
Os n�meros da chikungunya no estado avan�am a cada balan�o divulgado pela secretaria. Em uma semana, foram inclu�das no boletim mais 2.119 notifica��es. O total de casos prov�veis saltou de 7.867 para 9.986, espalhados por 152 munic�pios. Destes, 15 est�o com alta incid�ncia, a maioria na Regi�o de Governador Valadares, no Rio Doce. S�o eles Mathias Lobato, Engenheiro Caldas, Governador Valadares, Medina, Tumiritinga, Jampruca e Aimor�s. Dados do Minist�rio da Sa�de, divulgados em 27 mar�o, mostram que Minas j� estava naquele momento entre os estados com mais casos prov�veis da doen�a. Na �poca, ficava atr�s apenas do Cear�.
A doen�a tem sintomas parecidos com os da dengue, como febre, dor de cabe�a, manchas no corpo, indisposi��o, entre outros. Mas a caracter�stica principal � dor forte nas articula��es por tempo prolongado, o que preocupa autoridades e especialistas. “O impacto social disso � grande por causa da possibilidade de evolu��o para dores cr�nicas. Isso far� com que as pessoas fiquem fora de trabalho por muito tempo. Por isso, o Estado tamb�m ter� que arcar com os tratamentos desses pacientes”, diz o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estev�o Urbano.
Para o especialista, para combater a doen�a � necess�rio investimento do governo e participa��o da sociedade na elimina��o de focos do mosquito. “Precisa da participa��o de todos. O servi�o p�blico tem que aportar recursos humanos e financeiros para montar uma estrutura de apoio, como treinamento da popula��o no combate aos criadores de mosquito, uso de inseticidas, fumac�, al�m de atendimento m�dico para quem tiver a doen�a. E a popula��o tem que fazer sua parte, porque os criadouros est�o em todos os locais”, comentou.
Condi��es favor�veis A Secretaria de Sa�de informou que um dos motivos para o alerta contra a chikungunya em Minas Gerais � o ambiente favor�vel para a ocorr�ncia de mais casos da doen�a. “Minas Gerais apresenta todas as condi��es ambientais favor�veis � prolifera��o do vetor respons�vel pela transmiss�o de chikungunya. Um grande contingente populacional que nunca teve contato com o v�rus, uma importante circula��o do v�rus na Regi�o Nordeste do estado e inexist�ncia de uma vacina��o ou medicamento especifico para conten��o da doen�a. Dessa forma, � necess�rio o alerta para que toda a popula��o possa efetivamente contribuir com a a��es de controle do mosquito transmissor”, afirmou a pasta, por meio de nota.
Segundo a secretaria, os �rg�os p�blicos estaduais atuam de maneira “incisiva no enfrentamento aos focos do Aedes aegypti por meio de a��es diversas de mobiliza��o, controle e enfrentamento ao mosquito transmissor”.“Nos casos em que s�o descobertos focos, seja por meio de inspe��es, informa��es repassadas pela popula��o ou de den�ncias, o estado adota as medidas necess�rias para combat�-los, acompanha, apoia, repassa recursos, fornece treinamentos, capacita��es e cobra dos munic�pios as a��es de campo”, completou.
Enquanto isso...
...Dengue faz menos v�timas, mas preocupa
Mesmo registrando menos casos prov�veis do que no ano passado, a dengue segue fazendo v�timas em Minas Gerais. A Secretaria de Estado de Sa�de j� confirmou um �bito, em Ibirit�, na Grande BH, e investiga outras 18 mortes que podem ter sido causadas pela doen�a em 2017. O n�mero de casos prov�veis da enfermidade chega a 21.280 – no ano passado foram 528,2 mil notifica��es, pior epidemia da hist�ria do estado. Em rela��o ao zika v�rus, foram registrados neste ano 592 casos prov�veis no estado. Nos 12 meses do ano passado, foram 14.086 notifica��es da doen�a.