Os crimes de explos�o de caixas eletr�nicos e assaltos a bancos, que v�m aterrorizando principalmente pequenas cidades do interior de Minas, preocupam e mobilizam as for�as de seguran�a. Um dos casos mais graves ocorreu em Santa Margarida, na Zona da Mata, em 10 de julho. Na ocasi�o, o cabo da Pol�cia Militar Marcos Marques da Silva e o vigilante Leonardo Jos� Mendes foram mortos a tiros pelos criminosos. As imagens das execu��es se espalharam pela internet, levando indigna��o e medo � popula��o. Conforme o coronel Helbert Figueir�, comandante-geral da Pol�cia Militar, a explos�o de caixas, que entra nos dados como furto qualificado, diminuiu neste ano, mas a agressividade dos bandos preocupa.
“O estouro de caixas eletr�nicos em Minas no primeiro semestre de 2017 apresenta redu��o de 34% se comparado com o mesmo per�odo de 2016. Mas o que � importante � que aumentou a gravidade desses crimes e o grau de beliger�ncia dos criminosos”, afirma. “Isso tem causado nas comunidades pacatas e interioranas um temor social, um medo e uma sensa��o de inseguran�a, mas felizmente temos conseguido, com as estrat�gias da Pol�cia Civil de investiga��o criminal e nas repress�es da Pol�cia Militar, come�ar a fazer um mapeamento dessas quadrilhas e diversas pris�es ocorreram, especialmente entre junho e agosto”, disse o comandante.
O secret�rio de Seguran�a P�blica de Minas, S�rgio Barboza Menezes, reconhece que h� dificuldades. “� uma din�mica dif�cil, porque os criminosos s�o de outros estados e atuam aqui, mas a gente tem trabalhado com for�a integrada internamente e buscando parceiros externos: Ex�rcito, Pol�cia Federal e for�as de seguran�a de outros estados”, afirmou.
A Pol�cia Militar informou que 1,8 mil policiais foram destacados para pequenas cidades do interior de Minas Gerais em abril, e que haver� mais mudan�as. “Estamos programando toda uma reestrutura��o da previs�o de efetivo por munic�pio, considerando a popula��o e aspectos espec�ficos, como turismo e a condi��o de polo comercial. Em setembro divulgaremos nova previs�o de efetivo para todos os munic�pios. Talvez esse baixo efetivo nos munic�pios tenha levado os criminosos a enxergar uma oportunidade para a pr�tica de delitos”, disse o coronel Helbert Figueir�.
No entanto, ele enfatiza que o caso de Santa Margarida poderia ter sido evitado. “No caso de Santa Margarida, a quadrilha que atuou � de Minas e j� estava identificada pelo delegado regional. Por tr�s vezes, durante um ano e meio, esse delegado fez pedidos de intercepta��o telef�nica para esse grupo, que foram negados pela Justi�a. Se tivesse conseguido, talvez a gente conseguisse prevenir aquele delito”, destacou o militar.