
A alguns metros dali est� um dos atrativos tur�sticos da cidade, a Pra�a do Papa, que j� sofre h� alguns meses com o ac�mulo de lixo e com o capim alto. Cercada pela Serra do Curral, a pra�a seria um belo lugar para passear e apreciar a vista panor�mica da cidade. Por�m, com muitas embalagens pl�sticas e descart�veis espalhadas pelo ch�o, o cen�rio tende ao abandono. O enfermeiro Ricardo Boaventura, de 43 anos, decidiu levar o seu paciente Zick Leite Pemponi, de 90, para passear em uma �rea verde, mas encontrou v�rios obst�culos: “Acredito que em outras �pocas aqui j� foi limpo. N�o sei se pelas festas que est� mais sujo. Al�m do mais, �s vezes, tem um pessoal estranho que frequenta aqui”. Al�m de ser imposs�vel se sentar na grama, h� muitos mosquitos perto das lixeiras, pl�stico, garrafas de cerveja e latas de refrigerante. D� este aspecto de abandono”, afirmou. O cuidado tem que ser redobrado com o idoso para que ele n�o tropece em algum objeto ou se machuque nos buracos e falhas nas cal�adas da pra�a.

CONSCIENTIZA��O O taxista Jos� Raimundo, de 54, levou tr�s turistas cariocas para conhecer o local, que recebeu o papa Jo�o Paulo II em 1980. “O povo n�o aprendeu. Est� cheio de lixeira espalhada pelo local, mas n�o adianta. Isso � uma falta de respeito. Ser� que as pessoas fazem isso na casa delas?”, questionou. Ele pontua que o mato deveria ser cortado e limpo, mas, mais importante que isso, � a conscientiza��o da popula��o para preservar o meio ambiente. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que, desde a semana passada, uma equipe est� realizando a coleta do lixo e a manuten��o dos canteiros e da grama na regi�o. A varri��o do local, segundo a prefeitura, � feita diariamente, inclusive aos domingos.
A cena de sujeira se repete na Pra�a Rui Barbosa, em frente � Pra�a da Esta��o, na regi�o central da capital, embora, segundo a PBH, a pra�a conte com 50 cestos coletores de lixo e a varri��o do espa�o se realize tr�s vezes ao dia. A reportagem flagrou sand�lias espalhadas, restos de comida, garrafas e copos descart�veis no ch�o. Em setembro, duas r�plicas de est�tuas de tigres do conjunto arquitet�nico foram destru�das e, at� o momento, n�o foram recolocadas. A Prefeitura informou que a recoloca��o da est�tua ainda est� sendo avaliada pelo Departamento de Patrim�nio e Cultura.

Mas ela se engana. Nem a Pra�a da Assembleia escapa da depreda��o. Em novembro, o Estado de Minas mostrou a insatisfa��o de frequentadores da �rea em rela��o � manuten��o, equipamentos de gin�stica com defeito e banheiros que nunca foram abertos. Tamb�m foram mostrados brinquedos quebrados e falta de seguran�a � noite, quanto muita gente sai do trabalho e faz caminhada ou corrida. Para a jovem, falta investimento nesses locais. “Por exemplo, se tivesse Wifi, as pra�as atrairiam mais pessoas e, consequentemente, a aten��o seria maior do poder p�blico”, acredita.
Em outras �reas, a situa��o � ainda mais complicada. Quem transita pela Pra�a Vaz de Melo, antes do viaduto da rodovi�ria, passando pela Avenida Ant�nio Carlos, se depara com lixo espalhado e mau cheiro. O local se tornou um ponto de despejo de entulhos, especialmente cabos de cobre de origem duvidosa. O abandono tamb�m pode provocar a prolifera��o de insetos e de ratos. A situa��o n�o � muito diferente da Pra�a do Peixe, entre os bairros Bonfim e Lagoinha. Apesar de a grama estar aparada, a sujeira espalhada chama a aten��o. De acordo com a PBH, a capina da grama nessas duas pra�as � realizada pelo menos tr�s vezes ao ano, e a varri��o ocorre diariamente, de segunda s�bado.
Jogar lixo na rua, ou em qualquer espa�o p�blico da capital, � proibido e gera puni��o, segundo est� previsto na Lei 10.534/2012. De acordo com a PBH, “os infratores est�o sujeitos a multas que variam de R$ 185,49, por n�o acondicionar o res�duo corretamente ou n�o coloc�-lo no hor�rio fixado pela SLU, a R$ 5.564,82, por despejar o res�duo de constru��o civil em lotes vagos e encostas, por exemplo”, informou a administra��o p�blica. (Colaborou S�lvia Pires, estagi�ria sob supervis�o da subeditora Rachel Botelho)
Por meio da assessoria de imprensa, a PBH comentou a situa��o de cada pra�a e cal�ada. Confira:
- Cal�ada da Avenida Agulhas Negras, entre numera��o 118 e 180
"A responsabilidade pela manuten��o dos passeios � do propriet�rio do im�vel. A varri��o � realizada duas vezes por semana e a coleta domiciliar � feita de segunda a s�bado, � noite."
- Pra�a do Papa
- Pra�a do Papa
"A equipe de Manuten��o da Centro-Sul est� executando a manuten��o dos canteiros centrais da Avenida Afonso Pena desde a semana passada. O servi�o encontra-se pr�ximo ao n�mero 3.690, e, na sequ�ncia chegar� � Pra�a do Papa para realiza��o das atividades de manuten��o dos canteiros e da grama. A varri��o � realizada diariamente, inclusive aos domingos e a coleta domiciliar: segunda a s�bado, � noite."
- Pra�a Rui Barbosa
"Na �ltima semana, foi realizada poda de �rvores, topearia dos canteiros centrais e ro�ada da grama dessa pra�a. Um funcion�rio da GERUB-CS j� est� cuidando da limpeza da Pra�a Rui Barbosa. A varri��o � di�ria: tr�s vezes ao dia/ coleta domiciliar: segunda a s�bado, � noite.
A Pra�a Rui Barbosa conta com 50 cestos coletores para res�duos leves, sendo: 30 cestos entre a Avenida dos Andradas e Rua da Bahia; nove na �rea mais pavimentada; dois ao lado da Guaicurus; quatro ao lado da Caet�s e cinco pr�ximo aos pontos de �nibus."
- Pra�a do Peixe e Pra�a Vaz de Melo
"As ro�adas das pra�as do Peixe e Vaz de Melo s�o realizadas a cada tr�s meses. A mais recente a��o foi realizada em novembro de 2017. Varri��o di�ria: segunda a s�bado / coleta domiciliar: tr�s vezes por semana, �s ter�as, quintas e aos s�bado, sempre no per�odo noturno. Em todos esses lugares, a capina � realizada, pelo menos, tr�s vezes ao ano. Limpeza de boca de lobo: a cada 60 dias."