(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Campanha de Multivacina��o come�a hoje: saiba mais detalhes

Sa�de hoje inicia campanha de imuniza��o para quem tem at� 15 anos de idade. Objetivo � adequar as coberturas contra uma s�rie de enfermidades, que est�o abaixo das metas


postado em 11/09/2017 06:00 / atualizado em 11/09/2017 07:34

A babá Adriana se adiantou à campanha e já levou o filho Lucas para se vacinar:
A bab� Adriana se adiantou � campanha e j� levou o filho Lucas para se vacinar: "� importante manter as doses em dia, para evitar problemas", alerta (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
De olho nos atuais �ndices de cobertura vacinal no pa�s, que t�m registrado baixas para algumas doses, o Minist�rio da Sa�de (MS) d� in�cio hoje � Campanha de Multivacina��o contra uma s�rie de doen�as. At� o dia 22, as fam�lias devem procurar um posto de vacina��o para avalia��o do cart�o de vacinas e atualiza��o da situa��o vacinal das crian�as e adolescentes menores de 15 anos de idade. No Brasil, doen�as como a var�ola, o sarampo, rub�ola e a polio foram erradicadas devido aos esfor�os de vacina��o. Mas casos recentes de caxumba no pa�s e a ocorr�ncia de outras enfermidades, como o sarampo, em outras partes do mundo, refor�a o chamado para a imuniza��o, diante da possibilidade de retorno desses males.

Em Minas, surtos de sarampo n�o ocorrem desde 1997, quando 794 casos foram notificados no estado. De l� para c�, foram 43 registros no ano seguinte e 9 em 1999. O pen�ltimo caso ocorreu 2011 e, em 2013, apenas dois casos importados de outros pa�ses entraram na estat�stica mineira. Ainda assim, uma poss�vel reintrodu��o do v�rus preocupa as autoridades de sa�de estaduais e de Belo Horizonte, diante da circula��o de brasileiros em viagem por na��es que t�m tido casos.

Al�m do sarampo, o alerta vale para a caxumba, j� com registros em alta. Para se ter uma ideia, em 2001, Minas teve 53 casos da doen�a. Com n�meros em eleva��o ao longo dos �ltimos anos, 2016 fechou com 3.019 casos e 1.883 j� ocorreram neste ano. “Temos observado o aumento dos casos entre adolescentes e, principalmente, entre aqueles n�o vacinados ou com apenas uma dose, o que mostra o risco que a falta da vacina traz”, alerta diretora de Vigil�ncia Epidemiol�gica da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG), Janaina Fonseca Almeida.

A situa��o de alerta tamb�m prevalece para a rub�ola. “N�o temos casos desde 2008, quando houve uma grande campanha em todo o pa�s, mas essa � uma doen�a que tamb�m ocorre em outros lugares do mundo e h� o risco de reintrodu��o no Brasil, caso n�o haja altas coberturas vacinais”, afirma Janaina.

A Poliomielite, por sua vez, teve seu �ltimo caso registrado no Brasil em 1989, no munic�pio de Souza, na Para�ba. Mas Nig�ria e Paquist�o (�frica) e Afeganist�o (�sia) ainda s�o pa�ses end�micos para a doen�a e, com isso, o risco de contamina��o entre as na��es se mant�m. O problema � que, enquanto a cobertura da polio alcan�ou a marca de 105,99% em 2000 (ou seja, mais crian�as foram vacinadas do que o previsto), o �ndice caiu a 88,29% no ano passado, percentual abaixo da meta, que � de 95%. Neste ano, quando a SES j� esperava ter chegado � cobertura preconizada, apenas 65,83% da meta foi cumprida at� o m�s de agosto.

Preocupa ainda em Minas a situa��o da tr�plice viral (para sarampo, caxumba e rub�ola), que at� agora soma 79,13% de cobertura, enquanto deve chegar ao m�nimo de 95%. “Esperamos aumentar esse n�mero, mas, muito provavelmente n�o vamos bater a meta”, afirma a diretora da SES.

CAPITAL Em Belo Horizonte, chama a aten��o a prote��o contra a poliomielite, que j� teve cobertura acima de 100% e neste ano est� em 76%, contra a meta de 95%. A cobertura contra meningite C, com 72% neste ano, tamb�m est� aqu�m da meta de 95%. No caso da vacina contra o HPV, considerando as meninas de 9 a 14 anos, desde a implanta��o da vacina em 2014 at� junho de 2017, a cobertura da primeira dose da vacina foi de 99,2%, e da segunda, 67%. Com a implanta��o da vacina��o contra HPV para os meninos, a cobertura vacinal da primeira dose, de janeiro a junho de 2017, foi de 44%. Ainda n�o h� dados da segunda dose.

A adolescente Maria Clara Neuenschwander, de 19 anos, n�o quis esperar a campanha e se antecipou em busca da vacina contra o HPV em um centro de sa�de da capital. A jovem conta que foi alertada pela m�e e irm�s sobre a import�ncia de tomar a dose contra o HPV, mas reconhece que falta conscientiza��o entre o p�blico adolescente e jovem. “E os meninos se preocupam ainda menos”, lembrou.

A fam�lia do pequeno Lucas, de 1 ano, tamb�m se antecipou, pois mant�m o cart�o de vacinas da crian�a sempre atualizado. Como m�e e at� mesmo por sua profiss�o, Camila Pimenta Guimar�es, de 33, que � m�dica de fam�lia, diz reconhecer o valor dos imunizantes. “� muito importante manter os �ndices de cobertura vacinal nas metas para evitar o adoecimento individual, mas tamb�m coletivo, levando em considera��o que o v�rus circulante pode infectar outras pessoas”, afirma.

Alerta tamb�m feito pela bab� Adriana In�s Nunes, de 30, que na semana passada esteve no Centro de Sa�de Osvaldo Cruz, no Barro Preto (Oeste de BH) para atualizar o cart�o de vacinas do filho Lorenzo, de quatro meses. “Vejo que quem deixa de vacinar seus filhos e a si pr�prio tem esse comportamento por ignor�ncia ou falta de interesse. Se h� vacinas para evitar o adoecimento, � importante mant�-las em dia, para evitar problemas”, lembra.

Repasse de dados pode gerar falha


Segundo a gerente de Vigil�ncia em Sa�de e Informa��o da Secretaria Municipal de Sa�de, L�cia Paix�o, h� uma preocupa��o crescente com rela��o a algumas vacinas, especialmente entre adolescentes, mas tamb�m adultos e idosos. “Nas crian�as, h� uma cultura de que os pais levem para vacinar, mas nos anos seguintes esse cuidado diminui”, diz L�cia, lembrando o risco de reintrodu��o de doen�as, bem como para o aumento de infec��es como a do v�rus HPV.  Mas, segundo a gerente, a baixa em percentuais da cobertura vacinal pode estar tamb�m relacionada � oferta dos imunizantes na rede particular, j� que parte da popula��o de Belo Horizonte n�o usa o Sistema �nico de Sa�de (SUS) para se vacinar. E, apesar de a rede privada compartilhar os registros de vacina��o com a rede p�blica, ainda h� desafios para equilibrar as informa��es, o que pode comprometer o alcance das metas de cobertura vacinal para algumas enfermidades.

A comunica��o dos dados ocorre por duas formas. Pode ser feita diretamente ao Minist�rio da Sa�de ou por meio de um arquivo entregue �s secretarias municipais, que computam as informa��es. Mas, segundo L�cia, dois problemas podem ocorrer nesses processos: o primeiro pode estar relacionado � introdu��o das informa��es no banco de dados online do Minist�rio, enquanto no segundo pode haver discrep�ncia entre o arquivo gerado pela rede particular e a da secretaria. “Nos reunimos com representantes da rede particular, no fim de agosto, e com os parceiros conveniados que recebem e aplicam vacinas do SUS, para alert�-los sobre o modo de repasse das informa��es”, afirma a gerente. A informa��o online na p�gina do Minist�rio passou a ser permitida � rede particular desde 2014.

Dose de prote��o


Algumas doen�as que podem ser evitadas com vacinas dispon�veis no SUS

%u25A0 Poliomelite
%u25A0 T�tano
%u25A0 Coqueluche
%u25A0 Sarampo
%u25A0 Rub�ola
%u25A0 Caxumba
%u25A0 Febre amarela
%u25A0 Difteria
%u25A0 Hepatite A
%u25A0 Hepatite B
%u25A0 Tuberculose
%u25A0 Infec��o por Papilomav�rus Humano -HPV
%u25A0 Meningite C
%u25A0 Pneumonias, meningites, otites e at� sinusites
%u25A0 Gripe

Fonte: Minist�rio da Sa�de


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)