Parque Ecol�gico da Pampulha reabre amanh�; manuten��o busca evitar carrapatos

Trabalhadores correm contra o tempo para deixar tudo pronto no Parque Ecol�gico Francisco Jos� Lins do R�go Santos, popularmente conhecido como Parque Ecol�gico da Pampulha, que reabre as portas para a popula��o amanh� ap�s mais de tr�s meses fechado. Entre as a��es desenvolvidas em um mutir�o organizado desde 1º de agosto no local est�o a poda e a limpeza da grama, a��es consideradas essenciais para afastar o risco de picadas do carrapato-estrela, que pode transmitir a febre maculosa por meio de uma bact�ria. Como a doen�a costuma ocorrer com mais frequ�ncia entre os meses de junho e novembro, a for�a-tarefa montada pela PBH para reabertura da unidade, inclusive com apoio da Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), ganha ainda mais import�ncia. O parque ficou fechado devido ao encerramento do contrato que fornecia m�o de obra terceirizada. Uma nova licita��o resolveu esse problema e tamb�m possibilitou o funcionamento normal do zool�gico de BH, que desde quarta-feira voltou a ser aberto de ter�a-feira a domingo e n�o mais s� nos fins de semana.

A reabertura do parque, que ocorre amanh�, ser� marcada pela chegada de 12 paraquedistas, entre as 7h30 e as 9h30. Eles v�o saltar de um helic�ptero e descer na esplanada do parque. Al�m da poda da grama e da limpeza, outras medidas tamb�m garantem uma seguran�a maior para a popula��o com rela��o aos carrapatos, segundo a gerente de Atendimento ao P�blico, Gisele Mafra. “A nossa rotina j� inclui os cuidados que minimizam os riscos de aparecimento dos carrapatos. A pr�pria estrutura do parque h� mais de dois anos n�o permite a entrada de animais hospedeiros, como capivaras, cachorros e cavalos”, afirma Gisele. A gerente diz ainda que a reabertura � gradativa, pois algumas �reas no interior do parque ainda permanecem fechadas enquanto a manuten��o n�o resolver todas as demandas. Um bosque pr�ximo da portaria do marco zero, onde ano passado foi encontrada maior concentra��o de carrapatos, n�o estar� dispon�vel, assim como a �rea do Memorial Japon�s.

A partir da semana que vem, tamb�m come�ar� a funcionar a irriga��o, gra�as �s a��es de retomada do abastecimento do espelho que armazena a �gua usada para molhar a grama. De qualquer forma, Gisele Mafra garante que a poda da grama � a principal a��o para manter os carrapatos afastados da popula��o. “Quando fazemos a ro�ada e a limpeza da grama, o sol bate e isso j� � fator para o carrapato n�o proliferar”, acrescenta. A Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES/MG) recomenda �s pessoas o uso de repelentes, vestimentas longas e de cor clara (que permitem a f�cil visualiza��o do carrapato) e cal�ados fechados e de cano longo. A pasta tamb�m orienta que os visitantes evitem se deitar e sentar diretamente em gramados durante as atividades de lazer e que examinem o corpo com frequ�ncia para que consigam retirar um carrapato o mais r�pido poss�vel, caso ele seja encontrado.

No ano passado, dois casos de febre maculosa registrados em BH tiveram rela��o com a orla da lagoa. Um deles, inclusive, provocou a morte de um garoto de 10 anos, que participou de excurs�o com um grupo de escoteiros no Parque Ecol�gico. A ocorr�ncia desses dois casos levou a PBH a adotar uma s�rie de a��es, como a aplica��o e carrapaticidas, capina, irriga��o e fechamento de �reas de maior concentra��o dos carrapatos. Dados da SES/MG mostram que de 2008 a 2016 foram registrados 118 casos no estado, com 48 mortes notificadas. Os sintomas iniciais da febre maculosa s�o febre, dor de cabe�a, dores musculares, mal-estar, n�useas e v�mitos, que aparecem entre o 2º e o 14º dia ap�s a picada do carrapato. Como essas sensa��es podem ser confundidas com outras doen�as, � fundamental que, diante dos primeiros sintomas, o paciente procure imediatamente um posto de sa�de e relate ao profissional de sa�de que esteve em �reas prop�cias para a presen�a de carrapatos.

Ainda de acordo com a SES/MG, o tratamento deve ser iniciado imediatamente a partir da suspeita de febre maculosa. O tratamento � realizado com antibi�ticos via Sistema �nico de Sa�de (SUS). Se n�o tratada, a doen�a pode evoluir para est�gios de confus�o, torpor, altera��es psicomotoras e outras manifesta��es graves, como edema, hemorragia e icter�cia, que podem levar o paciente � morte em cerca de 80% dos casos.

Um dos hospedeiros da bact�ria Rickettsia rickettsii, que transmite a febre maculosa, � a capivara, animal que est� presente na orla da Lagoa da Pampulha. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o projeto de manejo das capivaras, que somam entre 85 e 100 animais na orla, est� em fase final de conclus�o. O trabalho prev� monitoramento e censo, cirurgia de castra��o e monitoramento p�s-cir�rgico. O pontap� inicial depende da contrata��o da empresa que ser� respons�vel pelo manejo. Essa contrata��o ser� viabilizada a partir de uma medida de compensa��o ambiental. Uma cirurgia de castra��o piloto foi realizada em uma das capivaras para servir de modelo para os outros roedores que v�o passar pelo procedimento. A cirurgia foi fotografada e filmada para servir de modelo para as pr�ximas castra��es.

 

Zool�gico de ter�a a domingo

 

A popula��o de Belo Horizonte j� pode voltar a usufruir de um espa�o muito procurado principalmente por fam�lias com crian�as da capital mineira e tamb�m os turistas. O zool�gico de BH voltou a funcionar normalmente, de ter�a-feira a domingo, das 8h �s 17h, desde quarta-feira. A retomada dos hor�rios e dias normais foi poss�vel devido � efetiva��o de um novo contrato que terceiriza parte da m�o de obra necess�ria para o funcionamento do espa�o.

Em abril, o contrato que estabelecia a atua��o de cerca de 150 funcion�rios foi encerrado, desguarnecendo metade dos postos de trabalho necess�rios para o funcionamento pleno do zool�gico. A outra metade � garantida pelos servidores diretos da Prefeitura de BH e por isso a abertura do espa�o precisou ficar restrita aos fins de semana. Com o funcionamento normalizado, o Aqu�rio do Rio S�o Francisco volta a participar do Circuito Pampulha Noturno, abrindo suas portas para a visita��o noturna toda segunda ter�a-feira de cada m�s, das 18h �s 21h. Em agosto, a atividade ocorrer� no dia 8.

Servi�o

Zool�gico, Jardim Bot�nico e Aqu�rio
Funcionam de ter�a-feira a domingo,
das 8h �s 17h
De ter�a a sexta R$ 5,
s�bado R$ 6 e domingo R$ 8
Aqu�rio de ter�a a domingo R$ 6
l Portaria I – Pampulha:
Av. Otac�lio Negr�o de Lima, 8.000
l Portaria II – Serrano:
Av. Ant�nio Francisco Lisboa, 2.600
l Portaria Aqu�rio: Av. Ant�nio Francisco Lisboa, 450 (aberta apenas nos dias de visita noturna)

Parque Ecol�gico da Pampulha
De ter�a-feira a domingo, das 8h30 �s 18h
Entrada gratuita
Av. Otac�lio Negr�o de Lima
Portaria I: nº 6.061(Marco Zero)
Portaria II: nº 7.111 (Toca da Raposa)
A entrada nos espa�os � permitida at� uma hora antes do fechamento.