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Estado de Minas

Pesquisa da UFMG mostra que falhas no sistema hospitalar causam 3 mortes a cada 5 minutos no Brasil

Eventos adversos em hospitais s�o a segunda causa de morte mais comum no Brasil, matando mais do que a soma de acidentes de tr�nsito, homic�dios, latroc�nio e c�ncer


postado em 22/11/2017 11:01 / atualizado em 23/11/2017 07:15

(foto: Valter Campanato/ABr)
(foto: Valter Campanato/ABr)
Em raz�o de falhas que poderiam ser evitadas nos hospitais, tr�s brasileiros morrem a cada cinco minutos no Brasil, num total de 829 �bitos por dia. A constata��o � do Primeiro Anu�rio da Seguran�a Assistencial Hospitalar no Brasil, produzido pelo Instituto de Estudos de Sa�de Suplementar (IESS) e pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e obtido pelo Broadcast Pol�tico.

De acordo com o estudo, os eventos adversos em hospitais s�o a segunda causa de morte mais comum no Brasil, matando mais do que a soma de acidentes de tr�nsito, homic�dios, latroc�nio e c�ncer. Dados do Observat�rio Nacional de Seguran�a Vi�ria indicam a morte de aproximadamente 129 brasileiros por acidente de tr�nsito a cada dia; o Anu�rio Brasileiro de Seguran�a P�blica, que � produzido pelo F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica, mostra cerca de 164 mortes violentas - por homic�dio e latroc�nio, entre outros - por dia; e, o c�ncer mata de 480 a 520 brasileiros por dia, segundo o Instituto Nacional de C�ncer (INCA).

Apenas as doen�as cardiovasculares, consideradas a principal causa de falecimento no mundo, matam mais pessoas no Pa�s: s�o 950 brasileiros por dia, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

"N�o existe sistema de sa�de que seja infal�vel. Mesmo os mais avan�ados tamb�m sofrem com eventos adversos. O que acontece no Brasil est� inserido em um contexto global de falhas da assist�ncia � sa�de nos diversos processos hospitalares. A diferen�a � que, no caso brasileiro, apesar dos esfor�os, h� pouca transpar�ncia sobre essas informa��es e, sem termos clareza sobre o tamanho do problema, fica muito dif�cil come�ar a enfrent�-lo", afirma Renato Couto, doutor e professor da UFMG e um dos respons�veis pelo Anu�rio.

Al�m do �bito, os eventos adversos tamb�m podem gerar sequelas com comprometimento do exerc�cio das atividades da vida do paciente e sofrimento ps�quico, al�m de elevar o custo assistencial. De acordo com o Primeiro Anu�rio da Seguran�a Assistencial Hospitalar no Brasil, dos 19,1 milh�es de brasileiros internados em hospitais ao longo de 2016, 1,4 milh�o foi "v�tima" de, ao menos, um evento adverso, como por exemplo erros de dosagem ou aplica��o de medicamentos, uso incorreto de equipamentos e infec��o hospitalar, entre outros casos. Apenas em 2016, morreram nos hospitais p�blicos e privados do Pa�s 302.610 brasileiros em raz�o desses eventos adversos.

Alarmante


O estudo faz um comparativo tamb�m com a ocorr�ncia desses eventos nos Estados Unidos, pa�s de quase 325 milh�es de pessoas e com 1.096 �bitos por dia. Para o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, "o dado mais alarmante na compara��o com os Estados Unidos � que o total de falecimentos por dia causado por eventos adversos est� pr�ximo do brasileiro. S�o 1.096 l� e 829 aqui. Mas a popula��o norte americana � 55,6% maior do que a nossa. Eles s�o 323,1 milh�es, enquanto n�s somos 207,7 milh�es". Por isso, Carneiro avalia que � fundamental um debate nacional sobre a qualidade dos servi�os prestados na sa�de, com a divulga��o de dados e o repasse das informa��es aos pacientes.

Al�m das mortes, o Anu�rio destaca que em 2016 os eventos adversos consumiram R$ 10,9 bilh�es de recursos que poderiam ter sido melhor aplicados, apenas na sa�de suplementar brasileira. Ainda de acordo com o estudo, as v�timas mais frequentes de eventos adversos s�o pacientes com menos de 28 dias de vida ou mais de 60 anos. As infec��es hospitalares respondem por 9,7% das ocorr�ncias.

As condi��es mais frequentes s�o: les�o por press�o; infec��o urin�ria associada ao uso de sonda vesical; infec��o de s�tio cir�rgico; fraturas ou les�es decorrentes de quedas ou traumatismos dentro do hospital; trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; e, infec��es relacionadas ao uso de cateter venoso central. (Elizabeth Lopes)


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