
A jovem Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, morta ao dar carona para um desconhecido, entrou no grupo de caronas para reduzir os gastos com viagens e economizar dinheiro para o casamento, segundo seus familiares.
Ela viajava com frequ�ncia de Guapia�u, na regi�o de S�o Jos� do Rio Preto, onde morava, para Itapagipe, em Minas Gerais, onde reside o namorado, o engenheiro Marcos Ant�nio da Silva, de 28 anos.
Para dividir as despesas, a jovem compartilhava as viagens com pessoas do grupo formado por meio do aplicativo WhatsApp.
De acordo com um tio, Adriano Barcelos Augusto, a jovem era dedicada ao trabalho e fazia economia porque planejava ter filhos e formar fam�lia. Ela trabalhava numa loja de �culos e fazia est�gio como t�cnica em radiologia, sua �rea de forma��o. Segundo ele, a jovem era muito apegada � fam�lia, que est� "arrasada" com o crime.
O namorado confirmou que o plano do casal era financiar uma casa, por isso os dois guardavam dinheiro. Alguns m�veis j� haviam sido comprados.
O crime
Kelly desapareceu na noite de quinta-feira, 2, depois de combinar pelo aplicativo WhatsApp uma carona com um casal de Rio Preto - na hora da partida, s� apareceu o rapaz, depois identificado como Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos. Prado cumpria pena por v�rios crimes e foi beneficiado com a sa�da tempor�ria da P�scoa, mas n�o retornou � pris�o e foi considerado foragido.
O corpo de Kelly foi encontrado no dia seguinte, seminu, com as m�os amarradas e sinais de estrangulamento, e com a cabe�a mergulhada num c�rrego, entre Frutal e Itapagipe, em Minas. C�meras de uma pra�a de ped�gio mostraram Prado voltando sozinho com o carro. O ve�culo foi achado depenado, pr�ximo de Mirassol.
A Pol�cia Civil de Frutal trabalha com a hip�tese de latroc�nio - roubo seguido de morte. Exames preliminares n�o confirmaram viol�ncia sexual. De acordo com a confiss�o do matador, a jovem resistiu e lutou, obrigando-o a amarr�-la. Ele negou o estupro e disse que a cal�a dela saiu quando ele a arrastava pelo mato at� o c�rrego.
Exames confirmaram que ela foi agredida e estrangulada. Prado teria dito que pretendia apenas roubar e escolheu a v�tima aleatoriamente, mas a pol�cia acha que ele premeditou o crime.
Outros dois suspeitos de participa��o no assassinato, Wander Lu�s Cunha, de 34 anos, e Daniel Teodoro da Silva, de 24, teriam sido apenas receptadores dos objetos furtados da jovem.
A advogada de Daniel, Patr�cia Ferreira Barbosa, pediu sua soltura para que responda em liberdade, mas a justi�a ainda n�o decidiu. Wander e Prado n�o tinham advogados constitu�dos at� a manh� deste s�bado, 4.
(Jos� Maria Tomazela)