
O resultado do quadro � o racionamento no fornecimento de �gua de cidades inteiras, busca �vida por novas fontes de abastecimento – com consequ�ncias imprevis�veis a longo prazo – e outros tipos de impactos socioecon�micos para milhares de pessoas em diversas regi�es do estado. O agravamento do quadro levou o governo de Minas a criar uma esp�cie de comit� de crise, o Grupo de Acompanhamento da Situa��o H�drica, com objetivo de fazer estudos e buscar solu��es para o quadro, que se avizinha a uma calamidade.
O governo do estado aponta como principais respons�veis pelo cen�rio dram�tico a falta de chuvas dos �ltimos seis anos e o aumento do consumo de �gua, ocasionado pelo crescimento populacional e eleva��o das atividades produtivas. Especialistas ouvidos pelo Estado de Minas v�o al�m e indicam que ao longo dos anos houve uma explora��o desenfreada dos recursos h�dricos, com o desmatamento e devasta��o do cerrado, o avan�o da monocultura do eucalipto e a abertura descontrolada de po�os, que rebaixaram o n�vel do len�ol fre�tico. Esse esgotamento fez desaparecer nascentes e reduzir o volume de rios e outros mananciais da superf�cie. Em algumas regi�es, como o Norte de Minas, j� s�o evidentes os sinais de entrada em processo de desertifica��o, observam.

“A diminui��o das chuvas dos �ltimos seis anos, aliado ao aumento do consumo de �gua, reduziu a quantidade de �gua em rios e reservat�rios. Dessa forma, os volumes ficaram insuficientes para atendimento � popula��o”, diz Mar�lia Carvalho. Ela cita como exemplo a Barragem do Rio Juramento (Sistema Rio Verde Grande), respons�vel pelo abastecimento de 65% da popula��o de Montes Claros, maior cidade do Norte de Minas, com 400 mil habitantes, que n�o est� sendo suficiente para atender � demanda da cidade polo.