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Estado de Minas

Miss�o americana para estudar eclipse em Bocaiuva considerou outras cidades mineiras

Astr�nomo argentino identificou boas condi��es de observa��o do fen�meno tamb�m em Montes Claros e Gr�o Mogol, ambas no Norte de Minas


postado em 16/05/2017 06:00 / atualizado em 16/05/2017 08:13

Antes de escolher por montar aparelhagem em Bocaiuva, cientistas também avaliaram outras duas cidades mineiras: Montes Claros e Grão Mogol(foto: José Medeiros/Arquivo O Cruzeiro/EM)
Antes de escolher por montar aparelhagem em Bocaiuva, cientistas tamb�m avaliaram outras duas cidades mineiras: Montes Claros e Gr�o Mogol (foto: Jos� Medeiros/Arquivo O Cruzeiro/EM)
O professor Her�clio Tavares, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisou como Bocaiuva foi escolhida pelos americanos como principal ponto de observa��o do eclipse total sol de 20 de maio de 1947. Ao fazer levantamento de documentos hist�ricos, ele descobriu que outras cidades norte-mineiras foram sondadas para receber a expedi��o de militares e cientistas enviada pelo governo dos Estados Unidos, devido �s condi��es meteorol�gicas favor�veis: Montes Claros e Gr�o Mogol. As boas condi��es das tr�s candidatas mineiras foram identificadas por um astr�nomo argentino.

Tavares fez a descoberta ao analisar documentos relativos aos pedidos da embaixada dos Estados Unidos ao Minist�rio das Rela��es Exteriores do Brasil, para que fosse autorizada a entrada no pa�s da miss�o da National Geographic Society (NGS) e do National Bureau of Standards (NBS) que liderou estudos sobre o eclipse total do sol em Bocaiuva.

“Em meio aos documentos de Irvine Gardner (chefe do setor �tico do NBS e integrante da miss�o que foi a Bocaiuva em 1947), h� um exemplar de um folheto do astr�nomo argentino Alberto Alfredo Volsch, que tratava das especificidades do eclipse de maio de 1947. Volsch apontou claramente as cidades de Bocaiuva, Montes Claros e Gr�o Mogol como as mais prop�cias � realiza��o de observa��es do fen�meno, em virtude da altura do Sol em rela��o ao horizonte na hora da totalidade (cerca de 40 graus), da altitude dessas cidades em rela��o ao mar (cerca de 1 mil metros) e das facilidades de transporte que as cidades possu�am”, relata o professor da UFRJ.

Ele descreve que, a pedido dos norte-americanos, al�m de estudo sobre as condi��es de log�stica, foi feitou um levantamento sobre previs�es meteorol�gicas das tr�s cidades mineiras para per�odo do eclipse do total. N�o foi poss�vel o fornecimento dos dados de Bocaiuva, tendo em vista a falta de posto meteorol�gico no munic�pio. Mesmo assim, a cidade acabou sendo a eleita para receber a miss�o. N�o foi identificada uma explica��o oficial para a escolha, mas a log�stica teria pesado. “A rede de transportes para alcan�ar Bocaiuva, em 1947, oferecia menos dificuldades, se comparada aos caminhos para se chegar a Gr�o Mogol. Bocaiuva tinha uma esta��o de trem e contava com a proximidade do aeroporto de Montes Claros, que � uma cidade lim�trofe”, relatou Her�clio Tavares.

Influ�ncia da guerra


A Segunda Guerra Mundial influenciou diretamente a pesquisa cient�fica na d�cada de 1940, afirma o pesquisador Her�clio Tavares. “A Segunda Guerra Mundial aproximou a pr�tica cient�fica de quest�es pol�ticas e militares. Expedi��es para observa��es de eclipses solares podem ser tomadas como entrada para perceber essa rela��o. No decorrer dos estudos do eclipse do Sol de 1947, a presen�a de uma enorme quantidade de militares de alta patente dos EUA no campo de observa��o diferenciou-se de ocasi�es anteriores”,avalia o pesquisador.


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