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Estado de Minas

'Passava a m�o na gente', diz modelo que acusa de abuso dono de ag�ncia

Adolescentes atra�das a Alfenas por oferta de carreiras de modelo e atriz denunciam rotina de abusos sexuais e promessas descumpridas. Fam�lias pagavam R$ 500 por m�s


postado em 04/05/2017 06:00 / atualizado em 04/05/2017 09:27

O sonho da carreira de modelo profissional ou atriz levou garotas de diferentes cidades brasileiras a uma suposta ag�ncia em Alfenas, no Sul de Minas, mas o que era esperan�a se transformou em caso de pol�cia. As meninas, entre 13 e 17 anos, alegam que sofriam abusos sexuais do respons�vel pelo im�vel, de 31 anos. “Ele ia ao quarto, entrava quando queria e deitava na cama. Passava a m�o na gente e queria que a gente retribu�sse”, disse uma adolescente do interior de S�o Paulo em uma entrevista � EPTV, empresa filiada � Rede Globo.

“Ele falou que eu faria v�rios cursos, que ia ter direito a fono (fonoaudi�loga), a nutricionista e tudo mais. E que no m�ximo em um m�s eu j� estaria trabalhando”, relatou uma garota do Paran� sobre como foi convencida a ir para a ag�ncia. A realidade foi diferente, disse, sustentando n�o ter tido acesso aos servi�os e que as meninas tinham que manter rela��es sexuais com o agenciador. As adolescentes informaram que eram contatas pelo agenciado por meio de redes sociais, pelas quais recebiam promessas de pap�is em novelas e trabalhos de modelo.

No local, afirmam que n�o tinham alimenta��o adequada ou acesso a qualquer das promessas feitas pelo homem ao agenci�-las. As fam�lias pagavam aproximadamente R$ 500 para mant�-las no lugar. Ao menos seis adolescentes j� foram identificadas. A Pol�cia Civil abriu inqu�rito para investigar o caso.

O caso foi descoberto pelo Conselho Tutelar que, ap�s den�ncia an�nima, monitorava o im�vel desde fevereiro. “J� t�nhamos sido avisados de que no local havia um entra e sai de menores e suspeita de tr�fico de drogas. Como esse crime sai de nossa al�ada, entramos em contato com a pol�cia, mas nada foi feito”, comentou o conselheiro tutelar Paulo Silv�rio.

No �ltimo fim de semana, nova den�ncia levou o conselheiro at� a casa. Desta vez, os supostos crimes eram abuso sexual e c�rcere privado. “Chegando, me deparei com aproximadamente 15 meninas, de 10 a 17 anos. Encontrei o suposto agenciador na porta e perguntei por duas garotas cujo nome havia sido passado pelo denunciante. Mas, ao conversar com elas, vi que estavam com medo de falar algo”, afirmou.

O conselheiro acionou ent�o o Minist�rio P�blico e a Pol�cia Civil. No dia seguinte, retornou bem cedo � casa com duas agentes do Conselho Tutelar. Como o dono n�o estava, a equipe conseguiu conversar com sete garotas, que admitiram os abusos. “Disseram que n�o fizeram nenhum trabalho de modelo. Tamb�m comentaram que eram obrigadas a manter rela��es sexuais com o agenciador, e que, inclusive, tinham uma esp�cie de batismo”, disse. Uma adolescente de 13 anos relatou ao conselho que foi estuprada. “Ela disse que chegou a ter a roupa rasgada na cama. Em outra tentativa, conseguiu se desvencilhar, correr e se trancar no banheiro”, acrescentou.

Outro atrativo usado pelo agenciador era o im�vel onde vivia. Segundo o conselheiro tutelar, o local era usado, anteriormente, como casa de festas. Por isso, tem piscinas e muros altos. Outra coisa chama a aten��o nas depend�ncias. “O quarto dele era igual a de motel. Tinha espelhos no teto, frigobar, entre outras coisas”, contou Silv�rio.

A Pol�cia Civil abriu inqu�rito para investigar o caso e apura se h� novas v�timas. Os pais das menores, de v�rios estados, j� foram contatados, mas a maioria das fam�lias n�o tem condi��es de ir at� a cidade do Sul de Minas.


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