
As �reas da escola receberam fitas de isolamento da pol�cia. Materiais das crian�as que ficaram para tr�s, como mochilas, foram recolhidos por funcion�rios e identificados.
Por volta das 9h30 de quinta-feira, om uma mochila cor-de-rosa nas costas, na qual carregava um pote usado para venda de sorvete cheio de gasolina, o vigia Dami�o Soares dos Santos, de 50 anos, entregou um atestado m�dico � diretora da escolinha antes de se virar repentinamente, espalhar combust�vel pelo c�modo e atear fogo.
A sala que era usada pelos alunos para recrea��o, com teto em PVC, material escolar inflam�vel e janelas fechadas por grades, se cobriu rapidamente de labaredas. Dami�o, que trabalhava para prefeitura desde 2008 e desde 2014 lidava com problemas psiqui�tricos, havia se molhado com o combust�vel e, em chamas, chegou a abra�ar algumas das crian�as, segundo relato de testemunhas.

Nesta manh�, ocorreram os primeiros sepultamentos das v�timas. Os corpos da menina Ana Clara Ferreira da Silva e Ruan Miguel Soares Silva, ambos de quatro anos, foram enterrados no Cemit�rio S�o Lucas.

O segundo sepultamento foi do garoto Ruan Miguel. A m�e dele chegou a passar mal em alguns momentos por conta da como��o pela perda do filho. O pai da crian�a tamb�m se sentiu mal e n�o foi ao cemit�rio. A tia de Ruan, Maria de Jesus Pereira, estava bastante emocionada. "� um momento de muita dor para n�s. Muito dif�cil aceitar uma situa��o dessa", afirma. Ruan Miguel e Ana Clara residiam no Bairro Rio Novo, mesma regi�o onde fica a creche Gente Inocente.