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Estado de Minas

Na imin�ncia de enchentes, s� uma das 4 bacias de BH teve obra de grande porte

BH recebe a esta��o das �guas, que deve se intensificar nos pr�ximos dias, com praticamente a mesma estrutura de drenagem de 2016. De 4 bacias, s� 1 teve conclu�da obra de maior porte


postado em 27/10/2017 06:00 / atualizado em 27/10/2017 15:03

Um dos pontos críticos é o Córrego do Onça na altura do Bairro 1º de Maio, que alaga a Cristiano Machado(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
Um dos pontos cr�ticos � o C�rrego do On�a na altura do Bairro 1� de Maio, que alaga a Cristiano Machado (foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)

Uma enxurrada de transtornos amea�a moradores de diferentes regi�es de Belo Horizonte a partir dos pr�ximos dias. Com a meteorologia prevendo pancadas de chuva para o fim deste m�s e precipita��es mais intensas a partir de novembro, fica anunciada tamb�m a temporada de problemas em corredores da cidade historicamente marcados pelas enchentes. A previs�o pode ser entendida com base no mapa da capital. Das quatro bacias hidrogr�ficas que cortam a cidade, s� a do Ribeir�o Arrudas ter� obras de de grande porte conclu�das este ano – ainda assim em parte –, o que significa apenas um al�vio para conter os alagamentos na Avenida Tereza Cristina. Nas demais bacias – On�a, Isidoro e Velhas –, nenhuma grande obra estruturante foi finalizada este ano para minimizar o sofrimento de quem a cada esta��o chuvosa v� a �gua subir e invadir casas e pontos de com�rcio. Com a mesma estrutura urbana, o cen�rio de temporadas chuvosas anteriores tende a se repetir em pontos como as avenidas Cristiano Machado, Bernardo Vasconcelos, Vilarinho e Prudente de Morais, al�m da Avenida Francisco S�, no Prado.

Do pacote previsto para ter in�cio no segundo semestre deste ano (veja arte), as obras consideradas de maior impacto nem mesmo foram licitadas. Constam dessa lista as interven��es nos c�rregos Jatob� e Olaria, al�m do Reservat�rio Bairro das Ind�strias (Ribeir�o Arrudas), ambas com impacto direto na Tereza Cristina. Est�o na mesma situa��o as obras de macrodrenagem nos c�rregos Pampulha e On�a, com reflexos na Cristiano Machado e no entorno da Esta��o S�o Gabriel. Neste �ltimo caso, o edital da obra, no valor de R$ 230 milh�es, foi lan�ado em 1º de agosto e, um m�s depois foi suspenso, devido ao grande n�mero de contesta��es: foram 120 pedidos de informa��o. Outro edital deve ser lan�ado em janeiro e as obras, ainda sem prazo para ter in�cio, v�o durar pelo menos tr�s anos, o que ainda deixa muito distante uma solu��o para as enchentes na Cristiano Machado.

A pr�pria Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura reconhece o problema que vem pela frente. “BH tem 82 pontos de inunda��o mapeados, mas nossos grandes problemas continuam sendo as avenidas Vilarinho e Cristiano Machado, na altura do Bairro 1º de Maio”, afirma o secret�rio Josu� Valad�o. Ele tamb�m cita as avenidas Prudente de Morais, no Bairro Cidade Jardim, e Francisco S�, no Prado, localizadas em fundos de vale, em ponto de menor eleva��o, reconhecendo que o problema das enchentes permanecer� na temporada que se aproxima.

No caso da Tereza Cristina, ele explica que a conclus�o de parte da obra dos C�rrego T�nel/Camar�es (Barreiro), com implanta��o de duas barragens de conten��o, vai minimizar os transtornos ao longo da avenida. Essa obra, segundo o secret�rio, estava paralisada e foi retomada em mar�o. “Em novembro, ela j� mostrar� sua funcionalidade. Apesar de n�o estar conclu�da 100% – o cronograma se encerra em outubro de 2018 –, as bacias de conten��o estar�o prontas, o que traz um al�vio para a regi�o.” O Arrudas, no entanto, continuar� a receber o fluxo do C�rrego Ferrugem, que vem de Contagem e cujas obras de drenagem devem ser feitas pela prefeitura do munic�pio que faz limite com a capital.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)

CACHOEIRINHA Outro ponto cr�tico de alagamentos, a Avenida Bernardo Vasconcelos tamb�m deve sofrer com novos transbordamentos do C�rrego Cachoeirinha. O custo da obra para melhoria da drenagem est� estimado em R$ 120 milh�es, mas os recursos para ela est�o sendo pleiteados junto ao governo federal.

Sobre as queixas da popula��o, o secret�rio reconhece que elas procedem, mas afirma que foi feito o que foi poss�vel, dentro das adversidades do per�odo. “As queixas s�o v�lidas, mas temos a consci�ncia de que aquilo que a gente fez, as pessoas deixaram de reclamar. Priorizamos os casos mais graves, dentro do que foi poss�vel”, afirmou, referindo-se �s �ltimas interven��es. “No ano passado, houve paralisa��o total, inclusive da elabora��o de projetos”, explica o secret�rio Josu� Valad�o, referindo-se � falta de recursos decorrentes da crise econ�mica.

A retomada, segundo ele, ocorreu neste ano. Valad�o ressalta que projetos de infraestrutura exigem elabora��o criteriosa e demorada, com base inclusive em dados meteorol�gicos. Para dificultar, editais publicados para licita��o das obras foram contestados por empresas concorrentes e parte deles foi suspensa para reformula��o. “Um processo normal de licita��o dura entre tr�s e quatro meses. Mas, neste ano, como BH est� com um pacote de obras muito grande, h� uma disputa feroz entre as empresas concorrentes, que t�m feito um grande n�mero de questionamentos sobre os editais”, afirma o secret�rio. Ele destaca que os competidores t�m o direito de discordar das regras da concorr�ncia, mas ressalta que isso tem atrasado os processos.

Enquanto as obras n�o chegam, a recomenda��o da Secretaria de Obras � para que a popula��o esteja atenta aos chamados da Defesa Civil, que mant�m n�cleos treinados de alerta de chuva para atuar em diferentes pontos de alagamento.


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