Crian�a morta ap�s tr�s meses da trag�dia de Jana�ba ser� sepultada nesta sexta

Amentou para 14 o n�mero de mortos em decorr�ncia da trag�dia na Creche Inocente, em Jana�ba, Norte de Minas, ocorrida na manh� de 5 de outubro, quando o vigia Dami�o Soares dos Santos, de 50 anos, ateou fogo no centro de ensino infantil. Ser� sepultado �s 14h desta sexta-feira, no cemit�rio S�o Lucas, em Jana�ba, o corpo do menino Gabriel Carvalho de Oliveira, de 5, que morreu no in�cio da tarde de ontem no Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII, em Belo Horizonte, onde estava internado desde o inc�ndio. Ele foi a d�cima crian�a a morrer em consequ�ncia da trag�dia.

 

Houve uma demora para ocorrer o traslado do corpo de Gabriel de Belo Horizonte at� Jana�ba por problemas para a emiss�o da Certid�o de �bito, e a crian�a s� chegou a Norte do estado na madrugada desta sexta-feira. O vel�rio � realizado no sal�o de uma funer�ria no Bairro Saudade, em Jana�ba. 

O inc�ndio criminoso tamb�m provocou as mortes do autor do ataque e das auxiliares de professora J�ssica Morgana Silva Santos, de 23, e Geni Oliveira Lopes Martins, de 63, al�m da professora Heley Abreu Batista, de 43, que perdeu a vida tentando salvar seus alunos. Helley enfrentou Dami�o, que usou gasolina para atear fogo na creche – o vigia sofria de transtornos psiqui�tricos, segundo laudo m�dico.

Geni e J�ssica Morgana chegaram a permanecer internadas em estado grave, mas n�o resistiram. Mais de 40 pessoas ficaram feridas no epis�dio, que causou como��o no Brasil e no mundo, chamando aten��o at� do papa Francisco.

Gabriel Carvalho de Oliveira teve 80% do corpo queimado. Ontem � tarde, o corpo seguiu para o Instituto M�dico-Legal (IML) de Belo Horizonte, para ser translado para Jana�ba, onde a chegada estava prevista para a madrugada desta sexta. Conforme a Prefeitura de Jana�ba, que arcou com as despesas do transporte e funeral, o corpo ser� velado no sal�o de uma funer�ria da cidade e o sepultamento dever� acontecer no fim da tarde, no Cemit�rio S�o Lucas, onde tamb�m foram sepultados os corpos das outras nove crian�as, da professora Helley, das duas servidoras e do autor do ataque.

Passados mais de tr�s meses da trag�dia, uma v�tima do inc�ndio na creche ainda continua internada no Hospital Jo�o XXIII. � Marley Simone, professora do centro de ensino infantil. O estado de sa�de dela � est�vel, segundo boletim divulgado pela unidade de sa�de. Uma outra crian�a, do sexo feminino, que recebia atendimento no local, recebeu alta no in�cio de dezembro.

Na Santa Casa de Montes Claros, no Norte de Minas, as duas �ltimas crian�as que estavam internadas na unidade deixaram o hospital em 11 de dezembro. As v�timas t�m 4 e 5 anos e sofreram queimaduras de segundo e terceiro graus pelo corpo. Elas ficaram internadas por aproximadamente dois meses.

INDENIZA��ES No in�cio de dezembro, a Prefeitura de Jana�ba assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Minist�rio Publico de Minas Gerais (MPMG) para o pagamento de indeniza��es �s v�timas ao inc�ndio criminoso na Creche Gente Inocente. Conforme o termo, o Munic�pio vai pagar R$ 12 mil, divididos em 12 parcelas, ao longo de janeiro a dezembro deste ano para cada fam�lia das crian�as e das servidoras mortas na trag�dia. As v�timas que sofreram queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus e que tiveram “incapacidade laboral por mais 30 dias ou “outra forma de les�o corporal de natureza grave ou grav�ssima” tamb�m v�o receber o montante.

Ainda conforme o documento, ser�o pagos R$ 6 mil, tamb�m divididos em 12 parcelas, ao longo de 2018,para as demais v�timas que tiveram algum ferimento na trag�dia. Os pagamentos ser�o feitos sempre no �ltimo dia �til de cada m�s. Desta forma, a primeira parcela ser� paga no fim deste m�s.

Desde 18 de outubro, os alunos da unidade que sobreviveram ao ataque passaram a serem atendidos em uma creche improvisada em um pr�dio da Secretaria Municipal de Saude de Jana�ba. O pr�dio incendiado foi demolido e come�ou a ser constru�do no local uma outra creche, obra doada por um grupo de empres�rios, com previs�o de ser conclu�da na segunda quinzena de fevereiro, no in�cio do ano letivo.