
Tecnologia de Israel para socorrer 85 munic�pios dos vales do Jequitinhonha e Mucuri. Em um quadro de crise h�drica de propor��es in�ditas, o secret�rio de estado de Cidades e Integra��o Regional, Carlos Murta, informou ontem que est� em andamento um programa de dessaliniza��o de po�os artesianos para enfrentar a quest�o e atender ao consumo humano no semi�rido de Minas. “A �gua nessas �reas n�o � simplesmente salobra, mas salgada. O estudos est�o sendo feitos com apoio do Minist�rio do Meio Ambiente, dentro do Programa �gua Doce”, informou Murta, que participou, na tarde de ontem, da abertura da 6ª Confer�ncia da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, no audit�rio da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais.
Na Grande BH, os problemas de escassez h�drica tamb�m s�o um drama, tanto que, em setembro, a dire��o da Copasa surpreendeu ao considerar a crise da falta de �gua a pior dos �ltimos 100 anos ou da hist�ria da capital, que completar� 120 anos no dia 12. A capta��o no Rio Paraopeba, inaugurada no fim de 2015 e anunciada ent�o como a solu��o para os problemas da regi�o por 20 anos, chegou a ser suspensa devido ao baixo volume no curso d’�gua.
Segundo a estatal, com as chuvas dos �ltimos dias o volume de �gua armazenado nos reservat�rios do Sistema Paraopeba (Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores) aumentou 960 mil metros c�bicos. J� a vaz�o do Rio das Velhas, que estava com 11,1 metros c�bicos no s�bado, apresentou at� a manh� de ontem vaz�o de 100,8 metros c�bicos por segundo. Os t�cnicos explicam que a Grande BH � abastecida pelo sistema integrado metropolitano de Belo Horizonte, que tem flexibilidade operacional – ou seja, por serem interligados, possibilitam a transfer�ncia de �gua tratada entre os sistemas produtores dos rios Paraopeba e das Velhas.
MOBILIDADE Coordenada pela Ag�ncia de Desenvolvimento da RMBH e realizada de dois em anos, a confer�ncia, que termina hoje, vai discutir aspectos importantes para 34 munic�pios, onde vivem 5,2 milh�es de habitantes, dos quais 2,5 milh�es na capital. Est�o presentes prefeitos ou representantes das administra��es municipais e do governo de Minas, integrantes do Colegiado Metropolitano (membros da sociedade civil), especialistas em quest�es urbanas e professores universit�rios. “Formamos uma grande cidade, com problemas comuns, embora com jurisdi��es e outros aspectos diferentes”, disse a diretora-geral da ag�ncia, Fl�via Mour�o. Al�m da quest�o dos recursos h�dricos, est�o em pauta mobilidade, com destaque para o Plano de Mobilidade Metropolitana, em elabora��o; organiza��o territorial; habita��o de interesse social; agricultura familiar; e meio ambiente. “Solu��es apresentadas poder�o virar pol�ticas p�blicas”, adiantou a diretora-geral.
O prefeito de Ibirit�, William Parreira, ressaltou que um dos maiores obst�culos � empregabilidade na cidade est� no transporte. “Somos uma cidade-dormit�rio de 190 mil habitantes, no limite com Contagem, Betim e BH, ent�o grande parte dos moradores se descoloca de �nibus para as cidades vizinhas. O problema � que s� temos uma linha de �nibus e n�o dispomos do sistema r�pido de transporte, como o Move. Para se ter uma ideia, entre Ibirit� e Betim s�o 20 minutos, mas a pessoa gasta uma hora e meia, pois tem que ir a BH ou Contagem para fazer a baldea��o. Sem falar no pre�o da passagem, o que encarece o vale-transporte para o empregador”, disse o prefeito.
Programa �gua Doce
� uma a��o do Governo Federal coordenada pelo Minist�rio do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos H�dricos e Ambiente Urbano, em parceria com institui��es federais, estaduais, municipais e sociedade civil. O objetivo � estabelecer uma pol�tica p�blica permanente de acesso � �gua de boa qualidade para consumo humano, promovendo e disciplinando a implanta��o, a recupera��o e a gest�o de sistemas de dessaliniza��o ambiental. Entre as metas est�o atender prioritariamente as popula��es de baixa renda em comunidades difusas do semi�rido. O PAD atende a cerca de 100 mil pessoas em 154 localidades do Nordeste do pa�s e vem ampliando a��es para garantir acesso � �gua nas comunidades difusas do semi�rido.