
De acordo com as investiga��es, a v�tima estaria a caminho de um show na cidade e estava sentado no banco de passageiro ao lado do motorista. "Os levantamentos apontam que entre o momento da ordem de parada do carro at� o instante do disparo de arma de fogo, n�o haveria tempo suficiente para que as pessoas abordadas descessem do ve�culo", afirma a nota divulgada na Pol�cia Civil.
Outros tr�s investigados foram indicados por abuso de autoridade, prevarica��o e por conduzir e ouvir menor de idade em procedimento militar sem a presen�a de represente legal. O inqu�rito foi conclu�do na �ltima ter�a-feira e "baseado em provas t�cnicas, consistentes nos laudos periciais e depoimentos dos envolvidos e testemunhas."
Sobre o crime
O jovem de 20 anos morreu baleado durante uma abordagem policial na noite de 15 de setembro em Ouro Preto, na Regi�o Central de Minas Gerais. Igor Arcanjo estava em um Fiat Palio ao lado de outros cinco ocupantes quando uma viatura sinalizou para que o motorista do ve�culo parasse. Na vers�o divulgada pela PM na �poca do ocorrido, a v�tima teria feito um movimento brusco no momento em que recebeu a ordem de descer do carro, o que fez com que um dos agentes acreditasse que ele sacaria uma arma de fogo. O policial disparou contra Igor, que foi atingido na cabe�a e morreu no local.
O caso ocorreu pr�ximo ao local conhecido como 'Morro da Forca'. De acordo com a vers�o contada pelos militares, o ve�culo em que Igor estava trafegava acima do limite de velocidade permitida para a via, o que levantou suspeita de irregularidades. Ao dar ordem de parada, os policiais n�o teriam sido atendidos imediatamente. Segundo os agentes da corpora��o, Igor era um dos passageiros e estava no banco da frente. Ao receber ordem para sair do carro, a pol�cia afirma que ele levou as m�os � cabe�a, mas, em seguida, fez um movimento r�pido em dire��o ao porta-luvas do carro. Em resposta � a��o de Igor, o comandante da equipe policial atirou em dire��o ao jovem.
Ferido na cabe�a, ele chegou a ser levado para uma Unidade de Pronto Atendimento de Ouro Preto, mas j� chegou morto. Por�m, a vers�o foi logo questionada por Giovanni Arcanjo Jo�o, tio de Igor. "O que aconteceu n�o foi despreparo, foi execu��o", afirma. "Meu sobrinho morreu nesse hor�rio e n�s s� fomos avisados �s 4h do dia seguinte. Apreenderam os celulares de todo mundo que estava no carro. N�o deixaram ningu�m avisar a fam�lia", conta Giovanni.