
Um estudante do 6º per�odo de odontologia foi detido por exerc�cio ilegal da profiss�o nesta manh� no Bairro Santa Efig�nia, Regi�o Leste de Belo Horizonte. A a��o contou com fiscais do Conselho Regional de Odontologia (CRO-MG) e policiais militares. Ele foi levado para a Central de Flagrantes da Pol�cia Civil (Ceflan), no Bairro Floresta.
Hildebrando Martins da Silva, matriculado em uma institui��o de ensino da capital mineira, n�o tinha autoriza��o legal para atuar e realizava atendimentos a domic�lio e em um consult�rio montado dentro da casa onde mora, na Avenida Mem de S�.
De acordo com o CRO-MG, uma den�ncia feita ao �rg�o informou a atua��o ilegal do estudante. Atrav�s do boletim de ocorr�ncia registrado junto � Pol�cia Militar, uma opera��o foi montada nesta manh� para prender o estudante no momento em que ele realizava um atendimento odontol�gico.
Na casa de Hildebrando, os fiscais constataram que h� um consult�rio montado em um dos c�modos. Conforme informa��es da den�ncia feita na Pol�cia Militar, o estudante tamb�m realizava atendimentos a domic�lio. Segundo o inspetor de fiscaliza��o do CRO-MG, M�rio Cerqueira, o estudante era investigado desde o ano passado. “Est�vamos acompanhando a atividade no Bairro Palmeiras, onde ele havia atendido a sogra de um tenente-coronel da PM. Eu acompanhei toda a situa��o, onde ele lavrado o boletim de ocorr�ncia, foi feita uma den�ncia no Conselho Regional de Odontologia, e o coronel ia abrir um processo na Justi�a contra ele por danos morais, por n�o ser formado”, disse.
“A gente sabe que ele � estudante e parece que j� h� outras refer�ncias dele no Conselho Regional de Odontologia do Piau�, mas isso vai ser averiguado ainda”, informou o supervisor de fiscaliza��o do CRO-MG, Marcos Cambraia. Na tentativa de evitar novas fraudes, ele pede que que tanto cl�nicas e dentistas quanto a popula��o consultem o �rg�o para verificar a legalidade de atua��o dos profissionais. “A gente precisa que as cl�nicas odontol�gicas que contratam esses profissionais solicitem no conselho regional a documenta��o para comprova��o de que esses s�o profissionais registrados, e isto tamb�m vale para a popula��o. Existem n�meros que nos identificam como profissionais de odontologia, ent�o que o paciente busque junto ao conselho essa informa��o.”
Segundo Cambraia, estudantes aproveitam o per�odo na faculdade para se passar por falsos dentistas. “O que acontece � que muitas vezes os estudantes de odontologia que j� t�m conhecimento de toda a t�cnica e dos termos usados no atendimento odontol�gico �s vezes pedem emprego em cl�nicas de odontologia e os donos de cl�nicas, que na maioria das vezes s�o dentistas, n�o t�m essa informa��o de registro ou n�o,” destacou. O supervisor tamb�m destaca que a atua��o dos falsos dentistas podem colocar a sa�de e a vida dos pacientes em risco, principalmente em casos de cirurgias.
“Ele vai ser encaminhado � delegacia, vai ser levrado um termo, provavelmente ele vai ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal, e vai se fazer o levantamento se j� h� outras a��es abertas contra ele”, explicou Cerqueira. Segundo ele, o homem detido pode responder por exerc�cio ilegal da profiss�o, conforme o artigo 282 do C�digo Penal Brasileiro. Se condenado, pode pegar de seis meses a dois anos de pris�o.
Na delegacia, a v�tima respons�vel pela den�ncia contou que fazia tratamento com Hildebrando h� dois anos, indicada por outra profissional do consult�rio onde ele trabalhava anteriormente. “Foi ele que me chamou. Antes ele falava, reclamava muito dessa dentista e j� falava comigo que n�o tinha problema n�o porque ele trabalhava em outro consult�rio no Santa Efig�nia. De repente ele saiu do consult�rio e falou que poderia me atender em domic�lio”, disse a paciente, que pediu para n�o ser identificada.
Ela disse que desconfiou dele por conta do tratamento r�spido em alguns momentos, al�m de que, segundo ela, o tratamento n�o estava dando o resultado desejado. “Fui l�, ele me deu at� um pedido de raio-x, mas a desconfian�a aumentou porque o pedido n�o tinha o CRO. Fui cozinhando em banho maria, liguei no conselho, a� que me informaram que ele n�o era dentista”, disse.
Ainda segundo a v�tima, ele cobrava caro pelos tratamentos. Os servi�os, de acordo com ela, poderiam variar de R$ 150 a R$ 3 mil. Nem o estudante, nem seu advogado quiseram falar com a imprensa nesta sexta-feira.
De acordo com a Pol�cia Civil, o estudante foi levado para a Central de Flagrantes (Ceflan 1). L�, ele assinou um termo circunstanciado de ocorr�ncia (TCO) por exerc�cio ilegal da profiss�o e foi liberado. Em 4 de setembro, ter� que participar de uma audi�ncia sobre o caso no Juizado Criminal.
Veja os cuidados necess�rios antes de come�ar um tratamento odontol�gico
» Certifique-se de que h� materiais esterilizados
» Verifique a organiza��o e limpeza do ambiente
» Cheque se o alvar� da Vigil�ncia Sanit�ria est� em dia
» Converse com o dentista sobre sua forma��o acad�mica
» Procure refer�ncias do profissional antes do tratamento
» Sempre que tiver d�vidas, ligue para o Conselho Regional de Odontologia: (31) 2104-3025