
A Secretaria de Estado de Sa�de (SES) emitiu alerta tamb�m para 14 regionais de sa�de quanto � necessidade de investiga��o de rumores de morte de macacos e da intensifica��o da vacina��o nos munic�pios com coberturas abaixo de 95%. S�o elas: Belo Horizonte, Barbacena (Regi�o Central), S�o Jo�o Del-Rei (Campo das Vertentes), Alfenas, Varginha, Pouso Alegre, Passos (Sul de Minas), Divin�polis (Centro-Oeste), Juiz de Fora, Ub�, Leopoldina (Zona da Mata), Uberaba, Uberl�ndia e Ituiutaba (Tri�ngulo Mineiro).
Em BH, est�o fechados o Parque das Mangabeiras, Mirante e Parque da Serra do Curral, na Regi�o Centro-Sul da cidade. A recomenda��o ocorreu devido ao resultado positivo para febre amarela em um macaco morto encontrado no Parque das Mangabeiras no fim do ano passado. Embora outros centros de turismo e lazer ou �reas usadas para trilhas estejam abertos � visita��o, a Secretaria Municipal de Sa�de recomenda que somente devem entrar nas �reas de mata da capital pessoas que estejam vacinadas contra febre amarela.
Por meio de nota, a secretaria ressaltou que at� o momento n�o foi registrado caso de febre amarela com transmiss�o no munic�pio e que dois moradores contra�ram a doen�a, mas fora da capital. Em 2017, foram vacinadas mais de 716 mil pessoas, alcan�ando uma cobertura vacinal de 83% – ainda abaixo da meta estadual, de 95%. Em Minas, a cobertura saiu de 47% no ano passado para 81%. Apenas cinco das 28 regionais de sa�de bateram a meta, de acordo com o �ltimo boletim epidemiol�gico divulgado pela SES – ou seja, 82% t�m o desafio da imuniza��o pela frente. A menor cobertura est� na regional de Pouso Alegre (66,4%).
O fechamento de �rea de visita��o foi medida adotada tamb�m em S�o Jo�o Del-Rei, no Campo das Vertentes. Em julho do ano passado, foram encontrados dois macacos mortos, confirmados em novembro com o v�rus da febre amarela na regi�o da Gruta Casa de Pedra. Localizado entre S�o Jo�o e Tiradentes, o complexo recebe turistas de todo o pa�s. Foram achados primatas mortos tamb�m em duas comunidades rurais, de Goiabeiras (caso em investiga��o) e Valo Novo, onde n�o foi poss�vel recolher material para an�lise. “Ter um caso confirmado j� � o suficiente para que sejam adotadas medidas de controle de vacina��o”, afirma a enfermeira do Setor de Vigil�ncia Epidemiol�gica da prefeitura da cidade, Eliene Jaqueline de Andrade Freitas.
No entorno da gruta e nas duas comunidades est� sendo feita vacina��o de casa em casa, mas h� recomenda��o de imuniza��o para todo o munic�pio. A enfermeira conta que as atividades da Casa de Pedra foram reduzidas j� em setembro. Al�m de medidas individuais, como fornecer repelentes e estimular o uso de blusas com manga comprida, no local passou-se a exigir o cart�o de vacina para comprova��o de imuniza��o e assinatura de termo de responsabilidade para entrar na �rea. Em dezembro, por orienta��o da prefeitura e da SES, o local fechou as portas por tempo indeterminado. “Em Madre de Deus de Minas, no limite com S�o Jo�o, tamb�m foi confirmada a morte de macaco por febre amarela. S�o medidas que esperamos sejam tempor�rias, mas extremamente importantes na prote��o da popula��o”, afirma Eliene.

MOBILIZA��O O medo da doen�a tem mobilizado as cidades. Mesmo aquelas onde n�o houve registro nem da doen�a nem de �bito de primatas, o alerta � grande. Em Ub�, a Secretaria Municipal de Sa�de come�ou a varredura na zona rural, percorrendo todas as resid�ncias e intensificando a vacina��o nessas regi�es. A cidade � polo de uma regional com 31 munic�pios e est� na zona de aten��o decretada pela SES.
Em Uberaba, animais est�o sendo monitorados nas �reas urbana e rural, depois de um caso de primata morto pela febre amarela. Tamb�m foram ampliados dias e hor�rios para aplica��o da vacina e intensificadas as mobiliza��es junto � popula��o. Das 24 mortes de macacos registradas de janeiro a julho do ano passado, em 13 foram recolhidas amostras. Dessas, a Funda��o Ezequiel Dias (Funed) liberou oito resultados, sendo que um deles deu positivo para a doen�a.
Em Alfenas, houve apenas rumores de morte de macacos, segundo a prefeitura, mas foi o suficiente para desencadear uma s�rie de a��es e aguardar orienta��es da SES que ser�o dadas a partir de amanh�. O Setor de Vigil�ncia Ambiental informou que, entre as medidas, est�o o mapeamento das localidades com presen�a de primatas, prioridade e acompanhamento de vacina��o em �reas com presen�a de macacos. O monitoramento de mortes dos animais est� sendo feito por meio de parcerias firmadas com universidades, �rg�os governamentais e da sociedade civil. A prefeitura tamb�m intensificou a rotina de vacina e distribui��o de repelentes para os profissionais que trabalharam nas a��es e �reas de risco. A cidade � a principal de um cord�o de 26 munic�pios. A regional tem cobertura vacinal de 75,3%.
Avan�o da chikungunya preocupa
Minas Gerais viveu seu pior ano de infec��o da febre chikungunya em 2017. Foram registrados 16.789 casos prov�veis da doen�a. Al�m disso, houve as primeiras mortes da hist�ria da enfermidade no estado. Foram 13 no total, 10 delas em Governador Valadares, na Regi�o do Rio Doce. Neste ano, j� s�o nove notifica��es da doen�a, sendo uma m�dia de uma por dia. Os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES/MG) mostram que a aten��o contra o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doen�a, deve ser ainda maior no in�cio do ano. A maioria dos casos registrados em 2017 ocorreu entre janeiro e junho. Em janeiro do ano passado, foram 691 casos prov�veis. Em fevereiro, 2.818 notifica��es. Mar�o foi o pior per�odo, quando 6.621 registros foram feitos. Em 2018, a preocupa��o � que a doen�a se espalhe rapidamente pelo pa�s devido ao baixo n�mero de pessoas que j� contra�ram a enfermidade. Por isso, grande parte ainda n�o produziu anticorpo suficiente para escapar dela.
