A agress�o ocorreu por volta das 3h30, durou cerca de tr�s minutos e s� cessou depois que v�rios carros come�aram a parar diante da cena que ainda deixa os dois estudantes em estado de choque. Um deles, Shane Landry, de 26, natural da Fl�rida, nos Estados Unidos, cursa metrado em demografia, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na manh� de hoje, ele buscou atendimento de sa�de na Unidade de Pronto-atendimento Centro-Sul (UPA) Centro-Sul, para avalia��o dos ferimentos.
Segundo o estudante, ele conseguiu se desvencilhar dos agressores e atravessar a avenida, mas quando olhou para tr�s, os tr�s haviam derrubado seu amigo e estavam o atacando com socos e chutes. “Ent�o eu voltei e consegui deter um deles. Mas, em seguida, os tr�s come�aram a me bater. Eles s� pararam quando viram que muitos carros estavam parando, embora ningu�m tenha descido para ajudar”, lamenta Shane.
A v�tima conta que, a princ�pio, achou que a abordagem seria por conta de um assalto. “Mas eles n�o nos levaram nada. Eu estava com celular e eles n�o pediram. Tamb�m n�o levaram a bolsa do meu amigo, que seria um alvo f�cil. Fugiram sem levar nada, no sentido Pra�a Sete. Ent�o ficou muito claro que nos atacaram por nossa orienta��o sexual”, explicou.
O jovem lamentou a rea��o de �dio dos agressores e disse que, al�m de prestar uma queixa policial, fez contato com o consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, pedindo para que o �rg�o contacte autoridades policiais em Minas para apura��o do caso. “Vou tentar conseguir imagens das c�meras da regi�o. Quero que essas pessoas sejam identificadas e punidas pelo que fizeram. Provavelmente, a den�ncia n�o vai dar em nada. N�o sei se elas j� fizeram isso outras vezes, mas n�o quero que isso se repita com outras pessoas”, disse.
Shane afirma que em todo o tempo que est� em Belo Horizonte, nunca havia sido v�tima de uma a��o t�o violenta. “Sei que homofobia � algo que pode acontecer em qualquer lugar do mundo. Nos Estados Unidos, na Europa... mas a sensa��o que tenho � que aqui no Brasil as pessoas que praticam esse crime s�o mais violentas.”
A reportagem do em.com entrou em contato com a Pol�cia Civil para apurar se h� pistas dos agressores. O �rg�o informou que a ocorr�ncia policial foi registrada na tarde de s�bado, na Central de Flagrantes (Ceflan) 2, no Bairro Floresta. N�o houve conduzidos e o trabalho de investiga��o est� em andamento.