
Atualmente, a SES confirma que a doen�a est� controlada no estado e, com isso, resta aos munic�pios contabilizar os gastos e avaliar quais foram as li��es do problema. Em Malacacheta, nos vales do Jequitinhonha/Mucuri, o in�cio do surto foi para l� de conturbado. Para dar conta da emerg�ncia, foi preciso mexer nos cofres do munic�pio em momento inicial, para montar equipes e resolver o problema de uma frota sucateada de ve�culos, que precisava chegar � zona rural. Hoje tudo foi normalizado, segundo o secret�rio municipal de Sa�de, Marcus Vin�cius Esteves Silva. A fase agora � de monitorar de perto a situa��o. “Estamos voltando �s casas para ver se todo mundo est� vacinado, mas a cobertura vacinal passou de 90%”, afirma.
VIGIL�NCIA A Superintend�ncia Regional de Sa�de de Coronel Fabriciano, que compreende 35 munic�pios, continua fazendo uma varredura em toda a zona rural para atualizar ou distribuir cart�es de vacinas a moradores e trabalhadores dessas �reas. S�o alvo tamb�m da busca ativa das equipes de sa�de da fam�lia pessoas que passam fins de semana em s�tios e fazendas e os outros dias na cidade.
Em Caratinga, no Vale do Rio Doce, o secret�rio municipal de Sa�de, Giovanni Corr�a da Silva, diz que, no fim das contas, um surto evitou outro. Por causa das a��es para combater a febre amarela, a anunciada epidemia de dengue, zika e chikungunya, que era esperada para mar�o, abril e maio, n�o teve vez. “A a��o foi t�o eficaz que nossos n�veis hoje est�o baix�ssimos, um dos mais baixos de todos os tempos”, destaca. Enquanto no ano passado a cidade registrou mais de 600 casos de chikungunya, este ano 31 pessoas foram contaminadas.
Para ele, � o resultado das a��es de combate ao Aedes, tamb�m vetor da febre amarela, entre elas a aplica��o de fumac� nas zonas rural e urbana. Havia temor em todos os munic�pios atingidos de que a febre silvestre se tornasse urbana. Segundo o secret�rio, o inseticida s� ser� usado novamente se houver necessidade, mas a popula��o est� sendo conclamada a n�o baixar a guarda, por meio de campanhas publicit�rias e informa��es divulgadas via imprensa. “As visitas domiciliares continuam sendo feitas e refeitas. � importante a popula��o contribuir para n�o haver criadouros do mosquito.”
De acordo com Giovanni Corr�a, 90% da popula��o foi vacinada (82 mil, do total de 91,5 mil habitantes). Os 10% restantes n�o podiam ser imunizados ou j� tinham tomado a vacina. “A inten��o � manter o pique para evitar o que ocorreu. � uma li��o hist�rica para o estado e para o Brasil”, afirma.

ESPERA Cidade com o maior n�mero de mortos em decorr�ncia da febre amarela (21) e a maior quantidade de casos confirmados (50), Ladainha, no Vale do Jequitinhonha, aguarda resposta sobre pedidos de ajuda financeira. Segundo o prefeito, Walid Edir de Oliveira (PSDB), foram gastos entre R$ 280 mil e R$ 300 mil no combate, tirados do Fundo de Participa��o dos Munic�pios (FPM). “Isso afeta todo o mecanismo da sa�de”, afirma. A vizinha Pot� passa pelo mesmo problema e aguarda pelo menos R$ 100 mil. “Tiramos dinheiro de uma sa�de j� debilitada para combater uma doen�a que nos pegou de surpresa”, diz o prefeito da cidade, Gild�sio Sampaio (PRB).
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Sa�de informou ter liberado cerca de R$ 10,9 milh�es para os munic�pios que foram acometidos pela surto de febre amarela pertencentes �s regi�es de sa�de de Coronel Fabriciano, Governador Valadares e Manhumirim. A verba teve como objetivo o apoio diagn�stico assistencial e laboratorial, assist�ncia farmac�utica e qualifica��o da informa��o de doen�as classificadas como emerg�ncias em sa�de p�blica, bem como para a��es de vigil�ncia e controle das viroses transmitidas pelo Aedes aegypti. A secretaria informou tamb�m ter feito a��es de vigil�ncia, controle, preven��o e mobiliza��o social (via campanha publicit�ria), que custaram em torno de R$ 2 milh�es. Outro montante de recursos foi investido em a��es da Diretoria Hospitalar e em vacina��o.
Para o enfrentamento da doen�a, a SES informa que o Sistema �nico de Sa�de (SUS) oferece gratuitamente a vacina, por meio do Calend�rio Nacional de Vacina��o, nas unidades b�sicas de sa�de, principalmente para as pessoas que moram ou v�o viajar para �rea rural, silvestre ou de mata. Explicou ainda que s�o feitas a��es educativas, de mobiliza��o social, para elimina��o de criadouros do mosquito Aedes aegypti em munic�pios infestados, visando evitar a reurbaniza��o da febre amarela. E que tem mantido o apoio aos munic�pios na investiga��o dos casos e nas a��es de mobiliza��o, controle e vacina��o, j� intensificadas por ocasi�o do surto. O monitoramento continua tamb�m para notifica��o e investiga��o (em at� 24 horas) de todos os casos humanos suspeitos, incluindo aqueles de doen�as febris ict�ricas e/ou hemorr�gicas, �bitos por causa desconhecida e mortes de primatas.