
“A �gua do chafariz ser� pot�vel, ent�o pr�pria para o consumo, e representar� um atrativo a mais para moradores e visitantes”, afirma Zaqueu. Ele destaca a import�ncia do monumento constru�do em 1745 para Ouro Preto, cidade que � Patrim�nio da Humanidade, reconhecida pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco) e tem a regi�o central tombada pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan).
“A pe�a tem uma inscri��o em latim (Is quae potatum cole gens pleno ore Senatum, securi ut sitis nam jacit ille sitis) numa refer�ncia ao antigo Senado da C�mara. A tradu��o � ‘o povo de boca cheia louvar� o senado que sua sede saceia’”, diz o secret�rio. Em resumo, o Senado da C�mara, como administrador impessoal, e n�o o governador da �poca, entregou � popula��o a obra de utilidade p�blica.
Quem passa na Rua S�o Jos� e para na Pra�a Reinaldo Alves de Brito, chamada de pracinha do cinema, pode ver o chafariz com os tapumes e trabalhadores em a��o. Entusiasmado com o servi�o, Zaqueu conta que uma r�plica desse monumento se encontra num parque da cidade norte-americana de Brazil (com z mesmo), no estado de Indiana. Ele foi dado de presente pelo ex-embaixador do Brasil em Washington (EUA) Maur�cio Nabuco (1937-1985).
SEM �GUA O Chafariz dos Contos � considerado o mais importante de Ouro Preto. Constru�do em alvenaria de pedra rebocada e partes aparentes em cantaria, ele fica no centro de um grande pared�o na pra�a. De acordo com os especialistas, ele tem duas grandes e largas volutas (ornamento) de cantaria, em curvas, com o espa�o no qual se insere uma grande concha barroca apoiada numa bacia esculpida. A diferen�a do Chafariz dos Contos para os outros de Ouro Preto, restaurados e entregues � comunidade no ano passado, � que o agora em obras ter� �gua, diz o secret�rio.
O conjunto de 22 chafarizes foi restaurado com Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) Cidades Hist�ricas, do governo federal. A maioria foi constru�da entre 1740 e 1760, �poca de grandes investimentos em obras p�blicas na ent�o capital da Capitania de Minas Gerais, chamada de Vila Rica. O respons�vel pela constru��o dos chafarizes era o Senado da C�mara, que publicava editais de arremata��o e contratava art�fices para trabalhar sob a orienta��o de um risco, como era chamado o projeto. No per�odo colonial, o material preferencialmente empregado nos tanques, ornatos e muros eram rochas locais, como o itacolomi ou a canga, sendo que mais tarde, novos materiais foram introduzidos, como o ferro fundido.