�s 10h20 soou o primeiro sinal, seguido do aviso: "Aten��o: teste da sirene de emerg�ncia. Esvaziem suas resid�ncias".
CSN testa sirenes para alertar vizinhos em caso de rompimento de barragem https://t.co/ULwCpIHRQd pic.twitter.com/HK6vkjskM4
%u2014 Estado de Minas (@em_com) 26 de novembro de 2017
Representantes de diversos �rg�os de Defesa Civil e seguran�a, al�m de t�cnicos da CSN Minera��o estiveram, neste domingo, nos bairros Cristo Rei e Residencial para fazer um simulado em caso de rompimento da Barragem Casa de Pedra, em Congonhas.

O Estado de Minas revelou, este m�s, que a instabilidade no local preocupa Minist�rio P�blico e governo do estado.
As atividades fazem parte do Plano de Emerg�ncia da Barragem Casa de Pedra e preveem acionamento de duas sirenes, deslocamento para rotas definidas e verifica��o do tempo de resposta, em caso de acidentes.
Ser� feita tamb�m a checagem da sinaliza��o instalada para essas rotas.

Ap�s o simulado, a empresa se reuniu com a Defesa Civil e demais �rg�os envolvidos para verificar eventuais ajustes nas a��es executadas para aprimorar o planejamento que ser� usado com a participa��o da comunidade em data ainda a ser definida.
“Este � um treinamento que at� ent�o estava sendo realizado apenas com t�cnicos da empresa e l�deres comunit�rios e agora vamos envolver tamb�m a comunidade. Nesta primeira etapa fizemos uma abrang�ncia de teste de sirenes, verifica��o das rotas de fuga e tempo de deslocamento dessa rota. Isso vai ser feito hoje com colabores da empresa e n�s vamos testar qual ser� a receptividade da comunidade. Esse � um processo evolutivo e a cada simulado que formos realizar, vamos colocar um novo ingrediente”, afirmou o gerente de Seguran�a e Sa�de Ocupacional na CSN, Eduardo Sanches.

"Estamos quase dentro da barragem"
Moradora do Bairro Cristo Rei, a funcion�ria p�blica P.V.C, de 27 anos, que mora a aproximadamente 250 metros da barragem, reprovou os testes com as sirenes. “O volume do toque foi muito baixo e a mensagem de esvaziamento n�o � clara”, queixou-se.
Assim como ela, o aposentado Agostinho Gon�alves, de 74 anos, teve a mesma impress�o. “Se a pessoa estiver dentro de casa ou dormindo, ou se o trem passar na hora, n�o vai escutar”, disse.
A popula��o ainda questionou a sinaliza��o instalada e o momento em que a sirene vai tocar. “Se tocar na hora que romper, nem adianta, porque estamos quase dentro da barragem. N�o daria tempo de sair vivo”, disse a funcion�ria p�blica, que prefere n�o se identificar.
Risco
O Estado de Minas noticiou, este m�s, que o Governo de Minas levou o assunto em pauta para um grupo j� existente que envolve diversas secretarias e �rg�os do estado.
"N�o h� risco iminente, mas essa � uma barragem propensa ao rompimento. Sobretudo agora, com a chegada da esta��o de chuvas", disse o Capit�o Ronaldo Rosa de Lima, ent�o comandante do Corpo de Bombeiros da regi�o. Ele foi afastado depois da afirma��o.
Por causa dessa situa��o, o Minist�rio P�blico e o Minist�rio do Trabalho cobraram explica��es e a��es da mineradora, que chegou a ter as atividades no barramento interditadas, em 11 de outubro deste ano
Laudo do Centro de Apoio T�cnico do MP, ao qual o EM teve acesso, indica que o represamento “apresenta infiltra��es ou fraturas”, que poderiam evoluir para um rompimento caso nada fosse feito.
Nesse mesmo relat�rio, o fator de estabilidade da barragem apresentado foi de 1,3, abaixo do n�vel exigido pela legisla��o, de 1,5, segundo o MP.
A CSN diz que a barragem n�o corre risco de rompimento e que esse fator j� foi superado, chegando a 1,6 e a 1,7, levando-se em considera��o os dois lados da barragem.
O relat�rio do Minist�rio P�blico tamb�m criticava a falta de um plano emergencial satisfat�rio em caso de desastre. Devido � defici�ncia, um plano acabou sendo elaborado pela Prefeitura de Congonhas.
