
Ap�s ser atendida inicialmente na cidade, ela foi transferida no dia seguinte para Belo Horizonte e lutou pela vida no Hospital Jo�o XXIII desde ent�o, mas acabou piorando em virtude de queimaduras de terceiro grau, segundo a irm� dela, que est� na capital mineira, Altina de Oliveira Santos, de 70.
Geni completou 63 anos justamente no dia do inc�ndio. "Eu n�o desejo nada de mal para ele e nem para fam�lia. Gra�as a Deus eu tenho meu cora��o bom. Desejo que Deus tenha miseric�rdia da alma dele", diz Altina sobre o vigia Dami�o Soares dos Santos, autor do massacre que matou 12 pessoas, incluindo ele pr�prio. Dami�o ateou fogo ao corpo de v�rias crian�as que estavam na creche e fez o mesmo ao pr�prio corpo em seguida.

Segundo Altina, que est� em BH desde quarta-feira passada, a situa��o de Geni era muito complicada e uma reca�da poderia acontecer, apesar de alguns sinais positivos dos m�dicos. Entre as mem�rias que vai guardar da irm�, ela destaca a concretiza��o de um sonho. "Ela era uma pessoa muito religiosa e sonhava em se formar em religi�o, o que aconteceu no dia 2 de agosto", afirma. A auxiliar de professora, que trabalhava na creche Gente Inocente h� tr�s anos, concluiu o curso de ci�ncias da religi�o e vestiu o traje especial de formandos no terceiro grau h� tr�s meses, quando concluiu o curso.
"Ela gostava muito das crian�as da creche, era apixonada pelo que fazia. Estava todos os dias com as crian�as e at� por isso tentou salv�-las durante o inc�ndio", acrescenta Altina.
Casada h� 40 anos, ela deixa tr�s filhos. Um deles, Odail Farley Martins, de 35 anos, que � engenheiro agr�nomo, diz que sabia da situa��o complicada, mas tinha esperan�a que o quadro de sa�de da m�e pudesse melhorar. "O que vai ficar � a saudade dela, pois era uma m�e muito dedicada. Uma pessoa espetacular", diz o filho.
Com a morte de Geni, chega a 12 o n�mero de �bitos na trag�dia. Sete pessoas seguem internadas em hospitais de Montes Claros e Belo Horizonte.