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Estado de Minas

Organiza��o e mudan�a de estrat�gias s�o desafio no combate aos roubos a bancos

Enquanto pol�cia anuncia desarticula��o do principal bando de roubo a bancos do Norte mineiro, ladr�es armados assaltam ag�ncia em Uberl�ndia


postado em 15/09/2017 06:00 / atualizado em 15/09/2017 08:24

Caixas atacados em Montes Claros: quadrilha que agia no Norte de Minas deu prejuízo de R$ 4 mi(foto: Luiz Ribeiro/EM/DA Press)
Caixas atacados em Montes Claros: quadrilha que agia no Norte de Minas deu preju�zo de R$ 4 mi (foto: Luiz Ribeiro/EM/DA Press)
Al�vio no Norte de Minas, roubo e medo no Tri�ngulo Mineiro. As duas situa��es evidenciadas ontem exp�em a dificuldade das for�as de seguran�a para estancar a onda de assaltos a banco no estado, promovidos por quadrilhas que atuam com frequ�ncia em cidades pr�ximas �s divisas, o que facilita a fuga dos criminosos. Ontem, enquanto a Pol�cia Civil se preparava para apresentar resultado de opera��o do Departamento Estadual de Opera��es Especiais (Deoesp) que desarticulou o principal grupo de assaltantes especializados em estourar caixas eletr�nicos no Norte de Minas Gerais, uma ag�ncia da Caixa Econ�mica Federal era assaltada em Uberl�ndia por ladr�es armados.

Na opera��o no Norte de Minas, as investiga��es apontaram outro fator que desafia o combate ao crime: a diversifica��o de a��es do chamado novo canga�o para tentar escapar das for�as de seguran�a p�blica. Depois de explodir as ag�ncias e recolher o maior valor poss�vel em dinheiro, os integrantes do bando que agia na regi�o fugiam em caminhonetes at� a �rea rural, onde abandonavam os ve�culos e entravam em um caminh�o-ba�. Dessa forma, dificultavam o rastreamento e na maior parte das vezes escapavam sem levantar suspeitas. A quadrilha agia na regi�o desde 2015 e � respons�vel por pelo menos 16 ataques em 14 cidades, de onde saquearam algo em torno de R$ 4 milh�es, segundo os policiais.

Nove pessoas s�o apontadas como integrantes do n�cleo da organiza��o. Dessas, quatro foram detidas pelo Deoesp na Bahia, na cidade de C�ndido Sales, quase divisa com Minas Gerais: Leandro Silva Pena, Clayton Oliveira dos Santos, Robson Fran�a e Carla Fran�a. Todos s�o naturais da Bahia. Outro suspeito, Wellington Santos Rocha, de 28, foi detido pela pol�cia do estado vizinho em uma opera��o separada da do Deoesp.

Outros quatro criminosos j� haviam sido mortos, h� algumas semanas, tamb�m por policiais baianos. Entre eles estava Wescley Aguiar, apontado como chefe dos criminosos. Os outros tr�s s�o Danilo Souza dos Santos, de 31; J�lio Carlos Pereira Rocha, de 28; e Jo�o Augusto Leal do Vale, da mesma idade. As mortes ocorreram entre Sobradinho e Juazeiro, depois de novas explos�es de caixas eletr�nicos. A ca�ada a pelo menos outros quatro integrantes do bando continua.

A quadrilha agia com diversas estrat�gias t�picas da modalidade criminosa que ficou conhecida como novo canga�o: invadia cidades na madrugada, usava radiocomunicadores e armamento de grosso calibre. Tamb�m espalhava miguelitos (objetos perfurantes feitos com pregos) em pontos estrat�gicos para furar pneus de viaturas e dificultar a persegui��o. “Era uma quadrilha bem organizada. Os integrantes se subdividiam em v�rios pontos da cidade a ser atacada. Ficavam na porta do quartel, da delegacia, prontos para atirar”, disse o delegado Marcus Vin�cius Vieira, acrescentando que os criminosos atacavam munic�pios em que o efetivo policial era inferior ao n�mero de assaltantes mobilizados para o roubo.

Essa superioridade favorecia os criminosos, mas eles contavam, sobretudo, com a estrat�gia. Alguns integrantes do bando visitavam a cidade dias antes do ataque, para estudar a rotina do lugar. Em uma das localidades, por exemplo, os policiais descobriram registro de que um assaltante esteve no munic�pio 30 dias antes de participar do estouro de um caixa eletr�nico.

A desarticula��o do bando mostrou que os criminosos dirigiam ve�culos clonados, sobretudo caminhonetes. Os investigadores descobriram que todos os autom�veis usados nos ataques foram furtados ou roubados em Salvador. Imagens de circuito interno das institui��es financeiras mostram que a quadrilha normalmente chegava em potentes picapes.

TRI�NGULO MINEIRO
No caso do ataque � ag�ncia da Caixa Econ�mica Federal em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, o que chamou a aten��o foi a ousadia dos criminosos, que atacaram pela manh�, no Centro de uma das maiores cidades-polo do estado. Na a��o, um caixa eletr�nico foi arrombado e a estrutura do terminal banc�rio foi danificada.

Segundo a Pol�cia Militar, testemunhas disseram que tr�s homens armados chegaram � Avenida Rondon Pacheco, onde fica o banco, e deram tiros para o alto para intimidar quem passava. Em seguida, o grupo invadiu o terminal e arrombou o caixa eletr�nico. N�o h� informa��es sobre a pris�o de suspeitos.


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