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Estado de Minas

Mais de 50% dos supermercados e mercearias de BH foram assaltados nos �ltimos 12 meses

Pesquisa em 364 estabelecimentos do ramo aliment�cio aponta que 54,4% foram v�timas de viol�ncia nos �ltimos 12 meses


postado em 01/09/2017 06:00 / atualizado em 01/09/2017 07:59

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
A maioria (54,4%) dos com�rcios do ramo aliment�cio em Belo Horizonte foi alvo de algum tipo de viol�ncia no acumulado dos �ltimos 12 meses, encerrados em julho passado, com destaque para o assalto a m�o armada. O percentual deste tipo de crime em rela��o ao total de registros mais que dobrou no confronto com a pesquisa anterior. Subiu de 26,8% para 54,9%. Por causa disso, 62,8% dos empres�rios do setor mudaram h�bitos, como guardar objetos de valor em outros locais (37,5%).

Os n�meros fazem parte de uma pesquisa feita pelo segmento supermercadista do Sindicato do Com�rcio Varejista de G�neros Aliment�cios da Capital, o Sincovaga-BH, em parceria com a Fecom�rcio-MG. O estudo ouviu 364 entrevistados. A margem de erro � de 5%.

“A piora no quadro de viol�ncia era previs�vel, devido ao cen�rio econ�mico do pa�s. Isso provoca uma situa��o trai�oeira, em que o empres�rio acaba substituindo o papel do Estado e retirando dinheiro de capital de giro ou para investimento no neg�cio a fim de us�-lo em seguran�a. Tudo na tentativa de minimizar os problemas”, concluiu o presidente do Sincovaga-BH, Gilson de Deus Lopes, cuja empresa da fam�lia j� foi assaltada algumas vezes.

Ele defende o aumento do efetivo da PM na cidade, atualmente em torno de 5 mil pessoas, e suplica por novas estrat�gias das institui��es de seguran�a p�blica capazes de frear a sensa��o de medo. De acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados j� foi alvo de furto, roubo ou agress�o na cidade: 13% v�rias vezes, 29,9% algumas vezes e 17,7% uma vez. O restante (39,35%) n�o faz parte da estat�stica.

“O principal crescimento (dos crimes contra o setor) � o de assalto a m�o armada (passou de 44,5% para 54,4%). � uma a��o violenta. H� funcion�rios, por exemplo, que se assustam quando a gente d� um tapinha nas costas deles para apenas cumpriment�-los”, disse Gilson.

J� o coronel Winston Coelho Costa, chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), disse que vai entender melhor os n�meros divulgados pelo Sincovaga-BH. Segundo ele, no mesmo per�odo analisado pela entidade, houve redu��o no n�mero de roubo consumado (-28,9%) e no de roubo tentado (-3,05%).

“Vamos buscar entender os dados, que divergem dos n�meros que temos. N�o falta patrulhamento em BH. Nosso efetivo � de aproximadamente 5 mil militares”, refor�ou o oficial, ponderando, contudo, que n�o h� “como lan�ar um policial em cada logradouro da cidade”.

O coronel defende mudan�as na legisla��o criminal com vistas a retirar de cena marginais reincidentes: “S� este ano, conduzimos cerca 3 mil reincidentes �s delegacias”. O chefe do CPC defende ainda mudan�as no sistema prisional, “que n�o recupera ningu�m”.

A reincid�ncia pode ser um dos motivos que fez aumentar o percentual de empres�rios do setor que n�o acionaram a corpora��o ap�s alguma viol�ncia. Em 2016, por exemplo, o �ndice foi de 1,2%. Este ano, 9,2% dos entrevistados que foram alvo de viol�ncia n�o chamaram a PM.

Por outro lado, a maioria mudou h�bitos, ao longo dos �ltimos 12 meses, com receio de serem a pr�xima v�tima. Destes, 37,5% passaram a guardar objetos de valor em outros locais, enquanto 30,9% mudaram o hor�rio de funcionamento da loja. Outros 13,7% refor�aram a seguran�a no estabelecimento.

QUALIDADE DE VIDA
A viol�ncia na cidade interfere na qualidade de vida dos moradores, segundo a pesquisa. Dos entrevistados, 55,9% consideraram a cidade boa para se viver. Este percentual vem caindo ao longo dos �ltimos quatro anos: foi de 88,4% em 2014, de 82,5% em 2015 e de 76,1% em 2016.


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