Starling destaca que tomar a vacina mais vezes do que o preconizado pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) e Minist�rio da Sa�de pode n�o ser ben�fico. “A segunda dose da vacina pode ampliar em cerca de 5% a imunidade da pessoa, nunca em 100%. � um aumento pequeno, e ainda pode expor o paciente � doen�a. Na verdade, alguns casos de febre amarela ocorrem devido � segunda dose”, afirma o especialista.
Na avalia��o do infectologista, o ideal � unir a imuniza��o a outras formas de preven��o da doen�a, como o uso de repelentes, mosquiteiros e, caso o indiv�duo viaje para matas ou locais com foco do mosquito, vestir roupas especiais com mangas compridas. Al�m disso, � importante colocar tela nas janelas das resid�ncias e evitar deixar �gua parada para evitar a prolifera��o do mosquito.
PREVEN��O Todo o cuidado � pouco durante os passeios a �reas consideradas end�micas, em todo o Brasil Central ou em regi�es onde ocorreram surtos, como Minas, Esp�rito Santo e Rio de Janeiro. A bi�loga e virologista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Giliane de Souza Trindade explica ser fundamental tomar cuidado, principalmente em acampamentos ao ar livre ou viagens para a Amaz�nia, Mato Grosso, Goi�s e outros. “Informa��o � fundamental, assim como o uso de repelentes para evitar a picada dos mosquitos. Tenho uma amiga que trabalhava na Amaz�nia e tinha o costume de, diariamente, passar �leo de cozinha no corpo inteiro para se proteger”, conta como curiosidade, tal a quantidade de insetos.
A bi�loga e virologista tamb�m elege a vacina, aplicada 10 dias antes da viagem, como medida mais importante para evitar a doen�a e recomenda aos turistas a consulta ao Livro Amarelo dos Viajantes, com dicas importantes, ou acessar o site www.cdc.gov, do Centro de Controle e Preven��o de Doen�as (CDC), �rg�o p�blico dos Estados Unidos para pesquisa, estat�stica, controle e preven��o de doen�as. “Se a pessoa vai a uma pescaria em Goi�s ou far� outro tipo de passeio, � bom ter aten��o”.

OCORR�NCIAS Conforme o �ltimo balan�o divulgado pela Secretaria de Estado de Sa�de (em 26 de abril), Minas registrou 151 �bitos causados pela febre amarela, e outros 54 em investiga��o. O total de casos confirmados da doen�a foi de 427, em 62 munic�pios mineiros. A morte do economista, morador do Belvedere, em Belo Horizonte, foi atestada na semana passada e teve a doen�a como causa. O homem foi contaminado fora do estado, durante viagem para local considerado de risco, e retornou � capital mineira com os sintomas.
Devido � confirma��o da morte, a Prefeitura de Belo Horizonte desencadeou, na ter�a-feira, a��es de bloqueio ao Aedes aegypti, que pode transmitir a doen�a em ambiente urbano, na Regi�o Centro-Sul da capital, local onde o economista morava. Segundo a Secretaria Municipal de Sa�de de BH, a��es de pulveriza��o de UBV, o popular fumac�, j� contemplaram mais de 12 mil im�veis na capital.
*Estagi�ria sob orienta��o do editor Andr� Garcia
TOME CUIDADO!
Siga as orienta��es dos especialistas para evitar a febre amarela e curtir a natureza
» ACAMPAR
1) Informa��o � fundamental, principalmente se for acampar em �reas silvestres. Antes de viajar, procure saber se a doen�a � end�mica na regi�o ou se houve surto recente.
» REPELENTE
2) Uso do repelente se tornou uma necessidade vital nestes tempos. Estados como Mato Grosso e da Amaz�nia s�o end�micos, mas a regi�o costeira apresentou surtos desde janeiro.
» UMA DOSE
3) Tomar vacina contra a febre amarela � obrigat�rio e apenas uma dose basta, conforme a Organiza��o Mundial de Sa�de e Minist�rio da Sa�de. Para quem vai viajar, tem que ser com 10 dias de anteced�ncia. N�o se esque�a de que, para muitos pa�ses, � preciso apresentar o Certificado Internacional do Viajante ou Profilaxia, que pode ser obtido na Rua Para�ba, 890, no Bairro Funcion�rios, em Belo Horizonte. A senha � distribu�da das 9h �s 16h.
» AO AR LIVRE
4) Todos os cuidados devem ser intensificados na hora das atividades ao ar livre, em parques municipais, unidades de conserva��o ou matas. Os gestores desse locais devem estar cientes da necessidade de informar os visitantes, assim como esses devem se preservar, mesmo sendo lugares muito convidativos.
» SEM ALARME
5) Preservar, sem alarmismo. Curtir a natureza, mas consciente de que a degrada��o ambiental favorece o surgimento de novas doen�as e intensifica a circula��o das j� existentes (zoonoses).
» N�O MATAR
6) Proteger a vida n�o significa sacrificar os animais, j� que, segundo os especialistas, eles s�o t�o v�timas quanto os seres humanos. Portanto, nada de matar os macacos achando que est� se defendendo.
» ROUPAS ESPECIAIS
7) A pessoa que viajar para regi�es de matas ou locais com surto de febre amarela deve vestir roupas especiais com mangas compridas. Al�m disso, � importante ter tela nas janelas das pousadas e evitar lugares com �gua parada.
Fontes: Adriano Paglia, ec�logo, e Giliane de Souza Trindade, bi�loga e virologista, professores e pesquisadores da UFMG; e m�dico infectologista Carlos Starling, da Sociedade Mineira de Infectologia