
De acordo com a corpora��o, uma viatura esteve no local por volta das 10h para previnir uma poss�vel reigni��o das chamas, que assustaram quem passou no �ltimo domingo pelas vias do entorno da Rua Major Delfino de Paula. Ao meio dia, a viatura j� havia retornado ao 3º Batalh�o. As labaredas e colunas de fuma�a eram t�o grandes e intensas que foram vistas em diferentes pontos de BH.
SEM PROJETO ADEQUADO Mesmo tendo ci�ncia de que o galp�o da empresa n�o tinha o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), a corpora��o n�o interditou o im�vel. A sans�o � prevista na Lei 14.130/2001 e deve ser aplicada depois de reiteradas notifica��es e multas ao propriet�rio que n�o providenciar o documento que atesta a adequa��o de estabelecimentos � legisla��o estadual contra inc�ndio e p�nico.
Mas a �nica e �ltima vistoria feita no local pelos bombeiros ocorreu em 2006. Na ocasi�o, a ida dos militares foi para emiss�o do documento, entretanto o projeto apresentado pela empresa n�o era adequado para a edifica��o. De l� para l�, o estabelecimento permaneceu funcionando, mesmo ser ter o projeto de preven��o e combate a inc�ndios. Problema que veio � tona no �ltimo domingo, quando o im�vel foi tomado por enormes labaredas e ficou destru�do. O fogo atingiu ainda outros dois galp�es nos n�meros 2.608; 2.620 e 2.630, sendo que os dois �ltimos n�meros se referem a uma �nica empresa.
Ontem, por meio de uma nota enviada � imprensa, o Corpo de Bombeiros confirmou que o local chegou a apresentar o Projeto de Preven��o Contra Inc�ndio e P�nico, em 2006, que foi analisado e que teve diversas erros detectados. “O propriet�rio foi notificado a fazer as corre��es necess�rias para conseguir o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), o que n�o ocorreu at� a presente data”, informa a nota. No documento, a corpora��o deixa claro que para uma edifica��o esteja adequada � legisla��o e apta a receber o AVCB � preciso um projeto de preven��o seja feito por um respons�vel t�cnico e aprovado pelo Corpo de Bombeiros, antes de ser executado. Ap�s a aprova��o, o projeto � devolvido aos respons�veis para a sua implanta��o. Depois dessa etapa, a edifica��o deve passar por nova vistoria do Corpo de Bombeiros para libera��o do AVCB ou corre��es necess�rias.
No caso do im�vel que se incendiou no S�o Francisco, no entanto, nenhuma dessas etapas posteriores � primeira vistoria foi cumprida. Na nota enviada ontem, o Corpo de Bombeiros chega a abrir uma exce��o para funcionamento sem o AVCB e diz que: “em casos de edifica��es antigas, a legisla��o permite que durante o processo de regulariza��o, o estabelecimento que n�o apresente risco iminente, continue em funcionamento at� a sua regulariza��o”.
A corpora��o foi procurada, por meio de sua assessoria de imprensa, pela reportagem do Estado de Minas, que questionou por que a empresa se manteve ativa por mais de uma d�cada sem o projeto de preven��o e combate a inc�ndio e se n�o teria ainda mais motivos para t�-lo por ser um dep�sito de produtos inflam�veis. Nenhum representante da corpora��o se posicionou sobre o assunto, bem como n�o explicou por que o Corpo de Bombeiros n�o retornou ao estabelecimento que pegou fogo desde 2006.
CHAMAS SEM FIM O inc�ndio que destruiu o im�vel come�ou �s 13h30 do �ltimo domingo e s� foi controlado por volta das 19h. Para isso, foram usados cerca de 200 mil litros de �gua e 600 litros de l�quido gerador de espuma, concentrado espec�fico para conter a queima de combust�veis. Mas, at� a tarde de segunda-feira, bombeiros ainda trabalhavam no resfriamento das paredes da constru��o, que foi condenada. Ontem, os militares estiveram novamente no local. Segundo a corpora��o, as chamas ressurgiram e foram extintas com o uso de 500 litros de �gua. Uma viatura auto-bomba permanece na Rua Major Delfino de Paula realizando os trabalhos de preven��o a novos focos de inc�ndio.