
A Funda��o Renova – criada com a tarefa de lidar com os efeitos da trag�dia da Samarco, a partir do mesmo acordo entre governos federal, estadual e municipais e as mineradoras – informou que recursos como o repassado a Mariana fazem parte de or�amento para coleta e tratamento de esgotos nos munic�pios atingidos pelo rompimento da barragem, em novembro de 2015. A distribui��o da verba � definida na C�mara T�cnica de Seguran�a H�drica do Comit� Interfederativo, do qual a ANA faz parte.
O prefeito Duarte J�nior informou que o repasse total de R$ 72 milh�es ser� destinado a uma s�rie de interven��es ao longo do Ribeir�o do Carmo, para o qual escoa todo esgoto da cidade, e tamb�m de Ouro Preto, al�m de muito lixo e outros res�duos. “Futuramente, poderemos fazer at� capta��o nessas �guas, o que hoje � imposs�vel.” O chefe do Executivo participou ontem de a��o ambiental no munic�pio – a primeira, depois da trag�dia ocorrida em 5 de novembro de 2015 –, em uma parceria entre poder p�blico municipal e comunidade. “No in�cio, os recursos eram de R$ 250 mil e hoje chegaram a esse montante”, disse o prefeito, ressaltando que Mariana e Barra Longa, na Zona da Mata, ficaram com a maior parte da verba, que beneficiar� outros munic�pios da Bacia do Rio Doce.
Tamb�m ontem o prefeito informou que enviar� � C�mara Municipal, ainda nesta semana, projeto de lei que transforma em “�rea urbana e n�o mais rural” o terreno na localidade de Lavoura, escolhido no ano passado pelos antigos moradores de Bento Rodrigues para receber a comunidade atingida pelo rompimento da Barragem do Fund�o. Duarte J�nior esclareceu que a medida vai permitir o desmatamento da �rea, a fim de receber novas moradias e demais servi�os que existiam no subdistrito e foram arrasados pela lama de rejeitos de min�rio. De acordo com a Funda��o Renova, a supress�o vegetal ser� executada por uma empresa contratada, cujo nome dever� ser conhecido no m�s que vem, A expectativa � de que o novo Bento Rodrigues fique pronto em mar�o de 2019, informam os t�cnicos da Renova.

MOBILIZA��O Parte do projeto municipal M�o Solid�ria, que contempla diversas a��es para limpeza, reforma de quadras de esporte e outras na �rea de sa�de, a a��o ambiental de ontem em Mariana come�ou �s 8h e reuniu cerca de 300 pessoas, entre funcion�rios da prefeitura, volunt�rios e estudantes. De in�cio, houve panfletagem, com a entrega de folhetos sobre a import�ncia do Ribeir�o do Carmo, em cujas margens nasceu o primeiro povoamento, em 1696, com a chegada de bandeirantes paulistas a Mariana, que foi a primeira vila, cidade e diocese de Minas.

Vendo a situa��o, os estudantes, tendo � frente a diretora da escola, Adriana Rocha, recolheram material recicl�vel seco e colocaram em saco pl�stico. “Precisamos trabalhar juntos para deixar tudo limpo”, disse Stefane Lino da Silva Martins, de 18 anos, aluna do nono ano. Vit�ria Gabrielli Santos Morais, de 14, aluna do oitavo ano, tamb�m gostou da experi�ncia e revelou que a colabora��o � o primeiro passo para despoluir o Ribeir�o do Carmo. A diretora contou que participaram estudantes do sexto ao nono ano. “Falta preserva��o e iniciativas envolvendo moradores s�o importantes”, disse.
�s margens do curso d’�gua, ela e a vice-diretora, �ngela Lopes, acompanhadas de um grupo formado pela pedagoga Viviane Fonseca Ara�jo e as professoras Maria Aparecida Rosa de S� (portugu�s) e Jovita de F�tima (matem�tica), imaginavam o futuro da �rea. “Com a obra de saneamento, pode haver uma pista de caminhada, academias de gin�stica ao ar livre e outros servi�os para a popula��o”, disse Adriana Rocha, em sintonia com as colegas de trabalho.