
O objetivo das comiss�es � garantir que a voz de moradores seja ouvida na elabora��o de pol�ticas p�blicas com propostas para beneficiar o transporte e o tr�nsito da capital. Cada uma das nove regionais da cidade foi dividida em territ�rios, os quais ter�o seis representantes, sendo metade titular e a outra, suplente. Dos tr�s primeiros, um ser� escolhido como titular para integrar o Conselho Municipal de Mobilidade Urbana, o Comurb.
As elei��es ocorrem em agosto (veja no quadro a data de cada regional), com resultados divulgados no mesmo dia da vota��o. Segundo a prefeitura, “os trabalhos das CRTTs s�o realizados durante reuni�es, que podem ser ordin�rias (uma vez por m�s) e extraordin�rias (datas alternativas). As reuni�es s�o abertas a quaisquer pessoas interessadas, que podem manifestar sua opini�o, respeitada a pauta”.
O tr�nsito virou uma dor de cabe�a constante para os moradores da cidade por v�rios motivos. Um deles � a explos�o da frota, que cresceu 74% nos �ltimos 10 anos, de 1.020.465 unidades, em 2007, para 1.778.298 em 2017, segundo o Departamento Estadual de Tr�nsito (Detran-MG). A BHTrans e a Sudecap, empresa municipal a quem cabem as obras, tentam melhorar o fluxo de ve�culos no munic�pio, mas nem sempre as mudan�as agradam a todos. E a elei��o das comiss�es regionais � um bom momento para p�r as insatisfa��es para fora.
O empres�rio T�lio Henrique Gomes de Menezes, de 22, por exemplo quer ver a queda de um muro que atrapalha o tr�nsito na Rua Delegado Gilberto Porto, no Bairro Nova Gameleira, na Regi�o Oeste. Trata-se de uma constru��o nos fundos do Departamento de Opera��es Especiais (Deoesp) da Pol�cia Civil. “� como se o muro tivesse avan�ado sobre a via”, conta o motorista.
A rua em que ele defende a mudan�a comporta tr�nsito em ambos os sentidos, mas, quando passa pelos fundos do Deoesp, a via suporta apenas um ve�culo por vez. E n�o h� espa�o para �nibus e caminh�es. “Se o muro fosse derrubado, o fluxo para entrar e sair no bairro seria melhor. Al�m disso, o muro protege ber��rios de dengue, pois atr�s da constru��o h� centenas de carros (apreendidos pelo Detran) que j� viraram sucata. Muita gente aqui na rua j� foi picada pelo Aedes aegypti e sofreu com a doen�a”, advertiu ele, dono de uma pizzaria ao lado do muro.
SEM ACESSO Queixas tamb�m s�o ouvidas no Bairro Carlos Prates, um dos mais antigos da cidade, na Regi�o Noroeste. � l� que mora o publicit�rio Rosinaldo Santos, de 41. Ele pede que as faixas para pedestres e as de parada obrigat�ria recebam novas camadas de tinta, pois est�o apagadas, o que pode facilitar batidas e atropelamentos. E defende melhor sinaliza��o para orientar condutores que n�o conhecem bem a regi�o. “Deveria existir uma placa, por exemplo, na Rua Rio Casca, informando que aquele � o �ltimo acesso para a Avenida Pedro II. Muitos motoristas chegam aqui, na esquina da Rua Te�filo Otoni com a Tremedal, e n�o podem acessar a avenida. � preciso dar uma volta e retornar”, explicou.
Uma placa na Tremedal, mostra o publicit�rio, chama a aten��o. Por causa da faixa exclusiva para �nibus na Pedro II, algumas vias tiveram o tr�nsito interrompido. Mas a sinaliza��o n�o acompanhou a mudan�a. “Esta placa, veja s�, deveria ter sido trocada, pois informa que a pessoa pode seguir reto ou virar � esquerda. Os moradores passaram tinta branca para tampar a indica��o de que � permitido entrar � esquerda.”