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Estado de Minas

Barreira de conten��o de canal n�o resiste � chuva em Belo Horizonte

Um dos objetivos principais da obra do C�rrego Ressaca, entre os bairros Santa Terezinha e Castelo, era diminuir as ocorr�ncias de alagamento do canal, o que acabou n�o funcionando


postado em 04/01/2018 06:00 / atualizado em 04/01/2018 07:41

A forte chuva que caiu no sábado destruiu barras de concreto construídas há apenas oito meses e ainda 'na garantia', segundo a Sudecap (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
A forte chuva que caiu no s�bado destruiu barras de concreto constru�das h� apenas oito meses e ainda 'na garantia', segundo a Sudecap (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
Oito meses depois do t�rmino das obras de alargamento do canal do C�rrego Ressaca, na Avenida Her�clito Mour�o de Miranda, nos Bairros Santa Terezinha e Castelo, Noroeste de Belo Horizonte, a for�a das �guas colocou � prova o trabalho feito pela Prefeitura de Belo Horizonte no trecho entre as avenidas Tancredo Neves e Santa Terezinha entre junho de 2015 e abril de 2017. A obra n�o passou no teste. Na tarde do �ltimo s�bado, 30 de dezembro, a forte chuva que caiu sobre a capital mineira resultou na destrui��o de 11 barras de concreto que estruturavam parte da barreira de conten��o da �gua e deixou exposto um buraco na lateral do leito, pr�ximo � ponte que leva os motoristas da Her�clito Mour�o de Miranda para a Avenida Tancredo Neves, um dos principais acessos da regi�o � Avenida Pedro II e ao Centro da capital mineira.

Um dos objetivos principais da obra, de acordo com a prefeitura, era diminuir as ocorr�ncias de alagamento do canal, o que acabou n�o funcionando. Al�m dos problemas com a destrui��o das barras de conten��o, o Estado de Minas apurou com moradores e comerciantes da regi�o que no per�odo de chuvoso iniciado no fim de novembro os alagamentos na avenida v�m sendo frequentes e j� destru�ram, al�m das barras de conten��o citados, parte da estrutura de uma travessia para pedestres entre as avenidas Ayres da Mata Machado, no Santa Terezinha, e Altamiro Avelino Soares, no Bairro Castelo.

Divididas em duas etapas, as interven��es na avenida come�aram em 2010 e custaram cerca de R$ 68 milh�es, recursos do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), de acordo com a Secretaria de Municipal de Obras e Infraestrutura de Belo Horizonte (Sudecap), respons�vel pela obra. Questionada sobre os problemas, a pasta informou que n�o houve falhas na execu��o das obras e atribuiu a destrui��o das barras de conten��o e a recorr�ncia dos alagamentos ao volume de chuva, que foi acima da m�dia em Belo Horizonte no m�s de dezembro.

GARANTIA Ainda segundo a Sudecap, a Ster Engenharia, empreiteira respons�vel por executar a obra, j� foi notificada do problema com as barras de conten��o e realizar� as manuten��es ainda em janeiro, sem gastos extras dos cofres p�blicos, tendo em vista que a obra est� no per�odo de garantia. Contudo, a necessidade de realizar uma nova interven��o no canal do c�rrego na avenida para a corre��o das barras de conten��o j� gera apreens�o em comerciantes da regi�o. Isso porque a segunda etapa da obra trouxe dor de cabe�a aos moradores e comerciantes da regi�o.

Iniciada em abril de 2015 e com previs�o inicial de t�rmino para o segundo semestre de 2016, as interven��es duraram um ano e 10 meses, por causa de atrasos nos repasses de verbas por parte da Prefeitura de Belo Horizonte. Nesse per�odo, comerciantes denunciaram queda nas arrecada��es devido � dificuldade nos acessos � avenida, e moradores tiveram transtornos para os acessos ao Santa Terezinha e ao Castelo por conta dos desvios de tr�nsito implantados pela BHTrans que se concentraram nas vias do Bairro Paquet�.

PREJU�ZOS
Maur�cio Lopes Caetano, de 45 anos, gerente administrativo de uma rede de padarias com sede no cruzamento das avenidas Santa Terezinha e Her�clito Mour�o de Miranda, teme voltar a perder vendas e a volta dos transtornos para acessar o estabelecimento. Para ele, a obra n�o significou grandes melhorias na regi�o. “Mudou muito pouco, com a chuva das �ltimas semanas, o c�rrego transbordou e arrastou carros e a enxurrada chegou � porta da padaria e ao nosso estacionamento,” contou. “A obra trouxe sujeira, muita poeira e terra aqui para a porta da padaria. Al�m das inunda��es, que eram frequentes (durante a obra), o cliente perdeu o acesso � padaria e a� � um preju�zo financeiro muito grande,” disse o gerente, que contabilizou uma queda de 40% nas vendas da padaria entre fevereiro e novembro de 2016.

O vice-presidente da Associa��o Comunit�ria dos Moradores do Bairro Santa Terezinha, Frederico Eloy, de 26, espera que as interven��es previstas para a corre��o dos problemas nas barras de conten��o sejam realizadas com mais agilidade, sem causar mais transtornos � popula��o. “� complicado, logo na primeira temporada de chuva que veio e j� tivemos isso e sabemos que ainda tem mais chuva pela frente. Ser� que vamos continuar tendo mais alagamentos, mais casos de moradores perdendo tudo igual j� vimos com essas chuvas? A gente espera, agora, � que esses R$ 68 milh�es n�o caiam por �gua abaixo e cheguem na Lagoa da Pampulha,” lamentou. *Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Rachel Botelho


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