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Estado de Minas

Casar�o tombado pelo patrim�nio pede socorro em distrito de Ouro Preto

�ltimo im�vel colonial de Cachoeira do Campo est� escorado e tomado por mato. Prefeitura negocia com Minist�rio da Cultura repasse de verba para recuperar im�vel


postado em 27/05/2017 00:12 / atualizado em 27/05/2017 07:38

Plano da prefeitura é buscar R$ 1,3 milhão em recursos e transformar sobrado em Centro Administrativo de Cachoeira do Campo(foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS)
Plano da prefeitura � buscar R$ 1,3 milh�o em recursos e transformar sobrado em Centro Administrativo de Cachoeira do Campo (foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS)

Ouro Preto – Um peda�o valioso da hist�ria de Cachoeira do Campo, em Ouro Preto, na Regi�o Central, est� escorado por dentro e por fora, tomado pelo mato denso e � espera de medidas urgentes para garantir a preserva��o. Vizinho da Matriz de Nossa Senhora de Nazar�, constru�da no in�cio do s�culo 18 e palco de epis�dios �picos, o sobrado � o retrato do abandono e deixa apreensivos moradores, que se mobilizaram pela preserva��o, e visitantes desse que � o maior e um dos mais antigos distritos do munic�pio. Tamb�m preocupado com a situa��o, o secret�rio municipal de Cultura e Patrim�nio, Zaqueu Astoni Moreira, afirma que recuperar o chamado Casar�o da Pra�a se tornou prioridade. “Temos um projeto, planilhas atualizadas e estamos em entendimentos com o Minist�rio da Cultura para conseguir os recursos de R$ 1,3 milh�o e executar a obra”, diz o secret�rio.

O objetivo da atual administra��o � transformar o solar erguido no fim do s�culo 18 e in�cio do 19 de propriedade do munic�pio no Centro Administrativo de Cachoeira do Campo, em cuja regi�o vivem 10 mil habitantes. O pr�dio, �nico remanescente do distrito que j� teve cerca de 200 casar�es coloniais, dever� abrigar tamb�m ag�ncia banc�ria – “no distrito, s� h� caixas eletr�nicos”, observa o secret�rio – correio e outros servi�os, agregando, desta forma, conserva��o do patrim�nio e melhor atendimento � popula��o. No quintal com 2,5 mil metros quadrados e muitas jabuticabeiras, o plano � promover a revitaliza��o da �rea, criando pontos de conv�vio sob as �rvores.

Na manh� de quinta-feira, a coordenadora do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) Cidades Hist�ricas pela Prefeitura de Ouro Preto, a arquiteta D�bora Queiroz, acompanhou o Estado de Minas numa visita ao im�vel com frente para a Pra�a Felipe dos Santos. Cercado de tapumes, a edifica��o foi inventariada pela prefeitura em 2007 e desapropriada tr�s anos depois para ser centro administrativo.

USO P�BLICO
D�bora conta que o tempo passou e a ideia foi arquivada na gest�o anterior at� que, em 2015, o Minist�rio P�blico Minas Gerais (MPMG), por meio dos promotores de Justi�a Marcos Paulo de Souza Miranda, ex-coordenador das Promotorias de Justi�a de Defesa do Patrim�nio Cultural e Tur�stico, e o promotor da comarca, Domingos Ventura de Miranda J�nior, interveio e pediu o escoramento, feito com pe�as de madeira e metal. “Por isso, n�o h� perigo de desabamento”, assegura o secret�rio de Cultura e Patrim�nio de Ouro Preto, esclarecendo que, “ao assumir a pasta e por conhecer a import�ncia da edifica��o, coloquei toda a equipe para fazer os projetos, de modo a termos condi��es de buscar as parcerias institucionais para o restauro”.

Ao entrar por uma porta feita no tapume, e conhecer parte do im�vel que o matagal e as condi��es prec�rias impuseram limites, os rep�rteres do EM se lembraram da d�cada passada, quando funcionava no primeiro andar um restaurante com comida caseira e muito saborosa. Muitos antes disso, segundo o secret�rio Zaqueu, o pr�dio foi residencial, sendo um dos propriet�rios a fam�lia Pedrosa.

Caminhando numa parte do quintal, D�bora aponta um grande n�mero de jabuticabeiras, fruta tradicional em Cachoeira do Campo, que fica a 22 quil�metros da sede municipal. “O restauro � realmente uma prioridade e ter� grande import�ncia para a regi�o”, afirma a arquiteta. Desbotado pelo sol e pela chuva, o casar�o tem um tom encardido, que n�o esconde a impon�ncia de outras �pocas e mostra um tipo arquitetura muito caracter�stico: na parte de baixo, portas para o funcionamento das antigas vendas e, na parte superior, moradia.


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