
Segundo o levantamento da Copasa, atualizado na manh� desta quinta-feira, o �ndice de chuvas no sistema Rio das Velhas est� perto de atingir a m�dia hist�rica de novembro, que � de 245,4 mil�metros. At� o momento, choveu 243,6 mil�metros na regi�o. Entre os reservat�rios, a �rea do Rio Manso � que a tem o menor �ndice pluviom�trico, 90,3 mil�metros. A m�dia de novembro no local � de 223,5.
Desde o fim de semana, a vaz�o do Rio das Velhas vinha apresentando aumento. No s�bado, dia 18, o �ndice estava em 11,1 metros c�bicos por segundo. J� no domingo, subiu para 33,9, chegando a 67,4 na segunda e 91,3 na ter�a. Ontem, a vaz�o diminuiu, chegando a 30,9, pr�ximo do �ndice de domingo.
O n�vel de todo o Sistema Paraopeba foi de 45,2% em 21 de novembro para 45,7% nesta quinta-feira. No Rio Manso, o n�vel subiu de 63,9% para 64,7 no mesmo per�odo. J� o reservat�rio de Vargem das Flores teve aumento de 35,5% para 35,9. Somente no Serra Azul os n�meros ficaram est�veis em 17,7% nos �ltimos dias.
Em setembro, a dire��o da Copasa considerou a crise da falta de �gua a pior dos �ltimos 100 anos ou da hist�ria de Belo Horizonte. A capta��o no Rio Paraopeba, inaugurada no fim de 2015 e anunciada ent�o como a solu��o para os problemas da regi�o por 20 anos, chegou a ser suspensa devido ao baixo volume no curso d’�gua.
De acordo com o meteorologista Heriberto dos Anjos, do instituto PUC Minas TempoClima, as chuvas intensas das pr�ximas semanas podem favorecer a situa��o dos reservat�rios do estado neste fim de ano. “N�o temos observado nos �ltimos per�odos chuvosos a Zona de Converg�ncia do Atl�ntico Sul (ZCAS). No ano passado foi em janeiro, s� um epis�dio. Neste ano ela praticamente est� 'salvando' novembro”, explica o meteorologista. “Desde o dia ela 18 se intensificou, e est� a quatro dias parada sobre a regi�o, em cima de Minas, provocando um volume de chuva significativo em grande parte do estado. Em Furnas, Tr�s Marias, que dependem muito, j� est� favorecendo. Esse sistema n�o � de imediato, mas s� de chover a m�dia j� � uma boa not�cia”.
O meteorologista explica que a zona de converg�ncia � um fen�meno meteorol�gico que ocorre em �pocas de primavera e ver�o, e que vinha ocorrendo com pouca frequ�ncia nos �ltimos anos no estado. “� uma banda de nebulosidade persistente com orienta��o Noroeste-Sudeste, e � de grande escala, respons�vel pelo regime de chuva na regi�o. Quando se configura, traz muita chuva normalmente”, detalha. “Nos �ltimos per�odos chuvosos, quando n�o estava ausente, estava se formando em outras posi��es, como mais para o Mato Grosso do Sul e S�o Paulo, ou at� mesmo no Sul e Oeste da Bahia”, informa Heriberto dos Anjos.