(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

A��es contra a febre amarela ajudaram a evitar outras doen�as em Minas

Passada a pior fase da enfermidade no estado, com recorde de casos no pa�s, prefeituras ainda administram impactos financeiros e constatam que combate ao Aedes aegypti freou avan�o de outras viroses


postado em 11/05/2017 06:00 / atualizado em 11/05/2017 07:33

Agentes de saúde aplicam fumacê em casas na zona rural de Ladainha, no Vale do Mucuri, que teve a maior quantidade de casos no estado e precisou lançar mão de recursos próprios para enfrentar emergência(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS - 15/01/2017)
Agentes de sa�de aplicam fumac� em casas na zona rural de Ladainha, no Vale do Mucuri, que teve a maior quantidade de casos no estado e precisou lan�ar m�o de recursos pr�prios para enfrentar emerg�ncia (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS - 15/01/2017)
Um aprendizado dolorido para a sa�de p�blica. Depois do surto de febre amarela que deixou Minas Gerais em destaque no pa�s, ao liderar o ranking dos estados com o maior n�mero de casos, restam para os munic�pios as li��es da preven��o. Alguns aguardam ainda repasse de recursos para pagar gastos no combate � doen�a. Com o trauma ainda recente, cidades do interior que estiveram na rota do v�rus apontam as a��es de preven��o contra o mosquito Aedes aegypti, para evitar a reurbaniza��o da febre amarela, como fator decisivo para afastar do caminho tamb�m a dengue, chikungunya e zika, outras enfermidades que podem ser transmitidas pelo mosquito.


O surto de febre amarela em Minas teve in�cio em 4 de janeiro, quando foi notificado o primeiro caso da doen�a. Com baixa cobertura vacinal entre a popula��o, em torno de apenas 50%, o estado registrou 1.139 notifica��es e teve confirma��o para 427, segundo �ltimo balan�o da Secretaria de Estado da Sa�de (SES), de 26 de abril. Por causa do alto grau de letalidade, a doen�a infecciosa febril aguda e de r�pida evolu��o matou 151 pessoas. Outros 54 �bitos continuam sob investiga��o. Durante todo o per�odo do surto houve uma corrida aos postos de sa�de para vacina��o em diversas regi�es do estado, com destaque para as �reas de maior incid�ncia de casos.

Atualmente, a SES confirma que a doen�a est� controlada no estado e, com isso, resta aos munic�pios contabilizar os gastos e avaliar quais foram as li��es do problema. Em Malacacheta, nos vales do Jequitinhonha/Mucuri, o in�cio do surto foi para l� de conturbado. Para dar conta da emerg�ncia, foi preciso mexer nos cofres do munic�pio em momento inicial, para montar equipes e resolver o problema de uma frota sucateada de ve�culos, que precisava chegar � zona rural. Hoje tudo foi normalizado, segundo o secret�rio municipal de Sa�de, Marcus Vin�cius Esteves Silva. A fase agora � de monitorar de perto a situa��o. “Estamos voltando �s casas para ver se todo mundo est� vacinado, mas a cobertura vacinal passou de 90%”, afirma.

VIGIL�NCIA A Superintend�ncia Regional de Sa�de de Coronel Fabriciano, que compreende 35 munic�pios, continua fazendo uma varredura em toda a zona rural para atualizar ou distribuir cart�es de vacinas a moradores e trabalhadores dessas �reas. S�o alvo tamb�m da busca ativa das equipes de sa�de da fam�lia pessoas que passam fins de semana em s�tios e fazendas e os outros dias na cidade.

Em Caratinga, no Vale do Rio Doce, o secret�rio municipal de Sa�de, Giovanni Corr�a da Silva, diz que, no fim das contas, um surto evitou outro. Por causa das a��es para combater a febre amarela, a anunciada epidemia de dengue, zika e chikungunya, que era esperada para mar�o, abril e maio, n�o teve vez. “A a��o foi t�o eficaz que nossos n�veis hoje est�o baix�ssimos, um dos mais baixos de todos os tempos”, destaca. Enquanto no ano passado a cidade registrou mais de 600 casos de chikungunya, este ano 31 pessoas foram contaminadas.

Para ele, � o resultado das a��es de combate ao Aedes, tamb�m vetor da febre amarela, entre elas a aplica��o de fumac� nas zonas rural e urbana. Havia temor em todos os munic�pios atingidos de que a febre silvestre se tornasse urbana. Segundo o secret�rio, o inseticida s� ser� usado novamente se houver necessidade, mas a popula��o est� sendo conclamada a n�o baixar a guarda, por meio de campanhas publicit�rias e informa��es divulgadas via imprensa. “As visitas domiciliares continuam sendo feitas e refeitas. � importante a popula��o contribuir para n�o haver criadouros do mosquito.”

De acordo com Giovanni Corr�a, 90% da popula��o foi vacinada (82 mil, do total de 91,5 mil habitantes). Os 10% restantes n�o podiam ser imunizados ou j� tinham tomado a vacina. “A inten��o � manter o pique para evitar o que ocorreu. � uma li��o hist�rica para o estado e para o Brasil”, afirma.

Fila para vacina: como a imunização era baixa entre habitantes de todo o estado, campanha teve que ser feita às pressas(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS - 15/01/2017)
Fila para vacina: como a imuniza��o era baixa entre habitantes de todo o estado, campanha teve que ser feita �s pressas (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS - 15/01/2017)

ESPERA Cidade com o maior n�mero de mortos em decorr�ncia da febre amarela (21) e a maior quantidade de casos confirmados (50), Ladainha, no Vale do Jequitinhonha, aguarda resposta sobre pedidos de ajuda financeira. Segundo o prefeito, Walid Edir de Oliveira (PSDB), foram gastos entre R$ 280 mil e R$ 300 mil no combate, tirados do Fundo de Participa��o dos Munic�pios (FPM). “Isso afeta todo o mecanismo da sa�de”, afirma. A vizinha Pot� passa pelo mesmo problema e aguarda pelo menos R$ 100 mil. “Tiramos dinheiro de uma sa�de j� debilitada para combater uma doen�a que nos pegou de surpresa”, diz o prefeito da cidade, Gild�sio Sampaio (PRB).

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Sa�de informou ter liberado cerca de R$ 10,9 milh�es para os munic�pios que foram acometidos pela surto de febre amarela pertencentes �s regi�es de sa�de de Coronel Fabriciano, Governador Valadares e Manhumirim. A verba teve como objetivo o apoio diagn�stico assistencial e laboratorial, assist�ncia farmac�utica e qualifica��o da informa��o de doen�as classificadas como emerg�ncias em sa�de p�blica, bem como para a��es de vigil�ncia e controle das viroses transmitidas pelo Aedes aegypti. A secretaria informou tamb�m ter feito a��es de vigil�ncia, controle, preven��o e mobiliza��o social (via campanha publicit�ria), que custaram em torno de R$ 2 milh�es. Outro montante de recursos foi investido em a��es da Diretoria Hospitalar e em vacina��o.

Para o enfrentamento da doen�a, a SES informa que o Sistema �nico de Sa�de (SUS) oferece gratuitamente a vacina, por meio do Calend�rio Nacional de Vacina��o, nas unidades b�sicas de sa�de, principalmente para as pessoas que moram ou v�o viajar para �rea rural, silvestre ou de mata. Explicou ainda que s�o feitas a��es educativas, de mobiliza��o social, para elimina��o de criadouros do mosquito Aedes aegypti em munic�pios infestados, visando evitar a reurbaniza��o da febre amarela. E que tem mantido o apoio aos munic�pios na investiga��o dos casos e nas a��es de mobiliza��o, controle e vacina��o, j� intensificadas por ocasi�o do surto. O monitoramento continua tamb�m para notifica��o e investiga��o (em at� 24 horas) de todos os casos humanos suspeitos, incluindo aqueles de doen�as febris ict�ricas e/ou hemorr�gicas, �bitos por causa desconhecida e mortes de primatas.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)