Em meio �s mortes por febre maculosa ocorridas em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, e do retorno do medo de transmiss�o da doen�a � orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, a rede p�blica de sa�de da capital sustenta estar preparada para atender casos da doen�a. Segundo Eduardo Viana, da Diretoria de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Sa�de de BH, os profissionais s�o capacitados para o diagn�stico precoce. Ele recomenda, no entanto, que a pessoas estejam atentas � preven��o e aos sintomas, caso estes ocorram. “� importante frisar para a popula��o sobre os riscos da doen�a, que est� relacionada ao carrapato. Se a pessoa foi a algum local onde possa ter tido contato com o parasita e apresente febre alta, dores de cabe�a e dores musculares, ela precisa buscar aux�lio m�dico imediatamente”, afirmou.
O alerta � v�lido n�o apenas para a capital. A segunda morte por febre maculosa registrada em Contagem neste m�s foi confirmada ontem pela Secretaria Municipal de Sa�de da cidade da Grande BH. De acordo com o �rg�o, o lavrador Adriano Pereira Santos Ribeiro morava e trabalhava na �rea rural do munic�pio vizinho de Florestal, tamb�m na regi�o metropolitana, onde tinha contatos com capivaras e equinos, hospedeiros dos parasitas. O exame foi feito pela Funda��o Ezequiel Dias. Ele morreu em Contagem por ter procurado tratamento na cidade vizinha. Ao contr�rio da outra v�tima, Adriano n�o esteve na orla da Lagoa da Pampulha.
Na quarta-feira, a Secretaria de Sa�de de Contagem j� havia divulgado a morte de Aristeu de Souza Lima, de 42, morador da cidade, que visitou a Pampulha antes de manifestar os sintomas da doen�a. Ainda segundo a prefeitura, outro paciente permanece em observa��o por ter apresentado sinais semelhantes ao da febre maculosa. O resultado dos exames de L.M.S, que ainda est� internado na cidade, deu negativo tanto para febre maculosa quanto para arboviroses (dengue, zika e chikungunya, entre outras). O caso permanece sob investiga��o. Por se tratar de uma doen�a hemorr�gica, a febre maculosa tem similaridade com outros males e, por isso, o diagn�stico pode demorar. Considerada uma patologia grave, ela pode matar em at� sete dias quando n�o tratada corretamente.
No meio ambiente, a febre maculosa permanece latente. Em locais em que encontra carrapatos e vetores, ela se desenvolve, tendo as capivaras como hospedeiros. No caso do manejo para controle dos roedores na orla da Pampulha, a grande preocupa��o � com os filhotes, j� que a contamina��o ocorre na primeira inf�ncia do animal, por volta de 3 meses. “A capivara s� adoece quando filhote, e n�o vai desenvolver mais a doen�a, independentemente de quantos carrapatos contaminados a piquem”, explica o m�dico veterin�rio da Secretaria Municipal de Sa�de, Leonardo Maciel.
Segundo o especialista, uma vez que n�o haja mais nascimentos na lagoa, e que os animais sejam todos adultos, as capivaras n�o ser�o problema para transmiss�o.