
O empres�rio foi preso no momento em que saia de um flat de luxo, no centro de Salvador, conduzindo um carro que pertence a sua m�e. Ele n�o ofereceu resist�ncia. Chafik estava foragido desde 2013, quando recebeu habeas corpus e passou a se mudar de maneira constante de endere�os. Segundo o delegado titular da Delegacia de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP), Emerson Morais, encarregado de conduzir as investiga��es de captura, foram tr�s meses de investiga��o, envolvendo v�rios setores da pol�cia civil e seu servi�o de intelig�ncia.
Sua fuga para a Bahia j� havia sido detectada pela Pol�cia Civil. Segundo o delegado o acusado � propriet�rio de fazendas em Itajuipe, Ilheus e Itabuna, e de v�rios im�veis de alto padr�o, e um shopping em Salvador de onde passou a conduzir seus neg�cios. Tamb�m a frequ�ncia a praias badaladas e restaurantes requintados deixou alguns rastros que ajudaram em sua pris�o.
Em depoimento ao delegado, Chafik se disse arrependido pelas vidas perdidas e atribuiu a um “incidente” as cinco mortes e 17 feridos no acampamento. Segundo o depoimento, ele se dirigiu � fazenda para tentar “um di�logo” e um de seus seguran�as disparou a arma, “por acidente”, resultando em descontrole total dos demais que tamb�m passaram a atirar. Ele n�o quis prestar nenhuma declara��o diante da imprensa.
A fazenda Nova Alegria pertencia ao av� de Chafik, que viera do L�bano no in�cio do s�culo. Com 1.300 hectares, teve uma gleba considera improdutiva e foi ocupada pelo MST. Segundo o delegado, Chafik alegou que os ocupantes do terreno estariam saqueando as terras do fazendeiro, o que o teria motivado a procur�-los para uma “conversa”.