
A primeira morte provocada pela febre vitimou um morador de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. De acordo com a Secretaria de Estado de Sa�de, ele era portador de diabetes e come�ou a sentir os sintomas em 2 de mar�o, morrendo nove dias depois. O caso foi notificado pelo munic�pio �s autoridades sanit�rias estaduais em 28 de mar�o.
Segundo a pasta, a apura��o de casos suspeitos � feita seguindo o Protocolo de Investiga��o dos �bitos por Arboviroses do Minist�rio da Sa�de. A apura��o � feita no munic�pio onde a v�tima mora, e depende ainda de resultados laboratoriais. A conclus�o ocorre em aproximadamente 30 dias. Outros 19 �bitos que podem ter sido causados pelo v�rus continuam sendo investigados em Minas.
A maioria – 15 �bitos – ocorreu em Governador Valadares, que sofre com o avan�o da doen�a. Em seguida v�m Te�filo Otoni (duas mortes), no Vale do Mucuri, Cuparaque e Central de Minas, ambas no Vale do Rio Doce. “Infelizmente, est� chamando a aten��o a incid�ncia em pacientes acima de 65 anos. Isso faz com que a gente permane�a com o trabalho de capacita��o dos profissionais de sa�de para a an�lise precoce dos casos. Tamb�m alertamos a popula��o para os riscos da doen�a, para procurar o atendimento m�dico nos centros de sa�de e n�o tomar medicamentos por conta pr�pria”, afirma o subsecret�rio de Vigil�ncia e Prote��o � Sa�de, Rodrigo Said.
As caracter�sticas da doen�a representam preocupa��es distintas para os �rg�os de sa�de. “Os �bitos acontecem na fase inicial da doen�a, em at� 12 dias ap�s o in�cio dos sintomas, por isso a import�ncia do acompanhamento m�dico. Depois desse per�odo a virose passa para a fase p�s-aguda e vira cr�nica. Os pacientes come�am a ter a persist�ncia de dores musculares, muitas vezes causando afastamento de atividades dom�sticas e do trabalho”, comenta o subsecret�rio.
Mesmo com a queda no n�mero de casos nos �ltimos meses, a doen�a ainda preocupa, acumulando 16.995 notifica��es. Em janeiro foram 746 e em fevereiro, 3.427. A situa��o pior ocorreu em mar�o, quando os registros saltaram para 7.747. Em abril, voltaram a cair e chegaram a 3.559. A queda continuou no m�s seguinte, que terminou com 1.092 notifica��es. Em junho, houve 424.
COMBATE MANTIDO Segundo o subsecret�rio, a popula��o precisa ajudar a conter os focos do mosquito transmissor, mesmo nesta �poca de queda no n�mero de notifica��es. “O envolvimento de todos no controle do Aedes � fundamental. � importante destacar que em junho foram 1,4 mil casos prov�veis de dengue, al�m dos 424 de chikungunya. Isso mostra que as doen�as acontecem o ano inteiro, apesar do pico em novembro e mar�o”, explica Said.
Saiba mais
� uma doen�a viral causada pelo v�rus CHIKV, da fam�lia Togaviridae, e pode ser disseminada, como ocorre no Brasil, pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, tamb�m transmissores da dengue, da zika e da febre amarela. Na fase aguda, os sintomas se manifestam entre dois e 12 dias. Os principais s�o febre alta, acima de 39 graus, de in�cio repentino, dor muscular, erup��es na pele, conjuntivite e dor nas articula��es, que podem se manter por um longo per�odo. A orienta��o das autoridades de sa�de para quem apresentar manifesta��es compat�veis com a virose � procurar a unidade b�sica de sa�de mais pr�xima e n�o usar medicamentos sem indica��o m�dica.