A ousadia de uma quadrilha especializada no falso sequestro levou p�nico e desespero para uma mulher em Belo Horizonte. A v�tima, de 40 anos, recebeu uma liga��o dos criminosos dizendo que estavam com o filho dela, de 13 anos, em c�rcere e amea�ando mat�-lo caso ela n�o seguisse as ordens. Acreditando nas falas dos bandidos, ela fez desp�sitos banc�rios, compras de celulares e joias, tendo preju�zos de R$ 25 mil, e deixou o material na lixeira de um shopping. Em seguida, viajou para Divin�polis, na Regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais, onde acreditava encontrar com o familiar nessa ter�a-feira. Ela s� foi resgatada na manh� desta quarta-feira pela Pol�cia Civil depois que a fam�lia denunciou o seu desaparecimento. Para a delegada Maria Alice Faria, as investiga��es indicam que a organiza��o criminosa planejou o crime e monitorava todos os passos da mulher.
A v�tima contou � pol�cia, que foi obrigada a ir at� um shopping para fazer compras de joias e aparelhos telef�nicos. Segundo a Pol�cia, ela comprou R$ 5 mil em celulares e mais R$ 12 mil em joias, e fez dep�stios banc�rios. Al�m disso, registrou um dos chips no nome de um dos criminosos. “Tamb�m foi orientada a se deslocar at� Divin�polis, onde foi orientada a seguir a um endere�o exato. L�, foi orientada a deixar essas joias em uma lixeira j� conhecida pelos bandidos. A v�tima afirmou que foram passadas informa��es por telefone que deveria acenar quando colocasse o material para um indiv�duo que estava sentado no outro lado da rua. Ela disse que fez isso e foi correspondida pela pessoa”, contou a delegada.
A mulher foi at� Divin�polis em um t�xi. Por�m, depois que chegou na cidade, o motorista foi embora. Os levantamentos indicaram que ela seguiu de �nibus at� o Centro do munic�pio onde os criminosos afirmaram que o filho estaria. Sem encontr�-lo, ela seguiu at� um hotel da cidade. Para pagar o coletivo, teve que pedir dinheiro para pessoas na rua.
Monitorada
Para a pol�cia, o crime contra a mulher foi planejado. Inclusive, h� suspeita de que a v�tima era monitorada por outras pessoas enquanto atendia as ordens das liga��es. “A gente acredita que nesse caso espec�fico, n�o foi uma v�tima aleat�ria, ela foi escolhida. Mas, tudo ser� melhor apurado. Tudo nos leva a crer que os bandidos conheciam a fragilidade f�sica e emocional do momento de vida dessa v�tima”, comenta a delegada.
A Pol�cia Civil conseguiu chegar at� a mulher somente na madrugada desta quarta-feira. Equipes da delegacia conseguiram identificar o hotel onde ela estava e seguiram at� o local. Mesmo com a presen�a dos agentes, ela n�o acreditava que o filho n�o estava sob o poder dos criminosos. “Tivemos que convencer que de fato o caso n�o estava acontecendo. A fam�lia deslocou para cidade para ela entender que aquilo n�o estava acontecendo e que se tratava de uma farsa. O filho tamb�m foi encontr�-la, e foi ai que ela realmente viu que era mentira”, concluiu Maria Alice.
A delegada faz um alerta para as pessoas n�o ca�rem neste tipo de crime. “As pessoas devem ficar atentas para n�o acreditarem imediatamente neste fato. Verifiquem primeiro onde est� o familiar que est�o alegando o sequestro falso, Tenta conversar com essa pessoa para confirma��o se trata de uma farsa. Devem, ainda, acionar a pol�cia, que est� apta a auxiliar com todas essas min�cias que o caso requer”, conta. “Tamb�m em rela��o a esse caso espec�fico, a v�tima ficou desaparecida, ent�o, os familiares devem buscar apoio a delegacia na cidade. N�o tem que esperar 24 horas, meia hora, esperar nada. Tem que buscar o apoio porque os minutos nestes casos s�o cruciais e podem fazer toda a diferen�a”, concluiu.