
O retorno da lista dos criminosos mais visados se soma � for�a-tarefa lan�ada em setembro, com a participa��o de 13 institui��es, para estudar medidas contra esse tipo de crime, bem como � assinatura de um protocolo que padroniza as provid�ncias como resposta a casos de destrui��o de terminais banc�rios. De janeiro este ano at� o �ltimo dia 12 foram 159 ataques do tipo no estado, m�dia de um a cada dois dias.
Apesar de os n�meros representarem queda de 38,15%, j� que em 2016 foram 257 ocorr�ncias do tipo, a viol�ncia usada pelas quadrilhas e a disposi��o para o enfrentamento preocupam as autoridades mineiras de seguran�a p�blica. Segundo o coronel Ledwan Cotta, que � assessor interinstitucional da PM na Sesp, todos os 12 criminosos que constam na lista n�o temem enfrentar policiais militares nas cidades que escolhem como alvo. “S�o elementos de alta periculosidade. A possibilidade de enfrentamento quando s�o flagrados, por serem organizados, � grande. A retirada desses indiv�duos de forma individualizada vai nos trazer uma condi��o muito melhor de evitar esses enfrentamentos”, afirma o coronel.
'Procura-se' j� provou efic�cia
A lista dos criminosos mais procurados do estado, aposta da Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica (Sesp) para desarticular quadrilhas de roubos a bancos que v�m tirando o sono de popula��es de cidades inteiras em Minas, j� teve tr�s edi��es, entre 2011 e 2012, concentrando-se em criminosos ligados ao tr�fico de drogas e envolvidos com roubos. Dos 29 nomes anunciados nessas listas, 23 foram presos, o que indica a efic�cia desse tipo de expediente, segundo o subsecret�rio de Integra��o da Sesp, Marcelo Vladimir Corr�a. “Nosso objetivo � motivar a popula��o a enviar informa��es via Disque Den�ncia (telefone 181), com total sigilo de quem fizer a liga��o. Teremos um hotsite com as informa��es dos procurados e as imagens ser�o divulgadas tamb�m em redes sociais e em cartazes espalhados no estado”, afirma.
Nem a Pol�cia Civil nem a Coordena��o de Intelig�ncia da Sesp divulgaram informa��es sobre a liga��o dos procurados com casos espec�ficos de ataques a banco. Por�m, um dos 12 foragidos, F�bio Ant�nio Gallego, de 41, acusado de roubo e extors�o mediante sequestro, foi indiciado pela Pol�cia Civil em 2012 pelo assalto � transportadora de valores Embraforte, no Bairro Ouro Preto, Regi�o da Pampulha, em BH, quando foram levados R$ 46 milh�es dos cofres da empresa. O crime aconteceu em setembro de 2010.
PODER DE FOGO Em 2017, pelo menos tr�s situa��es ocorridas em Minas ilustram a ousadia dos bandidos e o alto poder de fogo dos criminosos, que a cada investida encurralam as for�as policiais e deixam militares em risco de vida. Em julho, assaltantes armados com fuzis invadiram Santa Margarida, na Zona da Mata, em plena luz do dia. C�meras de seguran�a da cidade flagraram os criminosos assassinando o cabo Marcos Marques da Silva, de 36 anos, que tentava se aproximar dos ladr�es em uma esquina da cidade, e tamb�m executando o vigia do Banco do Brasil Leonardo Jos� Mendes, de 55. No segundo caso, as c�meras da ag�ncia banc�ria mostram que o funcion�rio se rendeu ap�s a entrada dos ladr�es, mas mesmo assim foi fuzilado. No m�s passado, depois que as pol�cias Civil e Militar prenderam acusados, seis pessoas foram condenadas e est�o presas.

Quatro meses depois, extrapolando os limites das pequenas cidades, criminosos desafiaram a resist�ncia da oitava maior cidade de Minas Gerais ao invadir as depend�ncias de uma transportadora de valores em Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro. Cerca de 20 assaltantes montaram bloqueios sofisticados no entorno da transportadora, que inclu�ram at� barricadas usando ve�culos incendiados, correntes nas ruas e miguelitos (objetos perfurantes, para furar pneus de viaturas) para inibir a a��o da pol�cia. Os ladr�es tamb�m alvejaram transformadores el�tricos, deixando um bairro inteiro da cidade sem energia no momento da a��o.
No �ltimo dia 5, novamente a a��o de quadrilhas terminou com a morte de policiais militares. Na data em que quatro cidades mineiras foram atacadas, ladr�es deixaram dois policiais militares e um morador de Pomp�u, na Regi�o Central do estado, mortos depois da explos�o a ag�ncia do Banco do Brasil. Morreram na a��o os cabos Osias Alves de Barros, de 33, e Lucas Reis Rosa, de 27. Outra v�tima foi Alisson dos Reis Pinheiro, de 22, funcion�rio de uma lanchonete, que foi atingido quando fechava o estabelecimento para ir para casa. Na ocasi�o, a PM criticou duramente a falta de a��es dos bancos para proteger as ag�ncias e inibir a a��o de bandidos. O delegado J�lio Wilke, que participa da for�a-tarefa montada para combater os ataques a caixas eletr�nicos, n�o quis detalhar o andamento das duas investiga��es.