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Estado de Minas

M�e pede ajuda para tratar adolescente com transtorno psiqui�trico

Relato dram�tico da m�e de um garoto de 13 anos com transtorno psiqui�trico com tend�ncia de autoexterm�nio ecoa nas redes sociais e alerta


postado em 05/10/2017 06:00 / atualizado em 05/10/2017 18:26

Artesã busca dinheiro para tratamento do filho e chama a atenção de pais que enfrentam caso semelhante(foto: Reprodução internet/Facebook)
Artes� busca dinheiro para tratamento do filho e chama a aten��o de pais que enfrentam caso semelhante (foto: Reprodu��o internet/Facebook)
Apelo emocionado por ajuda ao filho de 13 anos, que enfrenta transtorno psiqui�trico com tend�ncia de autoexterm�nio, foi levado pela m�e dele �s redes sociais, onde ela lan�ou uma campanha para cuidar do garoto. O que n�o se esperava � que a busca ecoasse al�m da internet, chamando a aten��o de outras fam�lias em situa��es parecidas. Esse � o caso da artes� mineira Nat�ssia Helena Topinhos, de 35 anos, que corre contra o tempo e a falta de cl�nicas p�blicas de acolhimento e tratamento adequado a pr�-adolescentes.

Em meio ao pesadelo, Nat�ssia alerta aos pais “para que n�o descuidem um s� momento de seus filhos”. Ela tem tamb�m uma menina de 3 anos. A artes� critica o fato de a sa�de p�blica n�o estar preparada diante desse quadro, uma vez que tem centros de acolhimentos para dependentes qu�micos, mas faltam unidades especializadas para atender crian�as e adolescentes com transtornos psiqui�tricos, e tend�ncia ao autoexterm�nio.

“Ele � um menino incr�vel! Inteligente, alegre e muito dedicado. H� um ano come�ou a apresentar sintomas graves de depress�o, que, mesmo com tratamento, progrediu para um quadro de psicose. Se mutilando e agredindo as pessoas. Tentou se autodestruir por tr�s vezes e consegui impedir”, conta Nat�ssia. Foi com esse relato que ela recorreu ao site de financiamento coletivo Vakinha.

De acordo com a artes�, ainda n�o h� um diagn�stico completo do mal que acomete o filho,  a suspeita � de uma s�ndrome, que pode ter seu quadro revertido. “Meu filho precisa de um tratamento mais consistente, al�m de terapia e medicamentos. Estou desempregada e impossibilitada de trabalhar por causa dos cuidados necess�rios com ele. N�o tenho como arcar com as despesas. Preciso de ajuda financeira. A �ltima vez ele se enforcou com fio de luz. Por favor, me ajudem a resgatar meu filho!” A m�e do pr�-adolescente trabalha com artesanato, sem renda fixa.

"Tenho pressa, pois antes meu filho tinha crises e voltava � normalidade. Sem tratamento adequado, pode caminhar para um transtorno permanente"

Nat�ssia Helena Topinhos, artes�

Nat�ssia lembra que, h� pouco mais de um ano, quando ainda morava no Esp�rito Santo, observou o processo de instabilidade emocional e de comportamento de seu filho, com automutila��o, baixa-estima, agressividade, ansiedade e ang�stia.  Ela alerta os pais para que n�o identifiquem esse processo com ato de rebeldia de seus filhos, mas um pedido de ajuda. H� quatro meses, come�aram as demonstra��es de tentativa de autoexterm�nio. Segundo ela, no estado capixaba foi bem mais dif�cil conseguir tratamento, o que levou a fam�lia se mudar para Coronel Fabriciano, cidade natal da artes�, no Vale do A�o mineiro. O marido dela permanece no estado vizinho.

DIF�CIL PROCURA Depois de muita procura por tratamento em Minas, Nat�ssia e o filho foram encaminhados ao N�cleo de Aten��o � Sa�de Mental da Crian�a e do Adolescente, da prefeitura de Fabriciano, onde o garoto est� sendo acompanhado por uma equipe multidisciplinar de psiquiatria, psicologia e neurologia. Segundo a artes�, na unidade municipal de sa�de a equipe formulou um programa de acompanhamento, com medica��o. O tratamento requer um acompanhante para ajudar a monitorar o comportamento do filho, enquanto o quadro de crise perdura.

“Tenho pressa, pois antes meu filho tinha crises e voltava � normalidade. Sem tratamento adequado, pode caminhar para um transtorno permanente. No n�cleo, o psiquiatra Mauro Marzen e a psic�loga Mariele Andrade Franco t�m se dedicado ao caso e elaboraram um projeto para um tratamento amplo, mas depende de aprova��es burocr�ticas e at� recurso para contrata��o de pessoal”, explicou. Nat�ssia conta que vive em constante vigil�ncia: “N�o baixo a guarda nenhum momento”, diz.

O tratamento oferecido ainda  n�o trouxe melhora. A Secretaria de Estado da Sa�de (SES-MG) informou que sua Rede de Aten��o Psicossocial (RAPS) atua em conson�ncia com os princ�pios do Sistema �nico de Sa�de e da Reforma Psiqui�trica Antimanicomial. Hoje, no estado, a rede � composta por 340 Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), 115 Servi�os Residenciais Terap�uticos, 36 Centros de Conviv�ncia e 15 consult�rios de rua. A SES-MG acrescentou que existem oito hospitais psiqui�tricos que atendem pelo SUS no estado. Por�m, o �rg�o n�o informou sobre a exist�ncia de trabalho espec�fico com crian�as e adolescentes, com situa��es semelhantes a do filho da artes�, e como funciona.

A Secretaria Municipal de Sa�de de Belo Horizonte (SMSA) informou que a cidade conta com uma ampla rede de aten��o psicossocial de tratamento ao portador de sofrimento mental. A crian�a e o adolescente que apresentarem surtos ps�quicos devem imediatamente ser encaminhados aos seguintes servi�os de acolhimento: Centro de Refer�ncia em Sa�de Mental Infantil (CERSAMI) Nordeste (para moradores das regi�es Nordeste, Norte e Venda Nova); CERSAMI Noroeste (para moradores das regi�es Noroeste, Oeste e Pampulha) e CEPAI – Centro Ps�quico da adolesc�ncia e da Inf�ncia, da Rede FHEMIG, (para moradores das regionais Barreiro, Centro Sul e Leste).


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