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Estado de Minas

MPF apura conduta de a�reas ap�s den�ncia de ass�dio feita por mineira em voo para SP

'Houve omiss�o e conduta inadequada da tripula��o e da companhia a�rea ao deixar de dar o devido encaminhamento ao ocorrido', afirmou em nota o minist�rio


postado em 27/03/2018 18:30 / atualizado em 28/03/2018 17:17

Ap�s uma den�ncia de ass�dio feita por uma mineira que viajava de Belo Horizonte para S�o Paulo viralizar nas redes sociais, o Minist�rio P�blico Federal (MPF) apura a conduta das companhias a�reas diante de atos obscenos e crimes sexuais durante voos. Vit�ria Antunes, de 21 anos, queixou-se em seus perfis no dia 11/3 que um homem teria se masturbado por cima das cal�as ao seu lado e que os comiss�rios de bordo a orientaram que trocasse de lugar, sem tomar nenhuma atitude para coibir a a��o do homem.


Em nota, o MPF concordou que houve m� conduta por parte da Avianca – empresa que realizava o voo citado. “Houve omiss�o e conduta inadequada da tripula��o e da companhia a�rea ao deixar de dar o devido encaminhamento ao ocorrido (a imediata comunica��o � PF de agress�o ou viola��o sofrida por passageiro no interior de aeronave), especialmente em uma situa��o de flagr�ncia”, informou.

Para as procuradoras respons�veis pelo procedimento, Ana Carolina Previtalli Nascimento, Ana Leticia Absy e Priscila Schreiner, “o fato noticiado demonstra o despreparo da Avianca, e possivelmente de outras empresas, para lidar com estes casos, o que � inadmiss�vel”. “� certo que, sempre que um passageiro relatar a ocorr�ncia de atos contr�rios � sua liberdade sexual, incumbir� �s companhias a�reas adotar provid�ncias pertinentes para a prote��o da v�tima, al�m de comunicar � Pol�cia Federal – que tem postos em todos os aeroportos – para a ado��o dos procedimentos de desembarque do suspeito, com o acompanhamento das autoridades policiais”, destacaram, no documento, as procuradoras.

Informa��es das empresas a�reas que operam no estado de S�o Paulo est�o sendo apuradas. Para a Avianca, o MPF solicita informa��es sobre a omiss�o e as medidas que est�o sendo tomadas em rela��o � den�ncia feita por Vit�ria Antunes. As companhias Azul, Gol, Latam e Passaredo dever�o esclarecer sobre procedimentos previstos em normas internas que devem ser adotadas pela tripula��o caso ocorram crimes, atitudes perigosas e amea�adoras por parte de passageiros. O MPF questiona ainda se tais regras s�o aplic�veis em caso de atos obscenos ou contr�rios � liberdade sexual das pessoas a bordo. Tamb�m foram solicitadas � Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) informa��es sobre a exist�ncia de regulamenta��o sobre crimes sexuais cometidos dentro de aeronaves.

� Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), a Empresa Brasil de Comunica��o (Ag�ncia Brasil), solicitou informa��es sobre a regulamenta��o de crimes sexuais cometidos de aeronaves, mas ainda n�o recebeu resposta. A Avianca tamb�m foi procurada, sem retorno. (Com Ag�ncia Brasil)

Relembre o caso

Vit�ria Antunes contou ao Estado de Minas, um dia ap�s a den�ncia, sobre o ocorrido. "Fiquei com medo, tremendo muito. Depois, tive raiva e comecei a pensar em todas as not�cias de mulheres que sofrem viol�ncia sexual", contou a jovem. Ela explicou a cena e disse que estava sozinha em uma fileira do avi�o at� o momento em que um homem chegou, sentando-se ao seu lado, ap�s a decolagem.

"Naquele momento, fiquei incomodada, mas deixei. Ele, no entanto, come�ou a ficar muito inquieto, batendo os p�s, e passando a m�o no p�nis por cima da cal�a", falou a Vit�ria, que decidiu gravar a atitude do homem para que o caso fosse solucionado, ou minimizado, pelos comiss�rios de bordo. No entanto, segundo a jovem, os funcion�rios teriam pedido, apenas, que ela trocasse de lugar.

"Eu tenho 21 anos e sei me defender. Mas, existem meninas da minha idade, e at� mais novas, que n�o saberiam gritar ou pedir por socorro. Se fosse uma crian�a, ele continuaria se masturbando, sem se sentir incomodado."

Outro lado

Em nota, a Avianca Brasil informou que, assim que os comiss�rios de bordo foram acionados pela jovem, "tomaram as medidas para que o passageiro trocasse de lugar a fim de garantir a seguran�a de todos a bordo". "O voo seguiu ao aeroporto mais pr�ximo, que, neste caso, era a base de Guarulhos. Ap�s a aterrisagem, o comandante instruiu a passageira a procurar imediatamente a Pol�cia Federal do aeroporto", disse. 

A empresa tamb�m comentou que n�o foi oficiada pelo MPF sobre esclarecimentos de condutadas e que, portanto, n�o se posicionar� no momento. "A companhia refor�a ainda que sempre se coloca � disposi��o de seus passageiros, caso se sintam amea�ados, e segue � disposi��o das autoridades para quaisquer esclarecimentos."

Confira a nota na �ntegra:

"A Avianca Brasil informa que, com rela��o ao procedimento mencionado, a empresa ainda n�o foi oficiada pelo Minist�rio P�blico Federal, portanto, n�o pode se manifestar neste momento. A companhia refor�a ainda que sempre se coloca � disposi��o de seus passageiros, caso se sintam amea�ados, e segue � disposi��o das autoridades para quaisquer esclarecimentos.

Sobre a ocorr�ncia no voo 6145 CNF-GRU, a companhia esclarece que, assim que contatados pela passageira, seus comiss�rios tomaram as medidas para que o passageiro trocasse de lugar a fim de garantir a seguran�a de todos a bordo. O voo seguiu ao aeroporto mais pr�ximo, que, neste caso, era a base de Guarulhos. Ap�s a aterrisagem, o comandante instruiu a passageira a procurar imediatamente a Pol�cia Federal do aeroporto.

Por fim, a empresa reitera que repudia incondicionalmente qualquer ato de desrespeito, reafirmando seu compromisso com a �tica."

* Sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie


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