem crescimento r�pido, por isso, � importante o diagn�stico precoce e o �gil encaminhamento para in�cio de tratamento.
O secret�rio de Aten��o � Sa�de do Minist�rio da Sa�de, Francisco Figueiredo, informou que, em muitos casos, a dificuldade de suspeita e de diagn�stico do c�ncer nas crian�as e nos adolescentes � o fato dos sinais e sintomas serem comuns a outras doen�as. Isso faz com que as fam�lias recorram � assist�ncia m�dica v�rias vezes, e o paciente pode ser diagnosticado j� com doen�a avan�ada.
Entre os sintomas de c�ncer em crian�as est�o: palidez, hematomas, sangramento, dor �ssea, perda de peso inexplicada, caro�os ou incha�os, altera��es oculares, incha�o abdominal, dores de cabe�a persistente, v�mitos e dor em membro, incha�o sem trauma. Dados do Inca mostram que a mortalidade por c�ncer entre crian�as e adolescentes no Brasil est� est�vel, sendo, atualmente, a primeira causa de morte por doen�a na faixa et�ria de 1 a 19 anos.
Os tipos de c�nceres infantojuvenis mais comuns s�o as leucemias, seguidos dos linfomas (g�nglios linf�ticos) e dos tumores do sistema nervoso central (conhecidos como cerebrais). O n�mero de �bitos por c�ncer nessa faixa et�ria � menor apenas do que o de causas externas, como os acidentes e viol�ncia. No Brasil, o c�ncer infantojuvenil responde por 3% de todos os tipos de c�ncer, o que leva � estimativa de que tenha ocorrido, no ano passado, aproximadamente 12,6 mil casos novos de c�ncer em crian�as e adolescentes at� os 19 anos de idade.