An�lises iniciais da Pol�cia Civil sobre imagens de c�meras de seguran�a de uma parada de �nibus na BR-381 em Perd�es, no Centro-Oeste de Minas, n�o identificaram crimes contra a m�e de 22 anos que relatou ter sido v�tima de inj�ria racial por ser negra e ter a filha de pele branca. Jamille Edaes sustentou que as agress�es, atribu�das a funcion�rios do local, aconteceram no banheiro. O delegado adjunto de Lavras, Ailton Pereira, respons�vel pelo caso, afirmou que os v�deos n�o mostram que ela tenha entrado no banheiro e indicam que a jovem apenas lanchou e voltou para o coletivo em que viajava. J� os advogados de Jamille afirmam que ela usou o sanit�rio para trocar as fraldas da crian�a.
O delegado A�lton Pereira disse, ap�s analisar imagens das c�meras de seguran�a, que a mulher n�o entrou em nenhum momento no banheiro, onde ela relatou que a situa��o teria ocorrido. “As imagens s�o n�tidas. Ela desce do �nibus com a crian�a, volta para pegar o suco, compra o salgado, paga e depois volta para o ve�culo. Fica o tempo inteiro no celular, enquanto a menina fica correndo de um lado para o outro. Pelo v�deo, n�o aconteceu nada”, afirma o delegado. Segundo ele, funcion�rios do ponto de parada foram ouvidos e tamb�m contradisseram as acusa��es da m�e. “Vamos ouvi-la nos pr�ximos dias, por carta precat�ria ou vamos enviar uma equipe at� Betim para colher o depoimento dela”, completou.
O advogado Marcelo Machado, que defende Jamille, sustenta que a cliente entrou no banheiro e sofreu inj�ria racial. “O que � fato � que ela entrou no posto e foi abordada por um funcion�rio j� questionando sobre a m�e da menina. Depois, outro funcion�rio chegou e perguntou sobre a m�e da crian�a e ela respondeu que era ela. Quando foi pagar a conta, um terceiro funcion�rio questionou sobre a menina. Momento em que foi ao banheiro trocar a fralda da garota, quando foi abordada pela servidora que estava l� dentro. A mulher pegou a crian�a e estava entregando a uma terceira pessoa, quando ela interveio. Nesse momento, mostrou os documentos e a terceira pessoa tamb�m alegou que n�o era a m�e da menina”, disse o defensor.
O advogado informou que vai aguardar o fim das investiga��es para tomar as medidas judiciais necess�rias. “Primeiro vamos esclarecer a investiga��o no tocante a esses fatos da inj�ria racial. E t�o logo isso ocorra vamos tomar as medidas poss�veis na �rea c�vel para que ela seja ressarcida”, comentou.
Filmagem
O gerente de Marketing do posto �s margens da BR-381 onde teria ocorrido o epis�dio, Em�lio Vasconcelos, afirmou que n�o foi constatado nenhum fato estranho no estabelecimento. “Se houvesse, seria de f�cil identifica��o, porque s�o 70 funcion�rios no turno, a cada metro quadrado tem um. E as c�meras olham tudo”, disse. “Ela comprou, rodou um pouco dentro (da loja); n�o entrou no banheiro. O circuito dela todinho, desde que saiu do �nibus, passou pelo parquinho, foi ao self-service, passou no caixa, voltou para pegar um suco – a menina brinca com ela ao longo da lojinha – e ela saiu no caixa novamente, pagou, entrou no �nibus e foi embora. Isso durou entre 15 a 20 minutos.”
A empresa de �nibus em que a jovem viajava tamb�m negou ter ci�ncia de qualquer incidente. “A empresa s� tomou conhecimento dos fatos pelas redes sociais. Em conversa com o motorista, ele informou que n�o houve nenhuma anormalidade em toda a viagem, inclusive nas paradas. Por fim, reafirmamos nosso compromisso de prestar um excelente atendimento e um servi�o com a qualidade exigida por nossos clientes”, comunicou a companhia.
(RG)