
As investiga��es em torno da quadrilha come�aram h� seis meses, depois de diversas den�ncias recebidas pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) sobre a atua��o do bando em Varginha e El�i Mendes. “V�rias informa��es chegaram dando conta de que alguns com�rcios de pe�as seriam de fachada para abrigar a organiza��o criminosa. Aprofundamos a investiga��o e conclu�mos que os crimes existiam e que as pe�as vendidas eram de carros roubados e furtados”, explicou o promotor Igor Serrano Silva.
O Gaeco descobriu que a maior parte dos ve�culos eram produtos de roubo, furto ou estelionato praticado contra seguradoras. A maioria dos autom�veis eram de S�o Paulo e transportados para as cidades mineiras, onde eram desmanchados. “As fraudes eram da seguinte forma: pessoas iam at� determinadas delegacias de pol�cia de S�o Paulo e l� davam queixa de roubos dos ve�culos. Entretanto, esses crimes n�o haviam ocorrido. Elas, na verdade, tinham vendido o carro para a organiza��o por um pre�o muito menor e recebiam o valor do seguro”, disse o promotor.
Os criminosos, segundo o MPMG, recebiam informa��es privilegiadas por parte de um policial civil. Segundo o promotor, ele repassava informa��es sigilosas � organiza��o, como opera��es que ocorreriam e dilig�ncias de investiga��es.
Ontem, foi desencadeada uma opera��o conjunta entre o Gaeco, as pol�cias Civil, Militar, e Rodovi�ria Federal. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreens�o e 16 de pris�o preventiva nos munic�pios de Varginha, El�i Mendes, Tr�s Pontas e S�o Paulo. Entre os presos est� o policial civil acusado de passar informa��es ao grupo. Um homem est� foragido. Participaram das dilig�ncias tr�s promotores de Justi�a, 79 policiais militares, 45 rodovi�rios federais e 20 civis. Tamb�m foram empenhadas 45 viaturas e uma aeronave da pol�cia militar.
De acordo com Igor Serrano, o grupo agia de forma organizada. “As pessoas t�m boas casas, carros confort�veis, e eram altamente organizados. Primeiro, tinham uma faixada comercial legal para operar com tranquilidade. Segundo, tinham m�todos e material de intelig�ncia, como desbloqueadores de sinal de rastreadores para que n�o fossem localizados por seguradoras dentro dos galp�es. Tinham m�quinas espec�ficas para fazer remarca��es de chassis e n�mero de motores, e contavam com pessoas dentro da Pol�cia civil, al�m de ter especialistas dentro da organiza��o para fazer as remarca��es e desmanches, trazer os ve�culos de S�o Paulo e fraudar o seguro”, comentou.