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Estado de Minas

Racionamento de �gua j� � realidade em 25 cidades mineiras atendidas pela Copasa

Situa��o � mais grave no Norte do estado, onde empresa j� adota medidas de restri��o em nove munic�pios


postado em 14/09/2017 06:00 / atualizado em 14/09/2017 07:35

Em Ibiracatu, a população recebe água de caminhões-pipa depois de poços tubulares terem secado, numa situação que se agrava a cada mês(foto: Jansen Gonçalves/Divulgação - 06/04/2017)
Em Ibiracatu, a popula��o recebe �gua de caminh�es-pipa depois de po�os tubulares terem secado, numa situa��o que se agrava a cada m�s (foto: Jansen Gon�alves/Divulga��o - 06/04/2017)
� medida que a estiagem avan�a, aumenta a escassez de �gua em Minas Gerais. Al�m de localidades rurais, os moradores das sedes urbanas de 25 munic�pios atendidos pela Copasa j� sofrem com o racionamento de �gua. A situa��o � mais cr�tica do Norte do estado, onde nove munic�pios, incluindo Montes Claros (cidade-polo da regi�o, de 400 mil habitantes), enfrentam a restri��o no uso da �gua. Na regi�o, surgiu um problema mais preocupante ainda: o rebaixamento do len�ol fre�tico. Em cinco munic�pios norte-mineiros po�os tubulares que eram usados para o sistema de abastecimento tiveram uma queda de vaz�o ou secaram e foi iniciada a utiliza��o de caminh�es-pipa para o fornecimento de �gua aos moradores, de forma racionada.

Em Vi�osa, na Zona da Mata, onde o servi�o de abastecimento � mantido pelo munic�pio, o prefeito �ngelo Chequer assinou ontem decreto de situa��o de emerg�ncia devido � estiagem. O texto determina restri��es ao uso de �gua fornecida pelo Servi�o Aut�nomo de �gua e Esgoto, que vai interromper o abastecimento por 48 horas semanais para cada grupo de bairros, em dois dias na semana n�o consecutivos por 24 horas, a partir de s�bado.

Na �rea da Copasa, as reservas subterr�neas tiveram redu��o em Capit�o En�as, Catuti, Ibiracatu, Riacho dos Machados e Varzel�ndia. O superintendente do distrito Operacional Norte da Copasa em Montes Claros, Roberto Botelho, salienta que o Norte de Minas sempre sofreu com a seca. Mas, nos �ltimos anos, as chuvas na regi�o reduziram mais ainda, agravando a crise h�drica.

Conforme monitoramento da empresa, na d�cada de 1990, o Norte do estado teve uma m�dia anual de 915 mil�metros de chuva, que caiu para 871 mil�metros entre 2001 e 2010. Nos �ltimos sete anos (2010 a 2016), a m�dia anual ficou em 784 mil�metros. Pelos registros do equipamento da companhia na barragem do Rio Juramento (Sistema Rio Verde Grande) os piores anos de chuvas na regi�o foram 2014 (469mm) e 2015 (468mm). Em 2016, foram registrados 1.014mm e em 2017, at� o momento, 432mm.

Botelho salienta que, al�m da “m� vontade de S�o Pedro”, houve a redu��o do len�ol fre�tico por causa de problemas ambientais, sobretudo, a monocultura de eucalipto, “que suga o solo”. Outro problema � a abertura desenfreada de po�os tubulares em propriedades particulares. A “corrida” pelos po�os � tamanha que empresas especializadas fazem propaganda na regi�o, divulgando que perfuram e entregam o a estrutura em funcionamento “dentro de 12 horas”.

Um dos munic�pios do Norte de Minas em situa��o dram�tica de falta d �gua � Mato Verde, de 12,8 mil habitantes. Depois de quatro anos seguidos de estiagens prolongadas na regi�o, a Barragem do Viam�o, que abastecia a cidade, secou completamente. A popula��o est� sendo abastecida com caminh�es-pipa que se deslocam 37 quil�metros at� uma barragem do munic�pio de Monte Azul e depositam a �gua no reservat�rio da esta��o de tratamento de Mato Verde. Por�m, a �gua s� chega �s casas ap�s intervalo de tr�s dias de torneiras secas.

Outro munic�pio que enfrenta o racionamento e est� sendo atendido por caminh�o-pipa � Ibiracatu, de 8,5 mil habitantes. A cidade era abastecida com �gua captada em po�os tubulares, que secaram complemente. Agora, os moradores s�o atendidos por �gua buscada por caminh�o-pipa no munic�pio vizinho de S�o Jo�o da Ponte, a 30 quil�metros de dist�ncia. Segundo a Copasa, a popula��o de Ibiracatu recebe �gua em dias alternados.

O quadro tamb�m � complicado em Montes Claros. A barragem do Rio Juramento, que responde por 65% da �gua consumida na cidade, est� com apenas 20% de sua capacidade. Para evitar o colapso no abastecimento, a Copasa iniciou a constru��o de uma adutora de 56 quil�metros para capta��o de �gua no Rio Pacu�, no munic�pio de Cora��o de Jesus, obra or�ada em R$ 135 milh�es. A quest�o virou uma batalha judicial.

Acatando pedido do Minist�rio P�blico Estadual de Minas Gerais (MPMG), a ju�za da Comarca de Cora��o de Jesus, Luciana Oliveira Torres, concedeu uma liminar favor�vel aos ribeirinhos, suspendendo a capta��o at� o julgamento do m�rito da a��o. A Copasa diz que vai recorer.


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