
A circunst�ncia da morte de um jovem de 25 anos dentro da boate Hangar 677, no Bairro Olhos D'�gua, na Regi�o do Barreiro, ser� apurada pela Pol�cia Civil. H� duas vers�es para o caso. Os seguran�as alegam que o rapaz estava com drogas e sofreu um ataque card�aco ap�s saltar algumas grades e cair no ch�o. Um amigo conta que os funcion�rios levaram o jovem para um local reservado da casa de shows e foi impedido de entrar no local. Ele suspeita que o homem foi agredido.
A morte de Allan Guimar�es Pontello ocorreu entre 4h e 5h. A Pol�cia Militar (PM) foi acionada e colheu as informa��es com as testemunhas. “A vers�o dos seguran�as � de que o rapaz foi abordado com drogas e, depois, sofreu um ataque card�aco no local. Eles alegam que tentaram reanimar o jovem e n�o conseguiram”, explicou o tenente Jerry Adriano Martins de Abreu, da 126ª Companhia da Pol�cia Militar (PM), respons�vel pela �rea. Antes e passar mal o jovem teria corrido e saltado algumas grades, caindo no ch�o em seguida, ainda conforme a PM.
O amigo de Allan, Daniel Phillipe Gon�alves Castanheira conta que os dois foram ao banheiro e, depois de ser abordado por dois seguran�as, Allan foi levado para um lugar privado na boate. “Fui tentar ver onde eles estavam e os seguran�as colocaram o rev�lver no meu peito e me mandaram sumir”, afirma. Daniel garantiu que foi amea�ado caso n�o deixasse o local.
Segundo Castanheira, eles fecharam uma porta de metal e n�o conseguiu ver mais nada. “Fui procurar ajuda, pedir para uma amiga falar com quem estava organizando a festa e, quando voltei, o Allan j� estava dentro da ambul�ncia e alegaram que ele tinha falecido”, diz. Castanheira ressalta que o amigo n�o fazia uso de drogas e era saud�vel, sem problemas de sa�de. “�s 3h07, ele me deu um toque no celular, mas eu n�o vi. �s 3h15, quando retornei, ele j� n�o atendeu mais”.
De acordo com a PM, a v�tima aparentava ter se envolvido em uma briga. “A blusa do Allan estava rasgada, suja, os dedos dos p�s machucados, as costas arranhadas. H� sinais de que pode ter havido uma luta corporal. Talvez ele tenha entrado em conflito com seguran�as, mas temos que aguardar a aut�psia do corpo para saber as causas da morte”, concluiu Jerry Adriano.
O corpo do jovem foi encaminhado para o Instituto M�dico Legal (IML), onde ser� avaliado. Na delegacia, um respons�vel pelo evento e o chefe de seguran�a da boate n�o quiseram gravar entrevistas. O em.com.br entrou em contato com a assessoria de imprensa da casa noturna. A advogada que acompanha o caso informou que os dois homens v�o repassar todas as informa��es necess�rias para a Pol�cia Civil e, posteriormente, a imprensa ser� informada.
Outros casos
A casa de shows completou um ano em julho deste ano. Ao menos outros dois casos de agress�es foram registrados nas imedia��es do local. Em setembro do ano passado, o estudante de medicina Henrique Papini, de 22 anos, foi brutalmente espancado depois de sair da casa de shows. O jovem estava acompanhado de um colega e uma amiga quando foi agredido. Com traumatismo craniano e de face, al�m de outras les�es, o rapaz foi levado para o Hospital Biocor e chegou a ficar em coma. As agress�es foram flagradas por c�meras de seguran�a.
Rafael Batista Bicalho, de 19 anos, e Thiago Motta Vaz Rodrigues, de 20, foram indiciados pelo crime de tentativa de homic�dio por motivo f�til e impossibilidade de defesa da vitima. Em depoimento � pol�cia, somente Rafael assumiu ter agredido o rapaz. Ele justificou que o agrediu, pois estava com ci�mes de Henrique e sua ex-namorada. As provas apontam que os dois agrediram a v�tima e, com isso, assumiram o risco de causar a morte de Henrique. A pena para esse tipo de crime � de 12 a 30 anos de reclus�o.
Em novembro, outro caso foi registrado. O jovem Pedro Henrique de Oliveira Rocha, de 22, foi agredido no interior da boate Hangar 677. O caso foi relatado pela m�e do garoto. Ela registrou um boletim de ocorr�ncia depois que o filho deu entrada no bloco cir�rgico do Hospital Fel�cio Rocho, relatando que ele foi � casa de shows acompanhado da namorada e de alguns amigos e que circulava pelo local quando foi abordado pelos agressores.
Segundo a Pol�cia Civil, Pedro teria passado entre duas mesas antes de ser agredido de forma gratuita por um n�mero n�o informado de pessoas. Atingido por uma barra de ferro, ele teve ferimentos graves no rosto e uma ambul�ncia foi acionada para encaminh�-lo ao hospital.