
Mais uma audi�ncia de instru��o do processo da morte de Rodrigo Augusto de Padua, de 30 anos, f� que tentou matar a apresentadora de TV Ana Hickmann em maio do ano passado em um hotel no Bairro Belvedere, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, vai acontecer na pr�xima segunda-feira. O cunhado da artista Gustavo Henrique Bello Correa, que � acusado de matar o invasor de forma intencional, deve ser ouvido. Est�o previstas, ainda, as oitivas de duas testemunhas.
A audi�ncia est� marcada para 9h no F�rum Lafayette. Uma testemunha, que mora em S�o Jo�o Nepomuceno, na Regi�o da Zona da Mata, ser� ouvida por carta precat�ria. A audi�ncia ser� conduzida pela ju�za Am�lin Aziz Sant´ana, sumariante do 2º Tribunal do J�ri da capital. Em 6 de novembro, foi juntado ao processo um laudo pericial da Pol�cia Civil com respostas dos quesitos formulados por defesa e acusa��o. Um laudo de um perito particular que fez a reconstru��o da cena do crime, tamb�m foi anexado. Depois de ouvir as testemunhas, e interrogar o acusado, a ju�za vai decidir se ele ser� inocentado ou ser julgado pelo j�ri popular.
Na primeira audi�ncia sobre o caso, realizada em 20 de outubro, foram ouvidos a apresentadora Ana Hickman, a assessora Giovana Oliveira, a sogra Maria Helena e o cabeleireiro J�lio Figueiredo, que na ocasi�o do ataque prestava servi�o modelo. Gustavo esteve presente em Belo Horizonte e se manifestou. “A gente n�o pode se arrepender do que n�o teve op��o. N�o foi uma briga de bar, eu n�o estava dirigindo alcoolizado, n�o foi nada disso. Ou eu faria ou eu n�o estaria aqui. Tenho tristeza de ter tirado uma vida, mas antes a dele que a minha”, afirmou.
J� o representante do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), promotor Francisco Santiago, que fez a den�ncia contra o cunhado da artista por entender que ele agiu com inten��o de matar e cometer homic�dio doloso, afirmou n�o acreditar na vers�o de Gustavo. “Eu tenho uma convic��o e me expressei em den�ncia que foi recebida pela ju�za N�o vejo at� hoje uma leg�tima defesa”, argumentou.
Den�ncia
Em 7 de julho de 2016, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) apresentou den�ncia por homic�dio doloso, quando h� inten��o de cometer o crime, contra o cunhado de Ana Hickmann. Gustavo Henrique Bello Correa foi enquadrado no artigo 121 do C�digo Penal, que prev� reclus�o de 12 a 30 anos por homic�dio qualificado.
A den�ncia foi em sentido oposto ao que a Pol�cia Civil apontou em investiga��o. O delegado Fl�vio Grossi, respons�vel pelo caso, pediu o arquivamento do inqu�rito alegando que ele teria agido em leg�tima defesa. P�dua foi morto com tr�s tiros na nuca, depois de lutar com Correa.
Na den�ncia, o promotor do Tribunal do J�ri do F�rum Lafayette, em Belo Horizonte, Francisco de Assis Santiago, aponta que Correa, ao iniciar embate corporal com P�dua, agiu em leg�tima defesa, mas excedeu essa condi��o e praticou homic�dio doloso. A principal prova disso, para a Promotoria, s�o os tr�s tiros dados na nuca do suposto f� da apresentadora. O agressor chegou ao quarto depois de render Correa e o obrigar a lev�-lo at� o quarto de Ana Hickmann, que estava com uma assistente. Os tr�s foram mantidos sob a mira de um rev�lver.
Em abril deste ano, Gustavo, sua defesa e peritos participaram de uma reconstitui��o do crime no hotel da capital mineira. A solicita��o foi aceita pelo Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) em janeiro. Em julho, a Justi�a determinou o prosseguimento do processo.