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Estado de Minas

"N�o desejo nada de mal para ele", diz irm� de auxiliar que morreu v�tima da trag�dia de Jana�ba

A auxiliar de professora Geni de Oliveira lutou um m�s contra os ferimentos, mas faleceu essa madrugada no Hospital Jo�o XXIII. Ela � a 12� v�tima do inc�ndio na creche Gente Inocente, provocado pelo vigia Dami�o Soares dos Santos


postado em 06/11/2017 12:03 / atualizado em 06/11/2017 19:10

Geni se formou em ciências da religião em agosto deste ano e realizou um sonho, segundo a irmã(foto: Álbum de família/Divulgação)
Geni se formou em ci�ncias da religi�o em agosto deste ano e realizou um sonho, segundo a irm� (foto: �lbum de fam�lia/Divulga��o)
A madrugada desta segunda-feira trouxe uma not�cia muito triste para a fam�lia da auxiliar de professora Geni de Oliveira Lopes Martins, de 63 anos, que passava h� exatos 30 dias por tratamento contra as queimaduras provocadas no inc�ndio da creche Gente Inocente, em Jana�ba, no Norte de Minas.

Ap�s ser atendida inicialmente na cidade, ela foi transferida no dia seguinte para Belo Horizonte e lutou pela vida no Hospital Jo�o XXIII desde ent�o, mas acabou piorando em virtude de queimaduras de terceiro grau, segundo a irm� dela, que est� na capital mineira, Altina de Oliveira Santos, de 70.

Geni completou 63 anos justamente no dia do inc�ndio. "Eu n�o desejo nada de mal para ele e nem para fam�lia. Gra�as a Deus eu tenho meu cora��o bom. Desejo que Deus tenha miseric�rdia da alma dele", diz Altina sobre o vigia Dami�o Soares dos Santos, autor do massacre que matou 12 pessoas, incluindo ele pr�prio. Dami�o ateou fogo ao corpo de v�rias crian�as que estavam na creche e fez o mesmo ao pr�prio corpo em seguida.

Altina de Oliveira Santos, irmã da auxiliar de professora Geni Martins, destacou que a irmã era apaixonada pelo que fazia e também ajudou a salvar as crianças(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Altina de Oliveira Santos, irm� da auxiliar de professora Geni Martins, destacou que a irm� era apaixonada pelo que fazia e tamb�m ajudou a salvar as crian�as (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)

Segundo Altina, que est� em BH desde quarta-feira passada, a situa��o de Geni era muito complicada e uma reca�da poderia acontecer, apesar de alguns sinais positivos dos m�dicos. Entre as mem�rias que vai guardar da irm�, ela destaca a concretiza��o de um sonho. "Ela era uma pessoa muito religiosa e sonhava em se formar em religi�o, o que aconteceu no dia 2 de agosto", afirma. A auxiliar de professora, que trabalhava na creche Gente Inocente h� tr�s anos, concluiu o curso de ci�ncias da religi�o e vestiu o traje especial de formandos no terceiro grau h� tr�s meses, quando concluiu o curso.

"Ela gostava muito das crian�as da creche, era apixonada pelo que fazia. Estava todos os dias com as crian�as e at� por isso tentou salv�-las durante o inc�ndio", acrescenta Altina.

Casada h� 40 anos, ela deixa tr�s filhos. Um deles, Odail Farley Martins, de 35 anos, que � engenheiro agr�nomo, diz que sabia da situa��o complicada, mas tinha esperan�a que o quadro de sa�de da m�e pudesse melhorar. "O que vai ficar � a saudade dela, pois era uma m�e muito dedicada. Uma pessoa espetacular", diz o filho.

Com a morte de Geni, chega a 12 o n�mero de �bitos na trag�dia. Sete pessoas seguem internadas em hospitais de Montes Claros e Belo Horizonte.


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