
Na cidade onde at� agora foi registrado o maior n�mero de casos de febre amarela – a Secretaria Municipal de Sa�de j� contabiliza seis mortes, um paciente confirmado e um com suspeita da doen�a –, o s�bado foi de campanha contra a doen�a infecciosa causada por um v�rus transmitido por mosquitos infetados. Logo na chegada a Nova Lima, na regi�o metropolitana, uma blitz educativa parou os motoristas em frente ao posto da Pol�cia Militar Rodovi�ria (PMR). Com panfletos com informa��es sobre a doen�a, agentes da prefeitura e volunt�rios tentavam alertar as pessoas sobre a import�ncia de tomar a vacina, que � aplicada gratuitamente nos postos de sa�de.
“A blitz � uma campanha educativa para o controle e manejamento adequado da febre amarela. Queremos chamar a aten��o da popula��o para cada um fazer a sua parte”, afirmou Caroline Romane, diretora do Departamento de Educa��o e Sa�de da secretaria da �rea. Em �reas rurais ou urbanas, os macacos s�o os principais sinalizadores da circula��o do v�rus, j� que costumam ser infectados antes mesmo de a doen�a, em sua forma silvestre, chegar aos humanos, e a transmiss�o se d� pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabethes. No entanto, dentro das cidades a enfermidade pode, potencialmente, ser passada pelo Aedes aegypti – mesmo mosquito que causa a dengue, zika e chikungunya.
Por isso mesmo, a campanha de ontem incluiu o chamado “bota-fora”, uma a��o de coleta de objetos velhos e poss�veis acumuladores de �gua parada, principal meio de propaga��o do Aedes aegypti. Oito caminh�es percorreram v�rios bairros de Nova Lima, especialmente aqueles relacionados a �bitos ou que est�o sob suspeita: Hon�rio Bicalho, Galo, Santa Rita, Cascalho, Mata do Engenho (pr�ximo a Macacos) e Alto da Gaia.
Ao longo da semana, a prefeitura orientou a popula��o a deixar na porta de casa pneus velhos, sucatas, garrafas e materiais em desuso. O volume arrecadado ontem ser� encaminhado ao aterro sanit�rio, onde haver� a separa��o do que puder ser reciclado. No final da madrugada, um caminh�o ainda percorreu ruas da cidade para a pulveriza��o do inseticida conhecido como fumac�.
VACINA A prefeitura tamb�m manteve abertos ontem, em esquema de plant�o, oito postos de vacina��o em Nova Lima. De acordo com Vilane Graziele de Assis, enfermeira da Coordenadoria de Imuniza��o do munic�pio, a procura pela vacina quintuplicou ao longo da semana. A cada dia, t�m sido aplicadas, em m�dia, 1 mil doses do imunizante. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Sa�de, o �ltimo levantamento apontou que 96% dos moradores j� estariam vacinados contra a febre amarela.
Diferentemente de Belo Horizonte, em Nova Lima a prefeitura optou por s� aplicar vacina em gr�vidas e idosos mediante apresenta��o de recomenda��o m�dica. Al�m disso, os profissionais dos postos foram orientados a prestar esclarecimentos sobre as principais d�vidas, entre elas sobre as doses necess�rias para a imuniza��o, j� que protocolo da Organiza��o Mundial de Sa�de, adotado no ano passado pelo Minist�rio da Sa�de, considera que apenas uma dose � suficiente para ficar imune � febre amarela. “N�o estamos aplicando a vacina em quem j� � vacinado e tentando explicar �s pessoas a raz�o, para que ningu�m saia do posto insatisfeito”, contou a enfermeira.
Nova Lima decretou estado de emerg�ncia na ter�a-feira passada, quando cinco mortes j� haviam sido confirmadas – os testes sobre o sexto �bito sa�ram dois dias depois. As mortes mais recentes s�o de um homem de 47 anos que vivia em S�o Paulo e passava f�rias com a fam�lia no munic�pio, e de um homem de 41 que morava no Bairro Cascalho.
