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Estado de Minas

Sem dinheiro para grandes obras, PBH adota a��es simples para melhorar tr�nsito

Seguindo diretriz de buscar melhorias no tr�fego sem interven��es de alto custo, agentes da empresa come�am a atuar em pontos cr�ticos. Mas, por ora, s� no hor�rio de pico da manh�


postado em 28/06/2017 06:00 / atualizado em 28/06/2017 07:34

Ver galeria . 8 Fotos Implantação de direita livre na Avenida Francisco Sales com Avenida Brasil, no bairro Santa EfigêniaPaulo Filgueiras: EM/DA Press
Implanta��o de direita livre na Avenida Francisco Sales com Avenida Brasil, no bairro Santa Efig�nia (foto: Paulo Filgueiras: EM/DA Press )
Sem dinheiro para promover grandes interven��es no tr�fego da cidade que atenuem o problema da mobilidade urbana, a Prefeitura de Belo Horizonte vem optando por investir em a��es mais simples para tentar aumentar o conforto da popula��o sem gastos de maior vulto. Depois que o prefeito Alexandre Kalil (PHS) anunciou melhorias na frota de t�xis, com a entrada de 400 carros de luxo no sistema, e tamb�m nos �nibus, prometendo 120 ve�culos mais modernos no m�s que vem, ontem a BHTrans iniciou uma opera��o com a presen�a ostensiva de agentes em quatro pontos no hor�rio de pico da manh�, nas regi�es hospitalar, da Pampulha, do Barreiro e Oeste. O objetivo � organizar o tr�fego, que se torna ca�tico devido ao fluxo intenso, associado ao mau comportamento de motoristas. Sem fiscaliza��o e orienta��o, muitos fazem o que querem e contribuem para agravar os gargalos de circula��o, especialmente nos hor�rios de pico.


A opera��o vai funcionar todos os dias, das 6h �s 9h em um dos pontos e das 7h �s 9h em outros tr�s: cruzamento das avenidas Francisco Sales e Brasil (�rea hospitalar), cruzamento da Avenida Tereza Cristina e Via Expressa (Bairro Calafate, Regi�o Oeste), Avenida Otac�lio Negr�o de Lima, na altura da barragem da Pampulha, e Avenida Sinfr�nio Brochado (Barreiro). Cada um desses locais ter� medidas operacionais espec�ficas sinalizadas pelos agentes da BHTrans para aumentar a fluidez. Na �rea hospitalar, a inten��o � refor�ar uma op��o que j� existe: a direita livre para quem sai da Francisco Sales, nas imedia��es da Santa Casa, e quer seguir pela Avenida Brasil em dire��o � Afonso Pena. Por�m, nos hor�rios de pico o tr�nsito se torna confuso, com carros parando em cima da faixa de travessia e pedestre caminhando entre os ve�culos.


Ontem, primeiro dia de a��o dos agentes, o tr�fego ficou mais organizado no local, com momentos espec�ficos para passagem dos carros e mais fluidez, al�m da garantia do direito dos pedestres. “Todo dia � confuso atravessar aqui. O tr�nsito fecha para os carros, que bloqueiam nossa passagem. Agora, mesmo esperando um pouco mais, ficou mais seguro”, disse a auxiliar administrativo Ingrid Oliveira Rodrigues, de 25 anos, que passa diariamente pelo local. “Esse tr�nsito que vem da Francisco Sales para a Avenida Brasil precisava de organiza��o para fluir mais r�pido. Acho que vai melhorar”, afirmou o taxista Walter Alves, de 51.


J� no cruzamento das avenidas Tereza Cristina e Juscelino Kubitschek (Via Expressa), no Bairro Calafate, a medida foi liberar a faixa da direita para quem segue no sentido Centro, vindo de bairros como Buritis, Vista Alegre e Bet�nia, al�m da Regi�o do Barreiro. Nesse caso foram colocados cones para dividir o fluxo: quem segue no sentido �rea central tem acesso livre; quem pretende cruzar a Via Expressa no sentido Bairro Cora��o Eucar�stico aguarda o tempo do sem�foro. Em alguns momentos a interven��o eliminou as filas da faixa da direita. Em outros, condutores acharam que os cones faziam parte de alguma opera��o policial e n�o entraram na �rea demarcada, aumentando o congestionamento.

Reportagem do EM mostra altera��es na Francisco Sales e na Tereza Cristina. Assista aos v�deos:




A��ES Na semana passada, durante lan�amento da nova frota de luxo de t�xis de Belo Horizonte, assim como dos modelos h�bridos, com sistema el�trico, o prefeito Alexandre Kalil j� havia dito que a BHTrans estava avaliando uma opera��o para melhoria no tr�nsito. Tamb�m adiantou que m�s que vem v�o entrar em circula��o 120 �nibus mais modernos nas linhas convencionais, semelhantes aos do Move, com suspens�o a ar e ar-condicionado. “Esperamos que essas medidas tragam conforto melhor, j� que a opera��o de melhoria do fluxo est� sendo olhada. N�s n�o temos hoje condi��es de fazer grandes opera��es no tr�nsito”, disse o prefeito em 21 de junho.


A superintendente de A��o Regional da BHTrans, Maria Odila de Matos, informou que a empresa espera resolver gargalos importantes nos quatro pontos em que a opera��o de tr�nsito foi lan�ada durante o hor�rio de pico da manh�. O objetivo, segundo ela, � intervir nos locais mais cr�ticos. “Temos feito exatamente isso. Avaliamos a cidade como um todo. Esses locais foram escolhidos porque verificamos que demandam a��es simples, com grande resultado. Se verificarmos outros pontos em que as opera��es podem ser realizadas dessa forma, vamos tamb�m implant�-las e observar os resultados”, afirma. A inten��o inicial � avaliar o trabalho depois de uma semana, para saber se os pontos ser�o mantidos ou modificados.


O professor Guilherme Leiva, do curso de engenharia de transportes do Cefet/MG, acredita que, antes de se pensar em grandes obras, � necess�rio exatamente colocar a infraestrutura dispon�vel para atuar com a m�xima efici�ncia, o que n�o ocorre atualmente. “Nosso sistema de tr�fego ainda � subutilizado em sua grande maioria, em fun��o de n�o termos uma presen�a mais ativa nas ruas, com organiza��o de fiscais e agentes para atuar em determinados hor�rios. Talvez os problemas nem sejam mais t�o grandes depois que passarmos por essa organiza��o”, avalia o especialista. Leiva tamb�m lembra que em v�rias cidades do Brasil h� realidades diferentes de acordo com o hor�rio, e que isso � importante para otimizar a infraestrutura ofertada ao tr�nsito.


(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)

An�lise da not�cia


Demorou (Roney Garcia)

Colocar agentes de tr�nsito para, bem, agir no tr�nsito parece medida t�o �bvia que fica no ar a pergunta: por que s� agora? A BHTrans, fundada Empresa de Transporte e Tr�nsito de Belo Horizonte em 1991, foi por anos criticada pela aparente predile��o de suas equipes de rua por fiscalizar – e multar – carros parados, o que parecia uma contradi��o com seu pr�prio nome. Em dias e hor�rios de tr�fego travado na capital, chamava a aten��o a completa escassez de fiscais para garantir o cumprimento das normas de circula��o e multar infratores, enquanto equipes eram facilmente observadas no dia a dia rondando os estacionamentos rotativos espalhados pelo Centro. Em 2009, decis�o do Superior Tribunal de Justi�a proibiu a empresa municipal de multar. Esperava-se, ent�o, que as a��es de seu corpo fiscal se dirigissem enfim para privilegiar a organiza��o do fluxo de tr�fego nas ruas, o que n�o se verificou na pr�tica. A diretriz da atual gest�o municipal parece dar novo rumo para as a��es desse importante efetivo – e lugares para que ele atue n�o faltam na cidade. Resta torcer para que a provid�ncia n�o se encerre nos locais e medidas agora anunciados, tampouco apenas no hor�rio de pico da manh�. Afinal, voltar para casa � t�o importante quanto conseguir sair dela.


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